Oito sul-americanos se classificam na abertura do Challenger Series de Portugal

By WSL Latin America | 2 de outubro de 2022 | noticias, principal

RIBEIRA D´ILHAS, Ericeira / Portugal (Domingo, 2 de outubro de 2022) – O EDP Vissla Pro Ericeira abriu a quinta etapa do World Surf League (WSL) Challenger Series no domingo em Portugal. Dezesseis sul-americanos competiram e metade avançou para a segunda fase. Michael Rodrigues, Peterson Crisanto e Edgard Groggia, estrearam com vitórias nas ondas de 2-4 pés em Ribeira D´Ilhas e cinco passaram suas baterias em segundo lugar. No domingo, foram realizadas 18 baterias transmitidas ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e mais quatro brasileiros estão em três das seis que restaram para fechar a rodada inicial. A primeira chamada da segunda-feira será as 7h30 em Portugal, 3h30 da madrugada no Brasil.

O EDP Vissla Pro Ericeira começou com o catarinense Matheus Navarro se classificando no primeiro confronto do domingo, vencido pelo defensor do título do Challenger Series de Portugal, Ezekiel Lau. Depois, os paulistas Robson Santos e Thiago Camarão foram eliminados em terceiro lugar nas suas baterias, antes de duas dobradinhas sul-americanas seguidas. A primeira foi com o brasileiro Michael Rodrigues e o uruguaio Marco Giorgi, despachando o português Frederico Morais e o japonês Keanu Kamiyama.

Marco Giorgi do Uruguai (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Não entraram muitas ondas boas nessa bateria, mas o cearense Michael Rodrigues aproveitou muito bem uma direita abrindo a parede para atacar forte, variando suas manobras de frontside, que ganharam nota 7,00 dos juízes. Depois, somou o 5,07 da última que surfou, para vencer por 12,07 pontos. Marco Giorgi começou bem com 6,17 e superou Frederico Morais por 11,34 a 10,97 pontos, com o japonês ficando em último somando 8,77 nas duas notas.

“A bateria foi muito difícil, com dois caras que competem muito bem e são conhecidos por saberem esperar pela melhor onda, o Marco (Giorgi) e o Kikas (Frederico Morais)”, disse Michael Rodrigues, que contundiu o tornozelo na etapa da África do Sul e está retornando agora em Portugal. “A última etapa (dos EUA) eu assisti de casa, pois estava machucado e essa volta de lesão te deixa um pouco inseguro. Então fiquei um pouco nervoso, muito ansioso, mas, graças a Deus, deu tudo certo e eu consegui passar”.

Michael Rodrigues (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Michael Rodrigues saiu do grupo dos dez surfistas que o ranking do Challenger Series classifica para a elite do World Surf League Championship Tour, com a sua ausência na etapa dos Estados Unidos. Agora, já pode retornar para a zona de classificação se passar a sua próxima bateria, contra o peruano Lucca Mesinas, o norte-americano Cole Houshmand e o espanhol Andy Criere. O cearense já fez parte da elite do CT e está na briga direta pelas vagas do Challenger Series, mas com dificuldades para participar sem um patrocinador principal.

“Realmente, não é fácil disputar o Challenger. Os custos são muito altos e estou sem patrocínio há 3 anos, então estar aqui já é uma vitória para mim”, disse Michael Rodrigues. “Eu só tenho certeza de que vou poder competir aqui e em Saquarema, então essa é a hora de fazer os resultados que eu preciso. Pro Havaí será difícil de eu ir, por causa dos custos. O mercado do surfe no Brasil está difícil e tento focar só em competir bem, aproveitar ao máximo as chances que tenho. Mas, é importante comentar sobre isso, porque o surfe brasileiro tem crescido mundo afora, só que dentro do Brasil a gente não vê muito investimento nos atletas”.

Lucca Mesinas (Foto: Laurent Masurel/World Surf League)

A segunda dobradinha sul-americana no EDP Vissla Pro Ericeira já aconteceu na bateria seguinte, com o paranaense Peterson Crisanto praticamente garantindo a vitória nas ondas que surfou no início. A primeira valeu a maior nota do evento até ali, 7,83, que somou com o 5,90 da segunda, para totalizar imbatíveis 13,73 pontos. A disputa pela segunda vaga foi intensa e o peruano Lucca Mesinas levou a melhor por 11,83 pontos, contra 11,57 do havaiano Brodi Sale e 11,04 de outro surfista do Brasil, o paulista Eduardo Motta.

“A bateria era bem difícil e optei começar bem lá no outside, em uma outra bancada. Felizmente, consegui pegar aquelas duas primeiras ondas, que me garantiram na próxima fase”, contou Peterson Crisanto. “Depois de surfar essas duas ondas boas, me aproximei dos outros caras para ficar controlando a vantagem. Eu também quis surfar mais ondas pra sentir mais a prancha nesse mar e estou feliz por ter passado a minha primeira bateria esse ano no Challenger Series. Estou bem preparado e vou dar meu máximo pra conseguir um bom resultado aqui em Ericeira”.

Peterson Crisanto (Foto: Laurent Masurel/World Surf League)

O paranaense Peterson Crisanto integrou a “seleção brasileira” do CT até o ano passado e tenta voltar a elite pela nova divisão de acesso da World Surf League. No entanto, não tinha passado nenhuma bateria nas outras quatro etapas e chegou em Portugal em 87.o lugar no ranking. Está bem longe do grupo dos 10 que se classificam, mas ainda tem chances de conseguir uma vaga nestas três últimas etapas do Challenger Series 2022.

BRASILEIROS NO G-10 – O EDP Vissla Pro Ericeira foi iniciado com dois brasileiros no G-10, o catarinense Alejo Muniz em quinto lugar e o saquaremense João Chianca na última posição, com Mateus Herdy logo abaixo dele. Alejo só vai estrear na vigésima bateria, a segunda a entrar no mar na segunda-feira. Mas, os outros dois competiram no domingo e perderam de cara em Ribeira D´Ilhas. Mateus foi o primeiro a cair, no confronto em que o taitiano Michel Bourez conseguiu a maior nota do dia, 8,50.

Mateus Herdy (Foto: Laurent Masurel/World Surf League)

João Chianca estreou sete baterias depois e entrou no mar já pressionado, pois tinha sido ultrapassado pelos australianos Sheldon Simkus e Liam O´Brien. Ele teria que passar para retomar seu lugar no G-10, só que escolheu esperar por uma onda boa que não apareceu. O francês Jorgann Couzinet e o costa-ricense Carlos Munoz ficaram mais ativos e avançaram com 12,34 e 12,16 pontos, respectivamente. Chumbinho só surfou sua segunda onda quando restavam 2 minutos e apenas saiu do último para o terceiro lugar. Ele e o peruano Alonso Correa, acabaram sendo eliminados por Jorgann Couzinet e Carlos Munoz.

Com as derrotas, João Chianca já caiu para o 13.o lugar no ranking e Mateus Herdy para o 15.o. Já Michael Rodrigues subiu para a 16.a posição, o peruano Lucca Mesinas foi para a 19.a e Deivid Silva, que passou sua bateria em segundo, saiu do 24.o para o 22.o lugar, com os resultados das 18 baterias do domingo no EDP Vissla Pro Ericeira. O também paulista Edgard Groggia ganhou a última bateria do dia e subiu da 31.a para a 27.a colocação. Estes são os sul-americanos mais próximos da zona de classificação para o CT 2023.

Deivid Silva (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Edgard Groggia foi o oitavo a passar para a segunda fase no domingo. Somente ele, Michael Rodrigues e Peterson Crisanto, estrearam com vitórias nas direitas de Ribeira D´Ilhas. Mais cinco avançaram em segundo lugar nas suas baterias, Deivid Silva, Willian Cardoso, Matheus Navarro, o peruano Lucca Mesinas e o uruguaio Marco Giorgi. Já os oito eliminados foram João Chianca, Mateus Herdy, Thiago Camarão, Robson Santos, Wesley Leite, Marco Fernandez, Eduardo Motta e o peruano Alonso Correa.

SEGUNDA-FEIRA – Mais quatro brasileiros vão estrear nas baterias que ficaram para abrir a segunda-feira em Portugal. Alex Ribeiro compete na primeira do dia, Alejo Muniz e Lucas Silveira entram juntos na segunda e Ian Gouveia na penúltima da primeira fase. Depois, será iniciada a categoria feminina do EDP Vissla Pro Ericeira, com sete representantes da América do Sul. A novidade é Luana Silva, campeã da etapa portuguesa em 2021, que vai competir como brasileira pela primeira vez.

A defensora do título foi escalada na sexta bateria. Na quinta, está a atual campeã sul-americana, Sophia Medina. As outras participantes do Brasil são Anne dos Santos na nona bateria, Laura Raupp na 11.a e Summer Macedo na 12.a, junto com a peruana Daniella Rosas. O Inka Team tem outra surfista competindo no Challenger Series, Arena Rodriguez Vargas, que está na primeira bateria feminina a entrar no mar em Ribeira D´Ilhas.

Matheus Navarro disputou a primeira bateria em Portugal (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

TRANSMISSÃO AO VIVO – O EDP Vissla Pro Ericeira está sendo transmitido ao vivo das ondas de Ribeira D´Ilhas pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo e Canal da WSL no YouTube. Esta quinta etapa do WSL Challenger Series 2022 é realizada com o patrocínio da EDP, Vissla, Turismo de Portugal, Prefeitura Municipal de Mafra, Reserva Mundial de Surf de Ericeira, Estrella Galicia, You & The Sea Hotel e Hertz.

BATERIAS DOS SUL-AMERICANOS NO EDP VISSLA PRO ERICEIRA:

PRIMEIRA FASE – 3.o=49.o lugar (US$ 775 e 300 pts) e 4.o=73.o lugar (US$ 600 e 250 pts):
01: 1-Ezekiel Lau (HAV), 2-Matheus Navarro (BRA), 3-Aritz Aranburu (ESP), 4-Luke Thompson (AFR)
02: 1-Ian Gentil (HAV), 2-Justin Becret (FRA), 3-Robson Santos (BRA), 4-Timothee Bisso (FRA)
05: 1-Cole Houshmand (EUA), 2-Dylan Moffat (AUS), 3-Thiago Camarão (BRA), 4-John Mel (EUA)
06: 1-Michael Rodrigues (BRA), 2-Marco Giorgi (URU), 3-Frederico Morais (PRT), 4-Keanu Kamiyama (JPN)
07: 1-Peterson Crisanto (BRA), 2-Lucca Mesinas (PER), 3-Brodi Sale (HAV), 4-Eduardo Motta (BRA)
09: 1-Michel Bourez (TAH), 2-Alan Cleland (MEX), 3-Mateus Herdy (BRA), 4-Jordan Lawler (AUS)
11: 1-Jett Schilling (EUA), 2-Deivid Silva (BRA), 3-Marco Fernandez (BRA), 4-Kalani Ball (AUS)
15: 1-Liam O´Brien (AUS), 2-Willian Cardoso (BRA), 3-Wesley Leite (BRA), 4-Adin Masencamp (AFR)
16: 1-Jorgann Couzinet (FRA), 2-Carlos Munoz (CRI), 3-João Chianca (BRA), 4-Alonso Correa (PER)
18: 1-Edgard Groggia (BRA), 2-Shun Murakami (JPN), 3-Nolan Rapoza (EUA), 4-Joshua Burke (BRB)
——-ficaram para abrir a segunda-feira:
19: Morgan Cibilic (AUS), Alex Ribeiro (BRA), Joshe Faulkner (AFR), Owen Wright (AUS)
20: Alejo Muniz (BRA), Lucas Silveira (BRA), Billy Stairmand (NZL), Ian Fontaine (FRA)
23: Evan Geiselman (EUA), Taichi Wakita (JPN), Ian Gouveia (BRA), Max Elkington (AFR)

SEGUNDA FASE – 3.o=25.o lugar (US$ 1.500 e 750 pts) e 4.o=37.o lugar (US$ 1.000 e 650 pts):
——baterias dos sul-americanos já formadas
2.a: Conner Coffin (EUA), Matheus Navarro (BRA), Te Kehukehu Butler (NZL), Justin Becret (AFR)
3.a: Michael Rodrigues (BRA), Lucca Mesinas (PER), Cole Houshmand (EUA), Andy Criere (ESP)
4.a: Ryan Callinan (AUS), Peterson Crisanto (BRA), Dylan Moffat (AUS), Marco Giorgi (URU)
5.a: Deivid Silva (BRA), Michel Bourez (TAH), Jessé Mendes (ITA), Sheldon Simkus (AUS)
7.a: Rio Waida (IDN), Carlos Munoz (CRI), Willian Cardoso (BRA), Kauli Vaast (TAH)

PRIMEIRA FASE – 3.a=33.o lugar (US$ 1.000 e 700 pts) e 4.a=49.o lugar (US$ 775 e 600 pts):
01: Bettylou Sakura Johnson (HAV), Philippa Anderson (AUS), Arena R. Vargas (PER), Gabriela Dinis (PRT)
05: Teresa Bonvalot (PRT), Paige Hareb (NZL), Sophia Medina (BRA), Freya Prumm (AUS)
06: Luana Silva (BRA), Dimity Stoyle (AUS), Zoe Steyn (AFR), Carolina Mendes (PRT)
09: Molly Picklum (AUS), Sara Wakita (JPN), Ariane Ochoa (ESP), Anne dos Santos (BRA)
11: Bronte Macaulay (AUS), Minami Nonaka (JPN), Laura Raupp (BRA), Garazi Sanchez Ortun (ESP)
12: Zoe McDougall (HAV), Summer Macedo (BRA), Daniella Rosas (PER), Kailani Johnson (IDN)

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WSL: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.

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