Prazo do SHISEIDO Tahiti Pro nos tubos de Teahupo´o começa nesta sexta-feira

By João Carvalho | 9 de agosto de 2023 | noticias, principal

TEAHUPO´O, Tahiti (Quarta-feira, 9 de agosto de 2023) – O prazo do SHISEIDO Tahiti Pro apresentado por Outerknown começa nesta sexta-feira e tem até o dia 20 para fechar a temporada regular do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2023. O desafio nos perigosos tubos de Teahupo´o, irá definir as três últimas vagas para a decisão dos títulos mundiais no Rip Curl WSL Finals. Além disso, pode confirmar mais classificações para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, nas mesmas ondas onde serão disputadas as medalhas do surfe. A primeira chamada da sexta-feira será as 7h00 no Taiti, 14h00 no fuso horário de Brasília, com a competição sendo transmitida ao vivo pelo Sportv e WorldSurfLeague.com.

Teahupo´o é a onda mais desafiadora do WSL Championship Tour e a sua perigosa bancada já provocou uma baixa importante. O vice-líder do ranking, Ethan Ewing, cancelou sua participação depois de cair de costas durante uma sessão de treinos em Teahupo´o. Com isso, mais um taitiano ganhou a chance de enfrentar os melhores do mundo, Mihimana Braye. Outro que entrou foi Kauli Vaast, vice-campeão na final do ano passado contra Miguel Pupo, que não vai defender o título esse ano por ter saído da elite no corte do meio da temporada. Kauli vai substituir o campeão mundial Italo Ferreira, que ainda se recupera da lesão no joelho sofrida na etapa passada, na África do Sul.

Miguel Pupo campeão no Tahiti em 2022 (Foto: Beatriz Ryder/World Surf League)

O primeiro medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas, era um dos sete surfistas com chances matemáticas de brigar pelas duas últimas vagas no grupo dos top-5, que ainda restam definir no ranking masculino. No momento, elas estão sendo ocupadas pelos brasileiros João Chianca em quarto lugar e Yago Dora em quinto, seguido de perto por Gabriel Medina na sexta posição. Ou seja, o vice-campeão mundial de 2022, Italo Ferreira, fica fora dessa disputa e também dos Jogos de Paris 2024. A outra vaga nos top-5 ainda ameaçada, é a da norte-americana Caitlin Simmers.

O ranking da World Surf League indica 10 homens e 8 mulheres para as Olimpíadas da França, com o limite de 2 surfistas de cada país. Caso 3 ou mais atletas da mesma nacionalidade terminem entre os top-5, ou entre as top-5, após o término do SHISEIDO Tahiti Pro, as vagas serão decididas no Rip Curl WSL Finals, no sistema mata-mata utilizado para definir os títulos mundiais da temporada. Essa batalha vai acontecer no melhor dia de ondas em Lower Trestles, no período de 8 a 16 de setembro na Califórnia.

Filipe Toledo em Teahupo´o no ano passado (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

No momento, isso está acontecendo no ranking masculino com três brasileiros entre os cinco primeiros colocados e no feminino com três representantes dos Estados Unidos. O atual campeão mundial, Filipe Toledo, já está garantido no grupo dos top-5 e nas Olimpíadas também. Assim como o australiano Ethan Ewing e o norte-americano Griffin Colapinto. Filipe já confirma o primeiro lugar no ranking se passar uma bateria em Teahupo´o, ou se Griffin não vencer o SHISEIDO Tahiti Pro. Ele vai estrear no quarto confronto da primeira fase, com o australiano Liam O´Brian e o taitiano vencedor da triagem, Matahi Drollet.

WSL FINALS – O campeonato já vai começar com a disputa pelas duas últimas vagas nos top-5, pois João Chianca e Yago Dora estão escalados nas primeiras baterias. Nesta rodada inicial, os vencedores avançam direto para as oitavas de final, mas os perdedores têm uma segunda chance de classificação na repescagem, quando começam os duelos eliminatórios. Yago vai enfrentar o havaiano Ian Gentil e o recordista com cinco vitórias nos tubos de Teahupo´o, Kelly Slater. Ele entrou nos top-5 com o título no Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema e é ameaçado por seis surfistas.

Gabriel Medina tem 2 títulos no Tahiti (Foto: Kelly Cestari/World Surf League)

O principal concorrente é Gabriel Medina, que possui um retrospecto impressionante nos tubos de Teahupo´o. Ele ganhou 77,3% ou 34 das 44 baterias que disputou em 8 participações e chegou na final 5 vezes. A primeira foi épica, derrotando Kelly Slater na decisão de 2014. Em 2015 perdeu o título para o francês Jeremy Flores e foi finalista nas 3 últimas vezes que competiu no Taiti. Foi vice-campeão em 2017 contra Julian Wilson e enfrentou o também australiano Owen Wright nas duas últimas decisões, sendo campeão em 2018 e vice em 2019.

O tricampeão mundial Gabriel Medina foi escalado na quinta bateria, com os havaianos Barron Mamiya e Seth Moniz. Os outros que também brigam por vagas nos top-5 são o bicampeão mundial John John Florence (7.o no ranking), o australiano Jack Robinson (8.o), o italiano Leonardo Fioravanti (9.o) e mais dois australianos, Ryan Callinan (10.o) e Connor O´Leary (11.o). Nenhum deles irão enfrentar brasileiros na primeira fase do SHISEIDO Tahiti Pro.

Já a situação do João Chianca é mais favorável para permanecer nos top-5, pois só precisa vencer uma bateria para confirmar seu nome no Rip Curl WSL Finals, na primeira fase ou na repescagem. Mesmo que não consiga, ele só sai dos top-5 com uma única combinação de resultados, se acontecer uma final brasileira com Gabriel Medina sendo campeão contra Yago Dora. Essa será a primeira vez que Chumbinho vai competir em Teahupo´o e já terá que encarar o vice-campeão do ano passado, Kauli Vaast, além do sul-africano Jordy Smith.

Yago Dora no ano passado (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

OLIMPÍADAS DE PARIS – Um grande desejo do João Chumbinho é representar o Brasil nas Olimpíadas, junto com Filipe Toledo, que é um dos quatro já garantidos nos Jogos de Paris 2024. Os outros são o australiano Ethan Ewing, o norte-americano Griffin Colapinto e o italiano Leonardo Fioravanti. Mas Yago Dora e Gabriel Medina também querem essa vaga. Além de João Chianca, os que também estão se classificando para as Olimpíadas no momento, são o havaiano John John Florence pelos Estados Unidos, Jack Robinson pela Austrália, Kanoa Igarashi pelo Japão e Jordy Smith e Matthew McGillivray pela África do Sul.

Entre as oito indicadas pelo ranking feminino, cinco já estão garantidas nos Jogos de Paris 2024, a líder e primeira campeã olímpica de surfe da história, Carissa Moore, a brasileira Tatiana Weston-Webb, a francesa Johanne Defay, a portuguesa Teresa Bonvalot e Brisa Hennessy da Costa Rica. Restam definir a dupla de Carissa Moore no time dos Estados Unidos e as duas vagas da Austrália, apesar de que uma delas é praticamente da bicampeã mundial Tyler Wright, única que pode tirar a liderança da Carissa no SHISEIDO Tahiti Pro.

Tatiana Weston-Webb (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

VAGAS NAS TOP-5 – Tyler e a jovem Molly Picklum, quarta colocada no ranking, estão se classificando e quem pode entrar na briga é a veterana Stephanie Gilmore, que no ano passado conquistou seu oitavo título mundial no Rip Curl WSL Finals. Ela é uma das três surfistas que têm chances de tirar o quinto lugar da norte-americana Caitlin Simmers. As outras são a californiana Lakey Peterson e a brasileira Tatiana Weston-Webb. Lakey entrou na disputa com a vitória na etapa da África do Sul e também pode lutar pela outra vaga no time olímpico americano, que está com Caroline Marks, terceira do ranking.

O SHISEIDO Tahiti Pro apresentado por Outerknown será realizado com patrocínios da SHISEIDO, Outerknown, Tahiti Government, Red Bull, Oakberry, Mophie, Surfline, True Surf, Air Tahiti, Vini, Polynesie 1, Chery, Fédération Tahitienne de Surf e Sports de la Polynésie Française. Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2023 são transmitidas ao vivo pelo SporTV e Globoplay e pelo WorldSurfLeague.com, Aplicativo e canal da WSL no YouTube.  

As ondas mais desafiadoras da temporada (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

PRIMEIRA FASE DO SHISEIDO TAHITI PRO:

CATEGORIA MASCULINA – 1.o=Oitavas de Final /  2.o e 3.o=Repescagem:
1.a: Yago Dora (BRA), Ian Gentil (HAV), Kelly Slater (EUA)
2.a: João Chianca (BRA), Jordy Smith (AFR), Kauli Vaast (TAH)
3.a: Griffin Colapinto (EUA), Caio Ibelli (BRA), Mihimana Braye (TAH)
4.a: Filipe Toledo (BRA), Liam O´Brien (AUS), Matahi Drollet (TAH)
5.a: Gabriel Medina (BRA), Barron Mamiya (HAV), Seth Moniz (HAV)
6.a: John John Florence (HAV), Kanoa Igarashi (JPN), Rio Waida (IDN)
7.a: Jack Robinson (AUS), Connor O´Leary (AUS), Callum Robson (AUS)
8.a: Leonardo Fioravanti (ITA), Ryan Callinan (AUS), Matthew McGillivray (AFR)

CATEGORIA FEMININA – 1.a=Quartas de Final / 2.a e 3.a=Repescagem:
1.a: Molly Picklum (AUS), Caitlin Simmers (EUA), Gabriela Bryan (HAV)
2.a: Carissa Moore (HAV), Tatiana Weston-Webb (BRA), Aelan Vaast (TAH)
3.a: Tyler Wright (AUS), Stephanie Gilmore (AUS), Vahine Fierro (FRA)
4.a: Caroline Marks (EUA), Lakey Peterson (EUA), Johanne Defay (FRA)

RANKINGS DA WORLD SURF LEAGUE – 9 etapas:

TOP-10 DA CATEGORIA MASCULINA:
1.o: Filipe Toledo (BRA) – 54.980 pontos
2.o: Ethan Ewing (AUS) – 47.815
3.o: Griffin Colapinto (EUA) – 47.540
4.o: João Chianca (BRA) – 42.960
5.o: Yago Dora (BRA) – 36.865
6.o: Gabriel Medina (BRA) – 35.440
7.o: John John Florence (HAV) – 34.290
8.o: Jack Robinson (AUS) – 33.950
9.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 31.900
10.o: Ryan Callinan (AUS) – 31.815
——-outros brasileiros:
12.o: Italo Ferreira (RN) – 28.485 pontos
17.o: Caio Ibelli (SP) – 22.790

TOP-10 DA CATEGORIA FEMININA:
1.a: Carissa Moore (HAV) – 57.745 pontos
2.a: Tyler Wright (AUS) – 55.980
3.a: Caroline Marks (EUA) – 49.870
4.a: Molly Picklum (AUS) – 49.325
5.a: Caitlin Simmers (EUA) – 41.270
6.a: Lakey Peterson (EUA) – 38.150
7.a: Stephanie Gilmore (AUS) – 36.370
8.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 34.235
9.a: Gabriela Bryan (HAV) – 32.895
10.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 30.760

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.

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