Maui and Sons Arica Pro Tour fecha lista dos 32 melhores em El Gringo

By João Carvalho | 31 de maio de 2019 | noticias, principal

O carioca Jeronimo Vargas passou a bateria dos três campeões do Maui and Sons Arica Pro Tour QS 3000 by Jeep e é o único que pode conseguir um inédito bicampeonato nos 10 anos de história da etapa mais antiga do Circuito Mundial da World Surf League na América do Sul, fora do Brasil. O brasileiro eliminou os peruanos Tomas Tudela campeão de 2017 e Alvaro Malpartida de 2013. Depois, o único chileno a vencer em casa nos tubos de El Gringo, Guillermo Satt, não achou nada pra surfar na bateria que fechou a sexta-feira de ondas pequenas na Ex Isla El Alacrán. Mas, as previsões são de subirem e a primeira chamada do sábado foi antecipada para 6h45, com a fase dos 32 melhores iniciando as 7h00 no Chile.

Joaquin del Castillo (Foto: Nicolás Diaz)

Na sexta-feira, só foram realizadas as cinco baterias que restavam para fechar a terceira fase. Mesmo as ondas estando com a menor altura da semana, El Gringo ainda mandou alguns tubos incríveis durante a manhã. O melhor do dia foi surfado pelo peruano Joaquin del Castillo, justamente na última bateria, a que o chileno Guillermo Satt não conseguiu nenhuma pra surfar. Joaquin depois só pegou mais uma para vencer por 10,73 pontos e o costa-ricense Carlos Muñoz fechou a lista dos 32 melhores surfistas nos tubos de El Gringo, nesta edição que celebra o décimo aniversário do Maui and Sons Arica Pro Tour.

Antes do tubaço de Joaquin del Castillo, o melhor do dia tinha sido o do taitiano Kauli Vaast, na primeira onda que pegou na bateria dos três campeões do Desafio de Arica. Ele ganhou nota 7,00 que praticamente garantiu a vitória, depois confirmada por exatos 10,00 pontos. O defensor do título, Jeronimo Vargas, surfou um no início que valeu 4,00 e outro no final que recebeu 5,17, passando em segundo com 9,17 pontos. O campeão de 2017, Tomas Tudela, não achou nada de ondas, enquanto o único a fazer três finais em El Gringo, Alvaro Malpartida, buscou os tubos seis vezes e o máximo de nota que conseguiu foi 4,33.

Jeronimo Vargas (Foto: Nicolás Diaz)

“Além de nós três, o Kauli (Vaast) é um moleque da nova geração, local de Teahupoo (Taiti), então eu sabia que era praticamente uma final logo na minha primeira bateria aqui”, disse Jeronimo Vargas. “Eu sou muito fã também do Tomas (Tudela) e do Alvaro (Malpartida), que é uma lenda, já fez três finais aqui, então não podia dar mole, não tinha margem de erro e estou até orgulhoso de mim mesmo por ter conseguido passar. Eu me machuquei no freesurf antes do campeonato começar e foi sorte ter demorado tanto para eu competir. Assim, pude fazer fisioterapia, tomar remédios e não estou 100%, mas consegui surfar e estou feliz por isso”.  

VITÓRIA BRASILEIRA – O atual campeão do Maui and Sons Arica Pro Tour QS 3000 by Jeep, machuchou o joelho se chocando com a bancada de El Gringo enquanto treinava na terça-feira. Ele aproveitou esses últimos dias para fazer tratamento com gelo e conquistou a segunda classificação brasileira em segundo lugar, nas cinco baterias disputadas na sexta-feira em El Gringo. A única vitória foi a do baiano Franklin Serpa, criado nas ondas quentes do Nordeste do Brasil, bem diferentes do mar congelante do Chile.

Em Arica, todos competem usando botinha e roupas de neoprene bem mais grossas, algumas cobrindo até a cabeça, para suportar a água sempre muito fria de El Gringo. Franklin achou um bom tubo na sua primeira onda para derrotar mais dois peruanos por 7,73 pontos, contra 7,03 de Lucca Mesinas e 5,40 de Cristobal de Col, eliminado junto com o havaiano Ian Gentil que não conseguiu sair de nenhum tubo.

Franklin Serpa (Foto: Nicolás Diaz)

“Eu nunca tinha vindo antes pra cá e está sendo mágico, é uma onda incrível”, disse Franklin Serpa. “Apesar das ondas terem diminuído, acredito que amanhã e depois vão ficar bem legais. Aqui é totalmente diferente de onde eu venho, pois tem que ter botinha, roupa grossa, que nunca uso lá no Brasil. A gente fica mais duro, é mais difícil de firmar o pé na prancha, mas é uma onda incrível. É tubo pra esquerda, que eu gosto muito, então estou feliz por ter achado um tubo ali no começo que não podia errar, pois não tinham muitas chances pra surfar”.

DOZE PAÍSES NA BRIGA – A histórica décima edição do Maui and Sons Arica Pro Tour QS 3000 by Jeep começou na terça-feira com 112 surfistas de 20 países e chega no fim de semana, que promete ser de altos tubos em El Gringo, com 32 concorrentes ao título de 12 nações. O único chileno é Danilo Cerda, que está na quinta bateria com o brasileiro Lucas Silveira, o americano Nolan Rapoza e o francês Gatien Delahaye, campeão do QS 3000 do Peru em Punta Hermosa.

A maioria dos classificados é do Brasil, nove no total com o atual campeão, Jeronimo Vargas, que vai fazer sua segunda defesa do título na sétima bateria, contra o baiano Franklin Serpa, o californiano John Mel e Carlos Munoz, da Costa Rica. Os norte-americanos, com cinco surfistas, formam o segundo maior pelotão entre os 32 melhores, seguido pelo Peru e Austrália com quatro cada um, Havaí e França com dois e mais seis países ainda estão na briga do título com um representante, Chile, Argentina, Espanha, Nova Zelândia, Costa Rica e Taiti.

Leandro Usuna (Foto: Nicolás Diaz)

O argentino é Leandro Usuña, único não brasileiro a conquistar o título sul-americano da WSL South America, em 2016. Ele estreou na primeira bateria da sexta-feira de ondas pequenas e que aumentam o perigo para competir em El Gringo, formando muito mais próximas da bancada de pedras que não admite erros. Leandro achou um tubaço que valeu nota 6,0 na única onda que completou e foi suficiente para vencer por 6,67 pontos. O brasileiro Lucas Silveira passou em segundo com 5,77, eliminando o australiano Hinata Aizawa e o último surfista que veio do Japão para desafiar El Gringo, Shun Murakami.

“É bom começar com o pé direito, passando a primeira bateria”, disse Leandro Usuña. “Estou há muito tempo esperando para vestir a lycra de competição e essa é uma onda que eu gosto bastante. É um dos melhores tubos do mundo, mas quando as ondas estão pequenas assim na maré cheia, fica muito mais perigoso em El Gringo. Pelo menos, já passei por isso e agora é olhar pra frente, porque pretendo passar mais baterias nos próximos dias”.

O Maui and Sons Arica Pro Tour QS 3000 by Jeep está sendo transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo www.mauiandsons.cl e o show nos tubos de El Gringo continua neste sábado, com o primeiro confronto da fase dos 32 melhores devendo começar mais cedo, as 7h00 no Chile, 8h00 no Brasil.

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensesn, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.

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QUARTA FASE DO MAUI AND SONS ARICA PRO TOUR QS 3000:

——-3.o=17.o lugar (US$ 700 e 600 pts) e 4.o=25.o lugar (US$ 600 e 555 pts)

1.a: Weslley Dantas (BRA), Dean Bowen (AUS), Dusty Payne (HAV), Imaikalani Devault (HAV)

2.a: Alonso Correa (PER), Pedro Dib (BRA), Tyler Gunter (EUA), Elliot Paerata-Reid (NZL)

3.a: Aritz Aranburu (ESP), Max Kearney (AUS), Skip McCullough (EUA), Samson Coulter (AUS)

4.a: Ian Gouveia (BRA), Wiggolly Dantas (BRA), Leo Casal (BRA), Luke Gordon (EUA)

5.a: Danilo Cerda (CHL), Lucas Silveira (BRA), Gatien Delahaye (FRA), Nolan Rapoza (EUA)

6.a: Leandro Usuña (ARG), Vitor Mendes (BRA), Mihimana Braye (TAH), Sandon Whittaker (AUS)

7.a: Jeronimo Vargas (BRA), Franklin Serpa (BRA), Carlos Munoz (CRI), John Mel (EUA)

8.a: Miguel Tudela (PER), Lucca Mesinas (PER), Joaquin del Castillo (PER), Kauli Vaast (TAH)

RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA NO MAUI AND SONS ARICA PRO TOUR:

TERCEIRA FASE – 3.o=33.o lugar (US$ 450 e 360 pts) e 4.o=49.o lugar (US$ 350 e 330 pts)

12: 1-Leandro Usuna (ARG), 2-Lucas Silveira (BRA), 3-Hinata Aizawa (AUS), 4-Shun Murakami (JPN)

13: 1-John Mel (EUA), 2-Miguel Tudela (PER), 3-Igor Moraes (BRA), 4-Wesley Leite (BRA)

14: 1-Franklin Serpa (BRA), 2-Lucca Mesinas (PER), 3-Cristobal de Col (PER), 4-Ian Gentil (HAV)

15: 1-Kauli Vaast (TAH), 2-Jeronimo Vargas (BRA), 3-Alvaro Malpartida (PER), 4-Tomas Tudela (PER)

16: 1-Joaquin del Castillo (PER), 2-Carlos Munoz (CRI), 3-Sebastian Correa (PER), 4-Guillermo Satt (CHL)

 

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