João Chianca é vice-campeão na final com Ezekiel Lau no Vans US Open of Surfing

By WSL Latin America | 7 de agosto de 2022 | noticias, principal

HUNTINGTON BEACH, Califórnia / EUA (Domingo, 7 de agosto) – Os havaianos dominaram os pódios em Huntington Beach, conquistando três dos quatro títulos disputados no domingo de praia lotada na Califórnia, Estados Unidos. O último foi do Ezekiel Lau na final com o brasileiro João Chianca no Vans US Open of Surfing. A havaiana Bettylou Sakura Johnson já tinha derrotado a australiana Macy Callaghan na outra decisão da quarta etapa do World Surf League (WSL) Challenger Series. E no Longboard, a final feminina foi 100% havaiana, com Kelis Kaleopaa surpreendendo a tricampeã mundial Honolua Blomfield. Só o californiano Taylor Jensen impediu que os havaianos ganhassem tudo, com o tricampeão mundial batendo o novo líder do ranking, Kaniela Stewart, na última decisão do Vans Duct Tape Invitational.

João Chianca, Macy Callaghan, Bettylou Sakura Johnson e Ezekiel Lau (Foto: @WSL / Kenny Morris)

Mesmo perdendo o título, João Chianca entrou na lista dos 10 surfistas que o ranking do Challenger Series classificará para o World Surf League Championship Tour de 2023. Ele acabou tirando Mateus Herdy da lista, quando derrotou o norte-americano Evan Geiselman nas semifinais. Foi um duelo difícil, disputado onda a onda e o californiano quase consegue a classificação no final. Ele precisava de 5,77 para vencer, mas a nota da sua última onda saiu 5,67 e Chumbinho avançou por 12,64 a 12,54 pontos.

“Foi realmente uma bateria muito apertada”, admitiu João Chianca, após a última semifinal do domingo. “Eu estava olhando a onda por trás e vi que a principal manobra dele não tinha sido tão boa, mas vou ter que ver o vídeo para saber melhor. Eu tinha o pressentimento de que, mesmo errando as finalizações em algumas ondas minhas, que não deveria ter errado, eu merecia ter vencido. Agora vamos para a final, que já é um sonho realizado”.

João Chianca e Ezekiel Lau (Foto: Kenny Morris/World Surf League)

A decisão do título também foi uma batalha quase onda a onda com Ezekiel Lau. O havaiano larga na frente com 4,10 na primeira onda e 5,50 na segunda, acertando dois aéreos. João Chianca demora quase 15 minutos para surfar uma esquerda, mandando um batidão de backside jogando água pra cima, vira para a direita e faz mais uma batida para ganhar 5,10. Na segunda onda que surfou, Chumbinho repete o mesmo ataque para passar à frente com 5,20.

O havaiano tenta retomar a ponta há 12 minutos do fim, mas recebe 4,60 e precisava de 4,80. Os dois voltam a surfar numa série que entrou 5 minutos depois, com o brasileiro entrando numa direita já mandando um layback muito forte, invertendo totalmente a direção da prancha, faz a conexão para esquerda e fecha com um batidão vertical de backside na junção. O havaiano pega uma esquerda que rende um rasgadão e uma batida explosiva no outside.

As notas demoram para sair e Chumbinho recebe 6,23, mas Zeke ganha 6,90 e assume a liderança, com o brasileiro passando a precisar de 6,18 para vencer. O tempo passa e o máximo que o surfista de Saquarema consegue é 5,07, com o havaiano sendo consagrado como novo campeão do Vans US Open of Surfing, por uma pequena vantagem de 12,40 a 11,43 pontos. Com a vitória, Ezekiel Lau assume a terceira posição no ranking e João Chianca fica em penúltimo lugar no G-10 para o CT 2023.

João Chianca vice-campeão do US Open of Surfing (Foto: Beatriz Ryder/World Surf League)

BRASIL NO G-10 – Os dois finalistas iniciaram o ano de 2022 na divisão de elite da WSL, mas perderam suas vagas no novo corte implantado no meio da temporada. O caminho para retornar ao CT é o Challenger Series e o Brasil tem dois surfistas no G-10, agora com Chumbinho fechando a lista. O outro é Alejo Muniz, que subiu de 11.o para 5.o no ranking. João Chianca pegou a última vaga que estava com Mateus HerdyMichael Rodrigues, que se contundiu na África do Sul e não competiu na Califórnia, também saiu do G-10 no Vans US Open of Surfing.

“Quero agradecer a todos que estão aqui na praia, a WSL pelo evento e à Deus”, disse João Chianca, no pódio em Huntington Beach. “Eu passei por muitos altos e baixos esse ano, mas sinto que todas estas situações têm me deixado mais forte. Estou muito feliz pelo meu desempenho aqui e quero agradecer minha família, amigos e meus patrocinadores pelo apoio. Ainda tem muita coisa pela frente esse ano, mas estou me sentindo mais forte e pronto para enfrentar os próximos desafios”.

Além de Ezekiel Lau, que saltou do 27.o para o terceiro lugar no WSL Challenger Series com os 10.000 pontos da vitória no Vans US Open of Surfing, outro havaiano cortado da elite no meio da temporada entrou no G-10, Imaikalani Devault. Eles são os únicos surfistas do Havaí na lista, que também passa a ter um californiano, Eithan Osborne. A outra novidade no G-10 é o marroquino Ramzi Boukhiam. Mas, de todos, quem ficou mais próximo de confirmar seu nome é Ezekiel Lau, que só está abaixo dos líderes, Rio Waida da Indonésia e Leonardo Fioravanti da Itália.

Ezekiel Lau festejando a vitória (Foto: Beatriz Ryder/World Surf League)

“Estou muito feliz, porque sempre quis ganhar o US Open, um campeonato que eu assisto desde que era criança”, disse Ezekiel Lau. “Lembro que o Andy Irons foi campeão aqui, ele era o meu ídolo, então essa vitória é para ele, para o Sunny (Garcia) e para todos os havaianos. Quando a Bettylou (Sakura Johnson) ganhou a final dela, eu fiquei pensando que dependia de mim ganhar também, então estou muito feliz por ter conseguido a vitória”.

CHALLENGER FEMININO – A campeã do Vans US Open of Surfing também iniciou o ano na elite, mas perdeu a vaga no corte do meio da temporada e ingressou na zona de classificação para o CT 2023 com a vitória na Califórnia. A jovem Bettylou Sakura Johnson, de 17 anos, conquistou seu segundo título em etapas do WSL Challenger Series. O primeiro foi na sua praia, Haleiwa Beach, em 2021. A havaiana mostrou a potência do seu backside nas esquerdas de Huntington, para derrotar Macy Callaghan por 12,00 a 10,40 pontos.

Antes da final, Bettylou venceu outra australiana, Sophie McCulloch, que também entrou na lista das cinco surfistas, que o ranking feminino do WSL Challenger Series classifica para completar a elite das top-17 do CT em 2023. As duas tiraram as vagas da australiana Nikki Van Dijk e da portuguesa Teresa Bonvalot. Entre as sul-americanas, quem está mais próxima do G-5 é a brasileira Summer Macedo, que subiu para o 21.o lugar no ranking.

Só deu Havaí: Bettylou Sakura Johnson e Ezekiel Lau (Foto: Kenny Morris/World Surf League)

PRÓXIMAS ETAPAS – Agora restam três etapas para definir os 10 homens e as 5 mulheres que vão completar a elite do WSL Championship Tour 2023. A próxima é o EDP Vissla Pro Ericeira nos dias 1 a 9 de outubro na Praia Ribeira D´Ilhas, em Ericeira, Portugal, onde só teve vitórias havaianas no ano passado, do próprio Ezekiel LauLuana Silva. Depois, acontece a estreia do Corona Saquarema Pro apresentado pelo Banco do Brasil nos dias 1 a 8 de novembro na Praia de Itaúna. E, como em 2021, o WSL Challenger Series será encerrado em Haleiwa Beach, de 26 de novembro a 7 de dezembro no Havaí.

FINAIS DO LONGBOARD – Na segunda das três etapas do WSL Longboard Tour 2022, as duas decisões do Vans Duct Tape Invitational tinham surfistas favoritos para vencer, por já terem três títulos mundiais no currículo. A final feminina foi 100% havaiana e Kelis Kaleopaa surpreendeu a tricampeã Honolua Blomfield. Ela nem tinha participado da primeira etapa na Austrália e estreou com vitória no Circuito Mundial deste ano.

Com os 5.000 pontos recebidos, Kelis Kaleopaa assumiu o quinto lugar no ranking, que permanece com Honolua Blomfield na liderança e a brasileira Chloé Calmon na segunda posição. A decisão dos títulos masculino e feminino de 2022, serão decididos também na Califórnia, no Cuervo Classic Longboard Championship, nos dias 3 a 13 de outubro em Malibu Beach. O ranking feminino continuou liderado pelas finalistas da primeira etapa na Austrália, mas o masculino mudou e passou a ter um havaiano na primeira posição.

Kelis Kaleopaa e Taylor Jensen (Foto: Kenny Morris/World Surf League)

Kaniela Stewart ultrapassou o australiano Harrison Roach, quando derrotou o campeão mundial de 2019, Justin Quintal, nas semifinais. Ele impediu uma decisão 100% californiana no Vans Duct Tape Invitational, mas não a vitória de Taylor Jensen. O tricampeão mundial estava em nono no ranking e passou a dividir a vice-liderança com o campeão na Austrália, Harrison Roach. Taylor Jensen pode ser o primeiro a igualar um recorde histórico de outro australiano, Nat Young, único a ganhar quatro títulos mundiais, em 1986, 1988, 1989 e 1990.

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO VANS US OPEN OF SURFING:

FINAL MASCULINA DO VANS US OPEN OF SURFING:
Campeão: Ezekiel Lau (HAV) por 12,40 pts (6,90+5,50) – US$ 20.000 e 10.000 pts
Vice-campeão: João Chianca (BRA) com 11,43 pts (6,23+5,20) – US$ 10.000 e 7.800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 5.000 e 6.085 pontos:
1.a: Ezekiel Lau (HAV) 12,77 x 11,34 Eithan Osborne (EUA)
2.a: João Chianca (BRA) 12,64 x 12,54 Evan Geiselman (EUA)

FINAL FEMININA DO VANS US OPEN OF SURFING:
Campeã: Bettylou Sakura Johnson (HAV) por 12,00 pts (6,93+5,07) – US$ 20.000 e 10.000 pts
Vice-campeã: Macy Callaghan (AUS) com 10,40 pts (5,67+4,73) – US$ 10.000 e 7.800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 5.000 e 6.085 pontos:
1.a: Macy Callaghan (AUS) 12,33 x 8,33 Caroline Marks (EUA)
2.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 15,50 x 14,10 Sophie McCulloch (AUS)

FINAL MASCULINA DO VANS DUCT TAPE INVITATIONAL:
Campeão: Taylor Jensen (EUA) por 13,84 pts (7,67+6,17) – 5.000 pontos
Vice-campeão: Kaniela Stewart (HAV) com 11,60 pts (6,00+5,60) – 3.900 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 3.042 pontos:
1.a: Taylor Jensen (EUA) 14,83 x 10,57 Kaimana Takayama (EUA)
2.a: Kaniela Stewart (HAV) 13,30 x 12,66 Justin Quintal (EUA)

FINAL FEMININA DO VANS DUCT TAPE INVITATIONAL:
Campeã: Kelis Kaleopaa (HAV) por 12,97 pts (6,67+6,30) – 5.000 pontos
Vice-campeã: Honolua Blomfield (HAV) com 11,47 pts (5,77+5,70) – 3.900 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 3.042 pontos:
1.a: Kelis Kaleopaa (HAV) 11,24 x 7,70 Kaitlin Mikkelsen (EUA)
2.a: Honolua Blomfield (HAV) 15,43 x 10,10 Rachael Tilly (EUA)

RANKINGS DO WSL CHALLENGER SERIES 2022 – 4 etapas:

TOP-10 DA CATEGORIA MASCULINA:
*-vaga já garantida no CT 2023
1.o: Rio Waida (IDN) – 21.050 pontos
2.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 17.665
3.o: Ezekiel Lau (HAV) – 14.820
4.o: Ryan Callinan (AUS) – 13.445
5.o: Alejo Muniz (BRA) – 10.615
6.o: Dylan Moffat (AUS) – 10.265
6.o: Ramzi Boukhiam (MAR) – 10.265
*8: Callum Robson (AUS) – 10.000
9.o: Imaikalani Devault (HAV) – 9.565
10.o: Eithan Osborne (EUA) – 9.405
11.o: João Chianca (BRA) – 9.400
——-outros sul-americanos no ranking:
12: Mateus Herdy (BRA) – 9.295 pontos
17: Michael Rodrigues (BRA) – 8.540
20: Lucca Mesinas (PER) – 7.695
24: Deivid Silva (BRA) – 7.195
31: Alex Ribeiro (BRA) – 5.770
31: Edgard Groggia (BRA) – 5.770
36: Willian Cardoso (BRA) – 5.070
46: Lucas Silveira (BRA) – 4.050
*48: Jadson André (BRA) – 3.800
60: Matheus Navarro (BRA) – 2.700
65: Thiago Camarão (BRA) – 2.300
69: Alonso Correa (PER) – 2.150
75: Santiago Muniz (ARG) – 1.850
81: Eduardo Motta (BRA) – 1.550
83: Ian Gouveia (BRA) – 1.500
85: Marco Fernandez (BRA) – 1.200
87: Peterson Crisanto (BRA) – 1.100
87: Robson Santos (BRA) – 1.100
97: Marco Giorgi (URU) – 800
*106: Samuel Pupo (BRA) – 650
110: Wesley Leite (BRA) – 550
114: Rafael Teixeira (BRA) – 300
114: Ryan Kainalo (BRA) – 300

TOP-5 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Caitlin Simmers (EUA) – 25.575 pontos
2.a: Molly Picklum (AUS) – 24.445
3.a: Macy Callaghan (AUS) – 22.240
4.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 19.330
5.a: Sophie McCulloch (AUS) – 17.390
——-sul-americanas no ranking:
21: Summer Macedo (BRA) – 6.520 pontos
42: Arena Rodriguez Vargas (PER) – 4.000
46: Laura Raupp (BRA) – 3.900
47: Daniella Rosas (PER) – 3.800
47: Sophia Medina (BRA) – 3.800
59: Anne dos Santos (BRA) – 2.500
*62: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 1.900
62: Sol Aguirre (PER) – 1.900

RANKINGS DO WSL LONGBOARD TOUR 2022 – 2 etapas:

TOP-5 DA CATEGORIA MASCULINA:
1.o: Kaniela Stewart (HAV) – 6.942 pontos
2.o: Harrison Roach (AUS) – 6.575
2.o: Taylor Jensen (EUA) – 6.575
4.o: Ben Skinner (ING) – 5.475
5.o: Declan Wyton (AUS) – 5.324
——-sul-americanos no ranking:
6.o: Jefson Silva (BRA) – 3.857 pontos
10: Lucas Garrido Lecca (PER) – 3.150
14: Phil Rajzman (BRA) – 2.375
19: Piccolo Clemente (PER) – 1.575
19: Augusto Olinto (BRA) – 1.575

TOP-5 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Honolua Blomfield (HAV) – 8.900 pontos
2.a: Chloé Calmon (BRA) – 6.182
3.a: Soleil Errico (EUA) – 5.324
3.a: Rachael Tilly (EUA) – 5.324
5.a: Kelis Kaleopaa (HAV) – 5.000
——-outras sul-americanas no ranking:
14: Maria Fernanda Reyes (PER) – 2.375 pontos
24: Jasmim Avelino (BRA) – 770

—————————————————–

João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WSL: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.


 

Tags:, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,