Caio Ibelli e Silvana Lima estreiam batendo recordes no MEO Vissla Pro Ericeira

By WSL Latin America | 4 de outubro de 2021 | noticias, principal

O MEO Vissla Pro Ericeira realizou mais quinze baterias nas boas ondas de 3-4 pés da segunda-feira em Ribeira D´Ilhas, na Reserva Mundial de Surf de Ericeira, em Portugal. Onze surfistas do Brasil competiram e Caio Ibelli e Silvana Lima estrearam batendo recordes do WSL Challenger Series 2021. Alejo Muniz, Michael Rodrigues, Jessé Mendes também avançaram e mantiveram maioria brasileira, com 12 classificados entre os 48 que seguem na briga do título. Entre as mulheres, Summer Macedo e Silvana passaram pela primeira fase, que continua as 8h00 da terça-feira em Ericeira, 4h00 da madrugada no Brasil, ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.

O segundo dia do MEO Vissla Pro Ericeira começou pelas seis baterias restantes da primeira fase masculina e prosseguiu com mais nove dos dezesseis confrontos da rodada inicial feminina. Weslley Dantas ficou em último na bateria que abriu a segunda-feira, mas na segunda Caio Ibelli brilhou nas direitas de Ribeira D´Ilhas. Ele destruiu uma onda com dois ataques muito fortes no crítico e finalizou com um layback animal na junção, ganhando nota 8,50 dos juízes. Luel Felipe também surfou bem uma onda que valeu 7,07.

Os dois iam fazendo uma dobradinha brasileira, até o australiano Jackson Baker conseguir 6,70 na sua última onda, para superar o pernambucano por uma pequena diferença de 12,87 a 12,27 pontos. Luel foi eliminado junto com o sul-africano Shane Sykes. Já Caio Ibelli, ainda achou outra onda boa para mandar o seu layback na junção e somar 6,90 na vitória por 15,40 pontos. A nota 8,50 e esse placar, são as maiores marcas do Brasil e da América do Sul nas duas etapas do WSL Challenger Series 2021.

Caio Ibelli (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

“Estou muito feliz por estar aqui em Portugal, em Ericeira. Tem altas ondas hoje (segunda-feira), as condições estão perfeitas e estou muito feliz em conseguir um 8,50 e um 6,90 para vencer”, disse Caio Ibelli, que tenta se manter na seleção brasileira do CT, com uma das 12 vagas em disputa no WSL Challenger Series. “Estou muito confiante, bem relaxado e espero poder mostrar meu surfe cada vez mais, para conseguir um bom resultado aqui em Portugal”.

Na categoria feminina, Silvana Lima também achou boas ondas para atacar forte com seu frontside, variando batidas e rasgadas abrindo grandes leques de água nas direitas de Ribeira D´Ilhas. Ela ganhou nota 8,83 com uma série de manobras potentes combinadas com velocidade. Depois, sacramentou a vitória sobre as francesas Pauline Ado e Tessa Thyssen e a americana Sawyer Lindblad, com outra onda muito bem surfada, que valeu 7,57. Com essa nota, atingiu o maior placar feminino do ano no WSL Challenger Series 2021.

“Eu sempre me sinto bem aqui em Portugal, minhas pranchas estão muito boas e por isso que meu surfe está tão solto assim”, disse Silvana Lima. “Eu estou bem confiante e fiquei muito feliz por ter surfado bem. Apesar de que está muito frio aqui e eu odeio frio (risos). Eu nem treinei antes da bateria. Sei que não é uma boa estratégia, mas meu primeiro surfe foi na bateria. O mar está um pouco difícil, mas tentei pegar as ondas boas das séries e deu certo”.

Silvana Lima (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Como não participou do US Open of Surfing, que abriu o WSL Challenger Series 2021 na semana passada, Silvana Lima só agora está entrando na briga pelas seis vagas para o World Surf League Championship Tour 2022. Na segunda fase, vai competir junto com outra brasileira, Summer Macedo, a mesma que ela derrotou na final do Corona Salinas Open, em junho no Equador. As duas vão enfrentar Leilani McGonagle (CRI) e Molly Picklum (AUS), no segundo confronto da segunda fase em Portugal.

OUTRAS BRASILEIRASSummer Macedo liderou sua bateria de estreia em Ericeira contra três australianas até o minuto final. As duas que estavam perdendo, pegaram ondas e ficou a expectativa pelas notas. Sophie McCulloch precisava de 4,83 e conseguiu 5,77, para tirar a vitória da brasileira. Já Dimity Stoyle, recordista de pontos (15,10) do US Open of Surfing, continuou em último e Summer Macedo avançou em segundo lugar, por 10,43 a 10,30 pontos da outra australiana eliminada, Ellie Brooks.

O Brasil ainda teve a irmã do tricampeão mundial Gabriel Medina competindo como convidada no MEO Vissla Pro Ericeira. Sophia Medina entrou na primeira bateria e estava se classificando até os 5 minutos finais, quando a top do CT 2021, Keely Andrew, conseguiu uma nota 8,00 para pular do terceiro para o primeiro lugar. A costa-ricense Leilani McGonagle, que liderava, passou em segundo e Sophia terminou em 33.o lugar no evento, ficando a frente da japonesa Amuro Tsuzuki, que competiu no CT esse ano e nas Olimpíadas.

Gabriela Bryan fez novos recordes no WSL Challenger Series (Foto: @WSL / Damien Poullenot)

SUL-AMERICANAS – Entre as outras sul-americanas classificadas para o WSL Challenger Series, pelo ranking regional da WSL Latin America, a única que estreou na segunda-feira foi a argentina Josefina Ané. As condições do mar já estavam difíceis, com longos intervalos entre as séries e sua bateria foi até reiniciada, após 10 minutos sem entrar nada de ondas. Depois, Josefina só pegou duas fracas e acabou em último, na disputa que classificou a portuguesa Yolanda Hopkins e a havaiana Zoe McDougall.

As outras três surfistas da América do Sul estão nos confrontos que vão abrir a terça-feira em Portugal. A peruana Daniella Rosas está na 13.a bateria, a quarta a entrar no mar no terceiro dia, com a australiana Macy Callaghan que disputou o CT esse ano, a havaiana Luana Coelho Silva e a espanhola Janire Gonzalez Etxabarri. Na disputa seguinte, entram a também peruana Sol Aguirre e a equatoriana Dominic Barona, com a japonesa Mahina Maeda e a campeã do US Open of Surfing, Caitlin Simmers.

NOVOS RECORDES DO ANO – A norte-americana está em segundo lugar no ranking do WSL Challenger Series, liderado por Gabriela Bryan. A havaiana quer se manter na frente da corrida pelas seis vagas para o CT 2021 e estreou batendo os recordes de Silvana Lima no MEO Vissla Pro Ericeira, logo na bateria seguinte a da brasileira. Ela massacrou sua primeira onda com uma série de manobras executadas com pressão e velocidade, que arrancaram nota 9,50. A segunda foi boa também, para somar 7,67 e se tornar a recordista absoluta do WSL Challenger Series 2021, com 17,17 pontos.

Alejo Muniz (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Na categoria masculina, o igualmente havaiano Imaikalani Devault, também tinha ultrapassado os recordes de Caio Ibelli na única bateria sem participação brasileira da segunda-feira em Ribeira D´Ilhas. Ele aumentou o recorde de nota do dia de 8,50 para 8,67 e atingiu 16,17 pontos, que é o maior placar do WSL Challenger Series 2021 na categoria masculina. Imaikalani defende vaga no G-12 que se classifica para o CT 2022 e vai encarar dois brasileiros na segunda fase, Alejo Muniz e Jessé Mendes.

MAIORIA BRASILEIRA – Eles, Caio Ibelli e Michael Rodrigues, mantiveram a maioria do Brasil entre os concorrentes ao título do MEO Vissla Pro Ericeira. Esta segunda etapa do WSL Challenger Series 2021 começou com 21 brasileiros entre os 96 participantes de 19 países. Mais um entrou na segunda-feira, Victor Bernardo, na vaga do americano Ian Crane, que não apareceu em Portugal. Vitinho acabou entrando na bateria onde já estavam dois brasileiros e os três perderam para o australiano Callum Robson. Só Jessé Mendes se classificou, com Victor e Alex Ribeiro sendo eliminados.

Michael Rodrigues (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

O cearense Michael Rodrigues ganhou a disputa seguinte e Alejo Muniz venceu a bateria que fechou a primeira fase. Nela, o australiano Sheldon Simkus conquistou a última vaga para a segunda fase, com ambos eliminando dois portugueses, o top da elite, Frederico Morais, e Afonso Antunes. Com isso, o único surfista de Portugal a seguir na briga do título em Ericeira é Vasco Ribeiro, que está no grupo dos 12 que se classificam para o CT 2022.

Entre os 48 surfistas divididos nas 12 baterias da segunda fase, 12 são do Brasil, 10 da Austrália, 7 dos Estados Unidos, 5 da França, 4 do Havaí, 2 do Japão, 2 da África do Sul, 1 de Portugal, 1 do Peru, 1 do Uruguai, 1 da Costa Rica, 1 de Barbados e 1 de Marrocos. São tantos brasileiros que, em apenas 3 baterias não haverá algum disputando vagas para a rodada classificatória para as oitavas de final do MEO Vissla Pro Ericeira.

VAGAS PARA O CT 2022 – O WSL Challenger Series vai completar a elite que disputará os títulos mundiais no World Surf League Championship Tour 2022, classificando 12 surfistas para a categoria masculina e seis para a feminina. Serão quatro etapas e os rankings irão computar três resultados, com um deles podendo ser a maior pontuação obtida nas etapas do WSL Qualifying Series de 2020 disputadas até o mês de março, antes do Circuito Mundial ser cancelado por causa da pandemia do Covid-19.

O US Open of Surfing apresentado pela Shiseido abriu a batalha pelas vagas para o CT semana passada na Califórnia. Agora, tem o MEO Vissla Pro Ericeira, que vai até domingo em Ribeira D´Ilhas, Portugal, depois o Quiksilver Pro France de 16 a 24 também de outubro em Hossegor, França, com o Haleiwa Challenger fechando o WSL Challenger Series 2021 de 26 de novembro a 7 de dezembro em Haleiwa, no Havaí.

TRANSMISSÃO AO VIVO – O MEO Vissla Pro Ericeira está sendo transmitido ao vivo de Ribeira D´Ilhas pelo WorldSurfLeague.com e pelo aplicativo grátis da WSL, lembrando que o fuso horário de Portugal é de 4 horas a mais do Brasil, então 8h00 na Reserva Mundial de Surf de Ericeira, são 4h00 da madrugada no horário de Brasília.

BATERIAS DOS SUL-AMERICANOS NO MEO VISSLA PRO ERICEIRA:

PRIMEIRA FASE – 3.o=49.o lugar (US$ 775 e 400 pts) e 4.o=73.o lugar (US$ 600 e 350 pts):
———– baterias que abriram a segunda-feira:
19: 1-Crosby Colapinto (EUA), 2-Ramzi Boukhiam (MAR), 3-Beyrick De Vries (HOL), 4-Weslley Dantas (BRA)
20: 1-Caio Ibelli (BRA), 2-Jackson Baker (AUS), 3-Luel Felipe (BRA), 4-Shane Sykes (AFR)
21: 1-Callum Robson (AUS), 2-Jessé Mendes (BRA), 3-Victor Bernardo (BRA), 4-Alex Ribeiro (BRA)
22: 1-Michael Rodrigues (BRA), 2-Michael Dunphy (EUA), 3-Rio Waida (IDN), 4-Cody Young (HAV)
24: 1-Alejo Muniz (BRA), 2-Sheldon Simkus (AUS), 3-Frederico Morais (PRT), 4-Afonso Antunes (PRT)

PRIMEIRA FASE – 3.a=33.o lugar (US$ 1.000 e 700 pts) e 4.o=49.o lugar (US$ 775 e 600 pts):
1.a: 1-Keely Andrew (AUS), 2-Leilani McGonagle (CRI), 3-Sophia Medina (BRA), 4-Amuro Tsuzuki (JPN)
2.a: 1-Sophie McCulloch (AUS), 2-Summer Macedo (BRA), 3-Ellie Brooks (AUS), 4-Dimity Stoyle (AUS)
4.a: 1-Silvana Lima (BRA), 2-Pauline Ado (FRA), 3-Tessa Thyssen (FRA), 4-Sawyer Lindblad (EUA)
8.a: 1-Yolanda Hopkins (PRT), 2-Zoe McDougall (HAV), 3-Sarah Baum (AFR), 4-Josefina Ane (ARG)
——-realizada até a 9.a bateria na segunda-feira:
13: Macy Callaghan (AUS), Daniella Rosas (PER), Luana C. Silva (HAV), Janire G. Etxabarri (ESP)
14: Caitlin Simmers (EUA), Mahina Maeda (JPN), Dominic Barona (EQU), Sol Aguirre (PER)

SEGUNDA FASE – 3.o=25.o lugar ($ 1.500 e 750 pts) e 4.o=37.o lugar ($1.000 e 650 pts):
1.a: Deivid Silva (BRA), Connor O´Leary (AUS), Jake Marshall (EUA), Marcos Correa (BRA)
2.a: Sebastian Zietz (HAV), Ezekiel Lau (HAV), João Chianca (BRA), Marco Giorgi (URU)
3.a: Lucca Mesinas (PER), Jorgann Couzinet (FRA), Jordan Lawler (AUS), Slade Prestwich (AFR)
5.a: Italo Ferreira (BRA), Nat Young (EUA), Thiago Camarão (BRA), Charles Martin (FRA)
6.a: Cam Richards (EUA), Hiroto Ohhara (JPN), Gatien Delahaye (FRA), Mateus Herdy (BRA)
7.a: Kanoa Igarashi (JPN), Ian Gouveia (BRA), Cole Houshmand (EUA), Eli Hanneman (HAV)
8.a: Liam O´Brien (AUS), Patrick Gudauskas (EUA), Samuel Pupo (BRA), Dylan Moffat (AUS)
10: Caio Ibelli (BRA), Wade Carmichael (AUS), Cooper Chapman (AUS), Crosby Colapinto (EUA)
11: Michael Rodrigues (BRA), Callum Robson (AUS), Sheldon Simkus (AUS), Joshua Burke (BRB)
12: Alejo Muniz (BRA), Jessé Mendes (BRA), Imaikalani Devault (HAV), Michael Dunphy (EUA)

———————————————————–

João Carvalho – jcarvalho@worldsurfleague.com

WSL Latin America Media Manager

———————————————————–

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), criada em 1976, é a principal plataforma do surf e dos surfistas no mundo inteiro. A WSL está dedicada a mudar o mundo através do poder inspirador do surf, criando eventos, experiências e narrativas autênticas para inspirar a comunidade global a viver um lifestyle com dedicação, originalidade e entusiasmo.

A World Surf League é uma organização global e sua sede principal é em Santa Monica, Estados Unidos, com escritórios regionais para a América do Norte, América Latina, Europa, África, Ásia, Australasia e Hawaii. A WSL tem uma profunda apreciação pela rica herança do surf, promovendo progressão, inovação e performance nos níveis mais altos do esporte.

A WSL é composta por Circuitos e Eventos, celebrando os melhores surfistas do mundo em todas as modalidades, realizando anualmente mais de 180 campeonatos globais para coroar os campeões mundiais em todas as divisões; pela WSL WaveCO, onde a inovação encontra experiências inéditas; e pela WSL Studios, que oferece as melhores narrativas através das competições, lifestyle e conservação.

Para mais informações, visite WorldSurfLeague.com


 

Tags:, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,