Caitlin Simmers e Barron Mamiya são os campeões do Lexus Pipe Pro no Havaí
By João Carvalho | 10 de fevereiro de 2024 | noticias, principal
BANZAI PIPELINE, Oahu, Hawaii / EUA (Sábado, 10 de fevereiro) – O havaiano Barron Mamiya, 24 anos, e a jovem californiana Caitlin Simmers, 18, foram os campeões do Lexus Pipe Pro apresentado por YETI no Havaí e lideram os primeiros rankings da temporada 2024 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT). Ambos superaram os favoritos aos títulos nas finais no mar épico no sábado, com tubos passando dos 2 metros de altura em Pipeline e no Backdoor. Barron bateu o bicampeão mundial John John Florence, 31 anos, com uma nota 10 na decisão 100% havaiana em Pipeline, que não acontecia há 20 anos. Já Caitlin derrotou a australiana Molly Picklum, 21 anos, que tinha conseguido o primeiro 10 do CT 2024 num tubaço incrível em Backdoor nas semifinais. “Essa onda é assustadora. Eu respeito todos que querem fazer parte disso e até quem não quer, porque é realmente assustador lá dentro”, disse Caitlin Simmers, que tinha festejado sua última vitória no Vivo Rio Pro em Saquarema no ano passado. “Nós, meninas, sempre temos que lutar com os homens para surfar aqui e quase não pegamos ondas. Então, espero que esse campeonato tenha mostrado que as mulheres também conseguem surfar esses tubos. A Molly (Picklum), na minha opinião, é a melhor surfista aqui e fazer uma final com sua amiga, é a coisa mais divertida do mundo”.
As brasileiras Tatiana Weston-Webb e Luana Silva ficaram nas quartas de final e começam a temporada empatadas em quinto lugar no ranking. Tatiana foi a primeira vítima da campeã, Caitlin Simmers, no sábado e Luana perdeu o confronto seguinte para a costa-ricense Brisa Hennessy. A segunda etapa do CT 2024 já começa na segunda-feira, com o bicampeão mundial Filipe Toledo defendendo o título do Hurley Pro Sunset Beach, conquistado na final com o californiano Griffin Colapinto no ano passado. Só que a lycra amarela de número 1 da WSL que o Filipe usou em Pipeline, será vestida por Barron Mamiya em Sunset Beach. “Para quem vive no North Shore, este é o campeonato que você mais quer vencer”, destacou Barron Mamiya. “Conseguir finalmente ganhar aqui, com o John John (Florence) na final e tirar um 10, nem tenho palavras para descrever isso. Certamente, nunca esquecerei desse dia pelo resto da minha vida. Nem consigo acreditar que consegui 10 naquele tubo. Eu não seria quem sou, sem o John John, o Jamie (O´Brien), o tio D (Derek Ho). Eu vi esses caras surfarem minha vida toda, aprendi a surfar Pipeline vendo o John John, então dou todo crédito a ele pela maneira que eu surfo”.
O Lexus Pipe Pro apresentado por YETI foi encerrado com uma grande festa dos havaianos que lotaram a praia no sábado, para assistir ao show de tubos em Pipeline e no Backdoor. Nas semifinais, Barron Mamiya já se destacou, fazendo o maior somatório do campeonato, 18,84 pontos com notas 9,77 e 9,07, contra o australiano Connor O´Leary, que esse ano passou a defender o Japão no Circuito Mundial. Com a classificação, Barron confirmou uma final 100% havaiana em Pipeline, porque a segunda semifinal tinha dois havaianos, John John Florence e Ian Gentil. Era apenas a quarta final havaiana em 43 anos de etapas valendo pontos para o título mundial disputadas em Banzai Pipeline. Isso não acontecia desde quando Jamie O´Brien derrotou Sunny Garcia no Pipe Masters de 2004. As outras duas decisões havaianas tinham sido em 1997, com Johnny Boy Gomes vencendo Michael Ho e a segunda em 2002, com Andy Irons ganhando do Shane Dorian. Agora, Barron Mamiya escreveu seu nome na história de forma espetacular, com um tubaço nota 10 em Pipeline, para superar John John Florence por 16,00 a 15,33 pontos.
“Eu sinto que é um grande privilégio ter crescido aqui e surfado essa onda durante toda a minha vida”, disse John John Florence. “Foi incrível fazer a final com o Barron (Mamiya). Ele é um surfista muito bom e aquele 10 foi muito louco. Como adversário, você não quer ver isso, mas foi incrível ver ele completar aquele tubo. Estou me sentindo muito animado para competir esse ano, me diverti bastante nesse campeonato e já estou ansioso para a próxima bateria”.
DECISÃO HAVAIANA – O bicampeão mundial começou na frente, com nota 7,33 num tubo de frontsite nas direitas do Backdoor, contra 6,00 do Barron Mamiya em um mais rápido de backside nas esquerdas de Pipeline. Logo, entra uma série formando grandes tubos em Pipeline. John John pega o primeiro e sai limpo, mas o do Barron é maior, ele dropa atrasado despencando para dentro do tubo, some lá dentro, as placas vão caindo à sua frente e consegue sair depois da baforada, já vibrando com os braços para cima. A nota do John John sai 8,0 e a do Barron é 10 unânime dos cinco juízes. Essas quatro ondas formaram o resultado do campeonato, pois depois veio uma calmaria e nenhum dos dois conseguiu aumentar suas notas. Foi a segunda vitória da carreira de Barron Mamiya em etapas do CT. A única tinha sido também no Havaí, em 2022 em Sunset Beach, que vai sediar o segundo desafio da temporada a partir de segunda-feira. O título valeu um prêmio de 80.000 dólares e 10.000 pontos na liderança do primeiro ranking da WSL em 2024, com John John em segundo lugar com 50.000 dólares e 7.800 pontos.Enquanto Barron Mamiya decidia o título em Pipeline pela primeira vez, John John fez a quarta final em frente da sua casa. A primeira foi em 2013 e ele perdeu para Kelly Slater. A segunda em 2017 e terminou como vice-campeão de novo, contra o francês Jeremy Flores. A única vitória aconteceu em dezembro de 2020, derrotando Gabriel Medina no evento que abriu o CT 2021. Agora, ele era o favorito para vencer a sua primeira final havaiana em Pipeline, mas amargou a terceira derrota contra Barron Mamiya.Lexus Pipe Pro apresentado por YETI, sempre surfando altos tubos nas direitas do Backdoor. Na semifinal, venceu um duelo fantástico com a havaiana Bettylou Sakura Johnson, ganhando a primeira nota 10 do CT 2024 em um tubaço de backside nas esquerdas de Pipeline. No fim da bateria, Bettylou também fez um tubão precisando de 8,61 para vencer, mas a nota saiu 8,33 e Molly passou para a final por 15,60 a 15,33 pontos.
PRIMEIRA NOTA 10 – Na decisão feminina, a favorita também foi batida na grande final. A australiana Molly Picklum vinha fazendo os recordes das mulheres desde a sua estreia noJá Caitlin Simmers começou o sábado decisivo fazendo um novo e definitivo recorde de 15,84 pontos na competição feminina do Lexus Pipe Pro. Ela já começou essa bateria contra Tatiana Weston-Webb nas quartas de final, surfando um tubaço em pé no Backdoor que valeu nota 9,17 e não deu qualquer chance para a brasileira. Na semifinal contra a costa-ricense Brisa Hennessy, entraram poucas ondas e a nota 6,67 do único tubo que surfou, foi suficiente para avançar para a grande final. A decisão do título foi iniciada com a australiana Molly Picklum pegando um tubo incrível no Backdoor, ficando bem profundo entocada lá dentro e saindo em pé, já largando na frente com nota 9,27. Caitlin Simmers caiu no seu primeiro tubo, mas o segundo conseguiu controlar o balanço da onda também no Backdoor, sumir na cortina d´água e sair fazendo uma rasgada, para receber 8,83. Com essa nota, já assumiu a ponta e logo trocou 2,50 por 3,83, numa onda com duas manobras, sem tubo.
Molly Picklum ficou precisando de pouco para vencer, 3,39, então ficou tentando achar outro tubo. Só que rolou uma longa calmaria, as duas ficaram lado a lado esperando por ondas, o tempo foi passando e outra série entrou quando restavam 5 minutos para o término. A australiana tentou o tubo no Backdoor, mas ele fechou. Ela ainda teve mais uma chance no último minuto, porém não conseguiu completar o tubo de novo e a vitória de Caitlin Simmers foi confirmada por 12,66 a 10,64 pontos.
“Nós fomos abençoadas hoje (sábado) por surfar no melhor dia de ondas aqui em Pipeline e fazer a final com a Caity (Caitlin Simmers) foi incrível”, disse Molly Picklum. “Eu estava aproveitando cada momento e curtindo muito os tubos que consegui fazer. Aqui já está parecendo uma segunda casa para mim e agradeço aos moradores locais, que estão realmente encorajando as mulheres para surfar aqui, nos mostrando o melhor lugar para pegar as ondas neste lugar incrível”.TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do WSL Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano têm novidades na transmissão em português pelos canais da World Surf League, que pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e com uma nova equipe de comentaristas, formada por Edinho Leite, Cris Pires e Ian Cosenza. Além disso, também pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo e Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada uma inédita transmissão em espanhol, com Mitchell Salazar, Sahid Pérez e Ahmed Pérez. O Lexus Pipe Pro apresentado por YETI abriu a temporada 2024 do World Surf League Championship Tour com patrocínio da Lexus, YETI, Vissla, Florence Marine X, Red Bull, 805 Beer, Bonsoy, Cup Noodles, Pacifico, Sambazon, SHISEIDO, Turtle Bay, Spectrum Hawaii, True Surf, Surfline, Apple Watch, Mananalu Water, Eventbrite, Pura Vida, Alt Sports Betting e Hawaii Tourism.
RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO LEXUS PIPE PRO:
Campeão: Barron Mamiya (HAV) por 16,00 pts (10,0+6,00) – US$ 80.000 e 10.000 pts 2.o lugar: John John Florence (HAV) com 15,33 pts (8,00+7,33) – US$ 50.000 e 7.800 pts SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 32.000 e 6.085 pontos: 1.a: Barron Mamiya (HAV) 18,84 x 7,43 Connor O`Leary (JPN) 2.a John John Florence (HAV) 16,10 x 7,16 Ian Gentil (HAV) QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos: 1.a: Connor O`Leary (JPN) 11,50 x 2,73 Ethan Ewing (AUS) 2.a: Barron Mamiya (HAV) 14,50 x 4,33 Jordy Smith (AFR) 3.a: Ian Gentil (HAV) 12,00 x 7,67 Imaikalani deVault (HAV) 4.a: John John Florence (HAV) 13,67 x 10,33 Leonardo Fioravanti (ITA) DECISÃO DO TÍTULO FEMININO: Campeã: Caitlin Simmers (EUA) por 12,66 pts (8,83+3,83) – US$ 80.000 e 10.000 pts 2.o lugar: Molly Picklum (AUS) com 10,64 pts (9,27+1,37) – US$ 50.000 e 7.800 pts SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 32.000 e 6.085 pontos: 1.a: Caitlin Simmers (EUA) 7,67 x 2,84 Brisa Hennessy (CRC) 2.a: Molly PIcklum (AUS) 15,60 x 15,33 Bettylou Sakura Johnson (HAV) QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos: 1.a: Caitlin Simmers (EUA) 15,84 x 5,36 Tatiana Weston-Webb (BRA) 2.a: Brisa Hennessy (CRC) 4,00 x 0,97 Luana Silva (BRA) 3.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 15,70 x 6,50 Caroline Marks (EUA) 4.a: Molly PIcklum (AUS) 12,50 x 6,63 Johanne Defay (FRA)—————————————————–
João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.WorldSurfLeague.com.
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