Medina comanda o show com primeiro 10 no Tahiti

By WSL Latin America | 28 de agosto de 2019 | noticias, principal

Os brasileiros comandaram o espetáculo nos tubos incríveis de Teahupoo, em mais um dia épico para ficar marcado na história do World Surf League Championship Tour. As ondas foram subindo durante a terça-feira, com as séries passando dos 10 pés para o show dos melhores surfistas do mundo na bancada de corais mais perigosa do mundo. Entre os oito que passaram para as quartas de final do Tahiti Pro Teahupo´o apresentado pela Hurley, metade é do Brasil, como o defensor do título do maior desafio da temporada, Gabriel Medina. Ele fechou o dia com o primeiro tubaço nota 10 e o recorde de pontos, 19,23. Os outros brasileiros que também ganharam notas acima de 9 na terça-feira para seguir na briga do título, foram Adriano de Souza, Jadson André e Caio Ibelli, que conquistou a última vaga do dia com o segundo maior placar do campeonato, 18,64 de 20 possíveis.

Caio Ibelli (Foto: Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

Já fazia alguns anos que Teahupo´o não mostrava toda a potência da bancada que produz tubos tão espetaculares, como os muitos surfados durante todo o dia. Algumas baterias foram privilegiadas por acontecerem nos melhores momentos do mar, mas teve tubos para todos surfarem na maioria. Mesmo utilizando o sistema “overlapping heats”, ou seja, duas baterias de dois competidores cada sendo disputadas simultaneamente, com os surfistas da que começou primeiro, tendo a prioridade de escolher as ondas durante a primeira metade do tempo estipulado de 46 minutos para cada confronto na terça-feira.

E o dia de mar mais desafiador do ano no WSL World Tour, na etapa mais perigosa do mundo, começou e terminou com vitórias verde-amarelas e os brasileiros reinaram nos tubos de Teahupoo, ganhando metade das vagas nas quartas de final, podendo até acontecer duas semifinais 100% brasileiras no Tahiti Pro esse ano. Muitos surfistas brilharam em tubos incríveis durante o dia, mas o ápice do espetáculo foi proporcionado por quem tem a melhor performance dos últimos anos na bancada de Teahupoo, Gabriel Medina.

Em cinco participações, o bicampeão mundial decidiu quatro títulos, ganhou dois e na outra ficou em terceiro lugar nas semifinais. No fim do dia, ele enfrentou o recordista absoluto da terceira fase pela manhã, Griffin Colapinto, só surfou duas ondas e foram dois tubaços incríveis para totalizar 19,23 pontos de 20 possíveis com a primeira nota 10, unânime dos cinco juízes, do ano em Teahupoo. Medina foi cirúrgico contra o californiano, pois não havia conseguido ondas assim de manhã, quando derrotou o havaiano Ezekiel Lau, por 14,03 a 10,00 pontos.

Gabriel Medina (Foto: Kelly Cestari / WSL via Getty Images)

“Foi uma ótima bateria com o Griffin (Colapinto) e me sinto abençoado em conseguir surfar ondas assim para ganhar um 9 e pouco e o primeiro 10 do campeonato”, disse Gabriel Medina. “Eu estive esperando por este momento o ano todo, eu amo este campeonato, especialmente quando as ondas estão assim, com esses tubos incríveis. É para isso que eu vivo, indo para as esquerdas e me arriscando para fazer meu máximo”.

Com o tropeço do americano Kolohe Andino, que perdeu na terceira fase para o taitiano campeão da triagem, Kauli Vaast, Medina segue com chance de assumir a liderança do ranking com uma terceira vitória no Tahiti Pro. Filipe Toledo já tirou a lycra amarela do Jeep Leaderboard do californiano, mas parou nas oitavas de final e deixou viva a possibilidade para Medina. Ele vai disputar a terceira vaga para as semifinais com o mesmo Jeremy Flores que o derrotou na decisão de 2015 em Teahupoo, impedindo seu bicampeonato consecutivo.

“Acho que amanhã (quarta-feira) será outro grande dia”, disse Gabriel Medina. “Estou com o Jeremy (Flores), que é um dos melhores do mundo nessa onda, então vai ser difícil enfrentar ele. Espero que tenhamos ondas assim para que nós dois possamos aproveitar. Eu estou animado e confiante em conseguir um bom resultado aqui, que será realmente importante pro restante do ano”.

Jadson André (Foto: Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

Os outros três brasileiros também vão enfrentar surfistas de outros países nas quartas de final. O potiguar Jadson André ganhou a primeira bateria da terça-feira despachando o ex-número 5 do ranking, Kanoa Igarashi. Depois, foi o primeiro a passar para as quartas de final batendo os recordes de Griffin Colapinto na terceira fase, no terceiro duelo brasileiro do dia, com o paulista Deivid Silva. Jadson pegou um tubo atrás do outro e o melhor valeu 9,73 para totalizar 18,23 pontos. As marcas do californiano eram 9,50 e 18,10 pontos.

“Eu sempre falei que o Taiti é o meu lugar preferido no mundo. Eu dediquei muito tempo surfando aqui já, então sinto que conheço a bancada muito bem”, disse Jadson André. “Não tanto como o Michel (Bourez), o Matahi (Drollet), o Kauli (Vaast, também taitiano), mas sinto que meu conhecimento aqui é melhor do que meus resultados e essa bateria com o Deivid (Silva) mostrou isso. Não lembro da última vez que cheguei nas quartas de final no CT, também não lembro a última vez que consegui notas 9 e 8 na mesma bateria, então é tudo muito especial e estou muito feliz. É importante continuar focado nesse campeonato”.

Assim como na terça-feira, Jadson também vai abrir o último dia, disputando a primeira vaga para as semifinais com Owen Wright. O australiano fez uma bateria brilhante para bater o taitiano Michel Bourez com um novo recorde de 18,50 pontos, somando notas 9,67 e 8,83 em dois tubaços seguidos. Ele superou os pontos de Jadson, mas não a nota 9,73. Na segunda quarta de final, o campeão mundial Adriano de Souza enfrenta um dos concorrentes de Filipe Toledo na briga pela ponta do ranking, Jordy Smith. O sul-africano ultrapassa Filipe se chegar na final, mas Mineirinho está confiante, depois da terça-feira mágica que viveu em Teahupoo.

Adriano de Souza (Foto: Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

DUELO BRASILEIRO – Ele foi o primeiro a se destacar com os primeiros recordes do dia na bateria brasileira com Italo Ferreira. O potiguar dominava o duelo com uma apresentação impressionante, surfando um tubo atrás do outro e tirando as maiores notas do evento até ali, 8,00, 8,83, outro 8,00. Mineirinho só reagiu nos minutos finais, entrando na briga num tubão 8,70 e depois em outro bem mais profundo que saiu na baforada com 9,17, a primeira nota acima de 9. Com ela, virou o placar para 17,87 a 16,83, tirando Italo Ferreira da briga pela ponta do ranking no Taiti. Depois, Adriano surfou bons tubos de novo contra o francês Joan Duru para vencer fácil por 17,50 a 9,27 pontos, somando notas 8,90 e 8,60.

As marcas de Mineirinho na terceira fase só foram batidas pelo californiano Griffin Colapinto, que conseguiu uma nota 9,50 e totalizar 18,10 pontos na vitória sobre o australiano Ryan Callinan. Mas, novos recordes foram registrados nas oitavas de final, desde a primeira bateria, quando Jadson André derrotou Deivid Silva por 18,23 pontos com um tubo nota 9,73. Na disputa seguinte, Owen Wright atingiu 18,50, depois o francês Jeremy Flores aumentou a maior nota para 9,93, antes de Medina bater todos os recordes com o primeiro 10 e 19,23 pontos. E na última bateria do dia, Caio Ibelli ainda fez o segundo maior placar, 18,64.

Filipe Toledo (Foto: Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

NOVO LÍDER – Caio vai fechar as quartas de final com o havaiano Seth Moniz, logo após a reedição da final de 2015, entre Gabriel Medina e Jeremy Flores. Seth Moniz barrou o novo líder do ranking, Filipe Toledo, que não conseguiu pegar boas ondas na bateria, enquanto o havaiano achou um tubaço nota 9,57 para selar a vitória. Filipe tinha assumido a ponta quando venceu o duelo brasileiro com Jessé Mendes, depois de Kolohe Andino ser eliminado. A briga entre os dois era fase a fase e Filipe avançou uma a mais para passar à frente.

No entanto, com a derrota em nono lugar, dois surfistas ainda podem lhe tirar a lycra amarela do Jeep Leaderboard no último dia do Tahiti Pro. O sul-africano Jordy Smith, adversário de Adriano de Souza, precisa chegar na final para superar a pontuação atual do Filipe. Já para Gabriel Medina, só interessa a vitória, ou seja, ele precisa ser campeão em Teahupoo pela terceira vez para assumir a ponta na corrida pelo tricampeonato mundial no Taiti, desde que a decisão do título não seja contra Jordy Smith, senão o sul-africano ficará na frente.

Deivid Silva (Foto: Matt Dunbar / WSL via Getty Images)

ELIMINADOS – Filipe Toledo terminou em nono lugar no Tahiti Pro, como Deivid Silva, ambos marcando 3.320 pontos no ranking e recebendo 14.100 dólares de prêmio. Outros cinco brasileiros perderam na terceira fase e ficaram com 1.330 pontos e 10.500 dólares, Italo Ferreira eliminado por Adriano de Souza, Willian Cardoso pelo francês Joan Duru, Yago Dora por Julian Wilson, Jessé Mendes por Filipe Toledo e Peterson Crisanto por Seth Moniz. Depois do desafio nos tubos de Teahupoo, eles se preparam agora para competir nas ondas mais tranquilas e perfeitas da piscina do Surf Ranch, no Freshwater Pro em setembro na Califórnia.

A primeira chamada para o último dia do Tahiti Pro apresentado pela Hurley será as 7h00 da quarta-feira na Polinésia Francesa, 14h00 no Brasil, com transmissão ao vivo dos tubos de Teahupoo pelo www.worldsurfleague.com e pelo Facebook Live, pelo aplicativo da World Surf League e pelo canal ESPN. Este evento está sendo disputado com as cores das lycras de competição diferentes das outras etapas, com cores cítricas lembrando as dos corais fluorescentes que alertam sobre a degradação e a necessidade de preservação dos corais em todo o mundo.

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager

(48) 999-882-986 – jcarvalho@worldsurfleague.com

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SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem promovendo os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 230 eventos globais masculinos e femininos no ano para definir os campeões mundiais do World Surf League Championship Tour, Big Wave Tour, Redbull Airborne, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, além do WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, enquanto incentiva a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis da WSL. A World Surf League é pioneira em streaming online para uma enorme legião de fãs apaixonados e interessados em ver as grandes estrelas, como Kelly Slater, Stephanie Gilmore, John John Florence e muitos brasileiro, como Gabriel Medina, Adriano de Souza, Filipe Toledo, Italo Ferreira, Silvana Lima, Tatiana Weston-Webb, competindo no campo de jogo mais dinâmico e imprevisível de todos os esportes no mundo.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.

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QUARTAS DE FINAL DO TAHITI PRO:

1.a: Owen Wright (AUS) x Jadson André (BRA)

2.a: Jordy Smith (AFR) x Adriano de Souza (BRA)

3.a: Gabriel Medina (BRA) x Jeremy Flores (FRA)

4.a: Seth Moniz (HAV) x Caio Ibelli (BRA)

RESULTADOS DA TERÇA-FEIRA EM TEAHUPOO:

OITAVAS DE FINAL – 17.o lugar com 3.320 pontos e US$ 14.100:

1.a: Jadson André (BRA) 18.23 x 11.84 Deivid Silva (BRA)

2.a: Owen Wright (AUS) 18.50 x 18.10 Michel Bourez (TAH)

3.a: Adriano de Souza (BRA) 17.50 x 9.27 Joan Duru (FRA)

4.a: Jordy Smith (AFR) 13.54 x 10.83 Julian Wilson (AUS)

5.a: Jeremy Flores (FRA) 15.76 x 13.66 Kauli Vaast (TAH)

6.a: Gabriel Medina (BRA) 19.23 x 15.43 Griffin Colapinto (EUA)

7.a: Seth Moniz (HAV) 16.40 x 6.17 Filipe Toledo (BRA)

8.a: Caio Ibelli (BRA) 18.64 x 15.83 Jack Freestone (AUS)

TERCEIRA FASE – Vitória=Oitavas de Final / 17.o lugar com 1.330 pontos e US$ 10.500:

1.a: Jadson André (BRA) 12.16 x 9.00 Kanoa Igarashi (JPN)

2.a: Deivid Silva (BRA) 10.10 x 9.34 Adrian Buchan (AUS)

3.a: Owen Wright (AUS) 12.73 x 12.36 Soli Bailey (AUS)

4.a: Michel Bourez (TAH) 11.60 x 11.23 Sebastian Zietz (HAV)

5.a: Adriano de Souza (BRA) 17.87 x 16.83 Italo Ferreira (BRA)

6.a: Joan Duru (FRA) 14.67 x 1.43 Willian Cardoso (BRA)

7.a: Jordy Smith (AFR) 13.20 x 7.74 Ricardo Christie (NZL)

8.a: Julian Wilson (AUS) 14.57 x 5.27 Yago Dora (BRA)

9.a: Kauli Vaast (TAH) 14.50 x 12.16 Kolohe Andino (EUA)

10: Jeremy Flores (FRA) 10.27 x 8.74 Wade Carmichael (AUS)

11: Griffin Colapinto (EUA) 18.10 x 14.07 Ryan Callinan (AUS)

12: Gabriel Medina (BRA) 14.03 x 10.00 Ezekiel Lau (HAV)

13: Filipe Toledo (BRA) 12.00 x 11.07 Jessé Mendes (BRA)

14: Seth Moniz (HAV) 14.67 x 9.66 Peterson Crisanto (BRA)

15: Caio Ibelli (BRA) 17.73 x 16.96 Conner Coffin (EUA)

16: Jack Freestone (AUS) 17.17 x 14.20 Kelly Slater (EUA)

 

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