Tatiana Weston-Webb confirma vaga no WSL Finals no Outerknown Tahiti Pro

By WSL Latin America | 17 de agosto de 2022 | noticias, principal

TEAHUPO´O, Taiti, Polinésia Francesa (Quarta-feira, 17 de agosto) – A vice-campeã mundial Tatiana Weston-Webb passou para as quartas de final do Outerknown Tahiti Pro e confirmou sua vaga entre as top-5 do ranking que vão disputar o título mundial de 2022 no Rip Curl WSL Finals, em setembro na Califórnia. Após a repescagem feminina, foi iniciada a primeira fase masculina e Yago Dora ganhou a primeira, tirando a vitória de Italo Ferreira nos últimos segundos. Depois, só rolaram mais duas baterias na quarta-feira, por causa do vento que entrou no meio do dia, afetando a formação dos tubos em Teahupo´o.

As ondas estavam maiores do que na terça-feira, com 5-6 pés sólidos e séries maiores, como a do tubaço que o australiano Jack Robinson surfou antes da chegada do vento. A próxima marcaria a estreia do líder do ranking, Filipe Toledo, contra o maior vencedor desta etapa do Taiti, Kelly Slater, e o também veterano Nathan Hedge. Foram feitas várias chamadas até as 16h00, mas o vento continuou e este confronto ficou para abrir a quinta-feira, com a primeira chamada marcada para as 6h30 no Taiti, 13h30 no Brasil.

A quarta-feira começou com a repescagem feminina sendo disputada em condições difíceis, com ondas bastante irregulares e poucos tubos. Novamente, Tatiana Weston-Webb competiu numa hora ruim do mar. Na terça-feira já tinha sido assim e ela acabou perdendo para a californiana Courtney Conlogue, por 7,77 a 7,44 pontos. Na repescagem, ficou esperando por tubos que não entraram, então decidiu ir para as manobras nas ondas e conseguiu derrotar a australiana Isabella Nichols também por uma pequena diferença de 6,34 a 6,17 pontos.

Tatiana Weston-Webb (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

“Foi uma bateria muito estranha. Eu queria ter começado com uma nota boa logo no início e não sabia se esperava por um tubo, ou se pegava uma onda pra fazer manobras”, contou Tatiana Weston-Webb. “O tempo foi passando, então resolvi pegar umas pra mandar umas rasgadas e estou aliviada por ter avançado. Agora vou encarar a Carol (Caroline Marks) e espero que tenha uns tubos pra gente surfar. Estamos hospedadas no mesmo lugar, já nos divertimos bastante aqui e estou animada para competir de novo nessas ondas”.

Tatiana vai enfrentar a californiana Caroline Marks no primeiro duelo das quartas de final do Outerknown Tahiti Pro. Quando ela saiu do mar classificada, sua vaga entre as top-5 do ranking ainda não estava garantida. Ela só foi confirmada quando Lakey Peterson ganhou a bateria seguinte, que fechou a repescagem, da bicampeã mundial Tyler Wright e pelo chaveamento das quartas de final. A norte-americana está em sexto lugar no ranking e vai enfrentar a quinta colocada, Brisa Hennessy, da Costa Rica.

Lakey Peterson (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

Com isso, tanto Tatiana Weston-Webb, como a heptacampeã mundial, Stephanie Gilmore, que chegou no Taiti em quarto lugar, acabaram tendo seus nomes garantidos entre as top-5 no ranking das dez etapas do World Surf League Championship Tour 2022. E o confronto entre Brisa Hennessy e Lakey Peterson na última bateria das quartas de final, define a última vaga para o Rip Curl WSL Finals, que vai decidir os títulos mundiais da temporada no melhor dia de ondas em Trestles, no período de 8 a 16 de setembro na Califórnia.

INÍCIO DO MASCULINO – Depois da repescagem feminina, foi estipulado um intervalo de 30 minutos para começar a primeira fase masculina em melhores condições. No entanto, a primeira bateria, do Italo Ferreira e Yago Dora com o sul-africano Matthew McGillivray, também foi fraca de ondas. Os tubos começaram a aparecer nas seguintes. O taitiano Kauli Vaast foi o primeiro a se destacar surfando vários tubos na segunda bateria. Mas, foi na terceira e última do dia, que o australiano Jack Robinson surfou o tubaço mais incrível para fazer os recordes do Outerknown Tahiti Pro, nota 9,43 e 16,26 pontos.

Jack Robinson surfou o maior tubo em Teahupo’o (Foto: Beatriz Ryder/World Surf League)

Na que abriu a primeira fase, as ondas ainda estavam menores e as condições bastante irregulares. Yago Dora foi convocado mais uma vez pela World Surf League, para substituir o camisa 10 da “seleção brasileira”, Gabriel Medina, que segue tratando da lesão no joelho sofrida no Oi Rio Pro em Saquarema.  Ele surfou o primeiro tubo da bateria, foi rápido e só valeu nota 3,40. Logo pegou um maior, que ficou mais profundo e a onda ainda abriu para fazer mais três manobras e receber 4,33.

O sul-africano Matthew McGillivray pegou a primeira onda da bateria, mas depois os brasileiros dominaram o pico. Italo Ferreira achou um tubo para entrar na briga com 3,57. Mas, só assumiu a liderança com o 4,57 recebido em outra onda, que passou pelo tubo e finalizou com um aéreo 360 de frontside.

Yago Dora ficou precisando de 3,81 para vencer. Nos últimos segundos, entrou uma onda e ele já encaixou num tubo rápido, mas a parede armou na saída para atacar forte jogando água pra cima. Os juízes deram outra nota 4,33 e Yago ganhou a primeira vaga direta para as oitavas de final do Outerknown Tahiti Pro, por 8,66 a 8,14 pontos do campeão olímpico.

“Está bem difícil o mar agora. Não tá quebrando nem na bancada do inside e nem lá fora, então procurei ficar bem ativo e tive sorte de pegar essa última onda no final”, disse Yago Dora. “O tubo não foi nada especial, mas acho que a batida rendeu a nota que eu precisava para vencer. Fiquei meio tenso, porque não queria ir para a rodada eliminatória (repescagem) com essas condições difíceis do mar. Estou bem animado com a previsão das ondas para amanhã (quinta-feira) e já ansioso para surfar os tubos perfeitos que devem rolar”.

Yago Dora (Foto: Beatriz Ryder/World Surf League)

Esta foi a segunda vez seguida que Yago Dora e Italo Ferreira se enfrentam na primeira fase esse ano. Na etapa passada, em Jeffreys Bay, na África do Sul, o catarinense também derrotou o campeão mundial de 2019, que passou pela repescagem e só parou nas quartas de final. Italo tenta confirmar sua vaga entre os top-5 que disputarão o título mundial no Rip Curl WSL Finals. Ele chegou no Taiti em quarto no ranking e precisa ir até as semifinais em Teahupo´o para garantir seu nome, sem depender de outros resultados.

VAGA AMEAÇADA – Mas, Italo pode permanecer entre os top-5 mesmo que não passe pela repescagem do Outerknown Tahiti Pro, só que ficaria ameaçado por três surfistas. O quinto colocado, Griffin Colapinto, pegaria o seu quarto lugar se chegar nas quartas de final. E para tirá-lo da lista dos concorrentes ao título mundial, Kanoa Igarashi, sexto do ranking, teria que ser semifinalista e o sétimo, Callum Robson, só se vencer o campeonato.

Se Italo Ferreira aproveitar a segunda chance de classificação para as oitavas de final, já obriga o californiano Griffin a chegar nas quartas de final para ultrapassá-lo e o japonês Kanoa na grande final, além de tirar o australiano Callum da briga. E se Italo passar para as quartas de final, a única possibilidade de perder sua vaga entre os top-5, é se a final em Teahupo´o for entre os dois e com Kanoa Igarashi sendo o campeão do Outerknown Tahiti Pro. Se a vitória for do Griffin Colapinto, ele e Italo se classificam para o WSL Finals.

Italo Ferreira (Foto: Beatriz Ryder/World Surf League)

BRASIL NO WSL FINALS – Do Brasil, só quem já está 100% confirmado para a decisão do título mundial de 2022 nas ondas de alta performance de Lower Trestles, são os vice-campeões mundiais do ano passado no Rip Curl WSL Finals, Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb. Filipe lidera o ranking e garante o primeiro lugar se passar duas baterias em Teahupo´o. A primeira será contra o onze vezes campeão mundial, Kelly Slater, e o também veterano Nathan Hedge. Eles ficaram na expectativa esperando para competir nos vários adiamentos durante a tarde da quarta-feira, mas só irão estrear nesta quinta-feira no Taiti.

Filipe faz uma grande temporada. Ele decidiu o título em cinco das nove etapas do World Surf League Championship Tour esse ano. Perdeu a primeira final em Portugal, mas ganhou a seguinte no Rip Curl Pro Bells Beach. Também na Austrália, tentou o bicampeonato consecutivo em Margaret River, só que parou nas oitavas de final. No entanto, foi finalista nas três etapas seguintes, sendo vice-campeão na de G-Land na Indonésia e na de El Salvador, mas festejou um incrível tricampeonato nas quatro edições do Oi Rio Pro em Saquarema.

Na etapa brasileira, Filipe Toledo foi o primeiro a garantir vaga no Rip Curl WSL Finals 2022. No ano passado, ele decidiu o título mundial em Trestles na melhor de três com Gabriel Medina, que conquistou o tricampeonato. O mesmo aconteceu com Tatiana Weston-Webb, que não conseguiu impedir que Carissa Moore ganhasse o seu quinto título. A brasileira é a única que venceu duas etapas esse ano, em Portugal e na África do Sul. Ela confirmou seu nome entre as top-5 do ranking nesta quarta-feira no Taiti.

Tatiana Weston-Webb (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

TRANSMISSÃO AO VIVO – A janela do Outerknown Tahiti Pro vai até domingo e está sendo transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com, no Canal da WSL no Youtube, no Aplicativo da WSL e no Brasil também pelo Globoplay e Sportv. Esta décima etapa do WSL Championship Tour é realizada com patrocínios da Outerknown, Tahiti Tourism, Corona, Pura Vida, Red Bull, Oakley, Hydro Flask, Expedia, True Surf, Surfline, Polynesia 1, Vini e Air Tahiti Nui.

RESULTADOS DO OUTERKNOWN TAHITI PRO NA QUARTA-FEIRA:

SEGUNDA FASE – 9.o lugar com US$ 13.500 e 2.610 pontos:
1.a: Vahine Fierro (FRA) 6,60 x 3,20 Johanne Defay (FRA)
2.a: Brisa Hennessy (CRI) 8,93 x 5,33 Gabriela Bryan (HAV)
3.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 6,34 x 6,17 Isabella Nichols (AUS)
4.a: Lakey Peterson (EUA) 6,56 x 6,37 Tyler Wright (AUS)

PRIMEIRA FASE – 1.o=Oitavas de Final / 2.o e 3.o=Segunda Fase:
1.a: 1-Yago Dora (BRA)=8.66, 2-Italo Ferreira (BRA)=8.14, 3-Matthew McGillivray (AFR)=3.53
2.a: 1-Kauli Vaast (FRA)=13.60, 2-Barron Mamiya (HAV)=10.93, 3-Ethan Ewing (AUS)=2.33
3.a: 1-Jack Robinson (AUS)=16.26, 2-Nat Young (EUA)=7.33, 3-Michel Bourez (FRA)=6.70
——-ficaram para abrir a quinta-feira:
4.a: Filipe Toledo (BRA), Kelly Slater (EUA), Nathan Hedge (AUS)
5.a: Griffin Colapinto (EUA), Jordy Smith (AFR), Jadson André (BRA)
6.a: Kanoa Igarashi (JPN), Caio Ibelli (BRA), Jackson Baker (AUS)
7.a: Callum Robson (AUS), Samuel Pupo (BRA), Seth Moniz (HAV)
8.a: Miguel Pupo (BRA), Connor O´Leary (AUS), Jake Marshall (EUA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 20.000 e 4.745 pontos:
1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Caroline Marks (EUA)
2.a: Stephanie Gilmore (AUS) x Courtney Conlogue (EUA)
3.a: Carissa Moore (HAV) x Vahine Fierro (FRA)
4.a: Brisa Hennessy (CRI) x Lakey Peterson (EUA)

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


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