Australiano vence o primeiro QS 10000 do ano na África do Sul
By João Carvalho | 3 de julho de 2016 | noticias
O australiano Connor O´Leary é o novo campeão do QS 10000 Ballito Pro apresentado pela Billabong na África do Sul, que no ano passado foi vencido pelo catarinense Alejo Muniz. Dessa vez, o único brasileiro a chegar no domingo foi o capixaba Krystian Kymerson, que perdeu o primeiro confronto do dia e ficou em quinto lugar, somando importantes 5.200 pontos que o levaram de 303 para 23 no ranking do WSL Qualifying Series. Já os 10.000 pontos da vitória valeram a vice-liderança para O´Leary, que na bateria final derrotou o melhor surfista do último dia nas ondas de Willard Beach, Joan Duru. O francês assumiu a terceira posição com o vice-campeonato e o brasileiro Deivid Silva retornou ao quarto lugar no ranking que classifica dez surfistas para o Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour.
O domingo começou com Krystian Kymerson sendo derrotado por Jeremy Flores. O francês da elite do CT dominou toda a bateria, desde as notas 6,83 e 6,00 que recebeu em suas primeiras ondas. Depois surfou duas melhores para trocar essas notas por 8,17 e 7,07, que confirmaram a vitória por 15,24 a 13,17 pontos. O brasileiro só conseguiu pegar uma onda boa que rendeu nota 7,67 e acabou somando um 5,50. Mas, Krystian Kymerson ganhou 280 posições no ranking com os 5.200 pontos recebidos pelo quinto lugar no Ballito Pro. Ele chegou na África do Sul em 303 e agora é o 23.o colocado, sendo mais um brasileiro a entrar na briga por vagas no G-10 do WSL Qualifying Series. No momento, o único na lista é o paulista Deivid Silva, que foi barrado pelo capixaba nas oitavas de final disputadas no sábado.
Deivid chegou a passar dois dias na vice-liderança do ranking, mas no domingo foi ultrapassado pelos dois surfistas que decidiram o título do Ballito Pro e voltou para a mesma quarta posição que ocupava antes do primeiro QS 10000 da temporada. O próximo é o tradicional US Open of Surfing em Huntington Beach, nos dias 25 a 31 de julho na Califórnia, Estados Unidos. Na semana anterior, de 18 a 23 de julho, acontece a etapa mais antiga do calendário 2016 da WSL South America, o QS 1500 Maui and Sons Arica World Star, nas grandes ondas de El Gringo, no Chile, valendo pontos também para o ranking sul-americano liderado pelo argentino Leandro Usuna.
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA – No ano passado, o Brasil tinha vencido as três primeiras etapas com status máximo QS 10000, com Filipe Toledo em Lower Trestles, na Califórnia, Alex Ribeiro em Saquarema, no Rio de Janeiro, e Alejo Muniz em Ballito, na África do Sul. As duas primeiras foram canceladas esse ano, então o primeiro QS 10000 da temporada passou a ser o Ballito Pro. Alejo Muniz não passou da sua primeira defesa do título em KwaZulu-Natal e outros dois brasileiros da elite do CT perderam em suas estreias na quarta-feira em Willard Beach, o potiguar Jadson André e o paulista Caio Ibelli, semifinalista desta etapa no ano passado. Jadson foi barrado junto com o argentino Santiago Muniz, que chegou na África ocupando a última posição no G-10 do QS.
Apesar das baixas importantes, onze brasileiros passaram para a rodada dos 48 melhores e seis avançaram para disputar classificação para as oitavas de final. Aí o francês Jeremy Flores ganhou a primeira batalha do paulista Deivid Silva e do cearense Messias Felix e a segunda bateria foi 100% verde-amarela, com o capixaba Krystian Kymerson e o cearense Michael Rodrigues deixando o paulista David do Carmo em 17.o lugar no Ballito Pro, como Messias Felix. Já o baiano Bino Lopes enfrentou dois estrangeiros e despachou o americano Patrick Gudauskas na disputa vencida pelo australiano Stu Kennedy.
No entanto, dos quatro brasileiros que chegaram no sábado para disputar as oitavas de final, apenas Krystian Kymerson conseguiu passar para o domingo decisivo, por ter vencido mais uma bateria verde-amarela na África do Sul, dessa vez contra Deivid Silva. Michael Rodrigues foi batido pelo francês Jeremy Flores e Bino Lopes por outro top da elite do CT, o australiano Jack Freestone, que nessa bateria aumentou o maior placar do campeonato para 18,23 pontos.
RECORDISTA ABSOLUTO – Só que esse recorde foi batido pelo francês Joan Duru logo no segundo confronto do domingo. No sábado, ele tinha sido o primeiro a vencer com 18 pontos e contra o sul-africano Beyrick De Vries atingiu 18,67, computando notas 9,10 e 9,57 e ainda jogando fora um 8,17 e 8,03. Na semifinal francesa contra Jeremy Flores, os dois deram um show numa das melhores baterias do Ballito Pro e Duru se tornou o recordista absoluto do campeonato. Em sua melhor onda, dois dos cinco juízes chegaram a dar nota 10 e a média ficou 9,90, que ele somou com 9,30 para totalizar incríveis 19,20 pontos de 20 possíveis.
O australiano Connor O´Leary também surfou muito bem e recebeu notas no critério excelente dos juízes para superar seus adversários no domingo. No duelo australiano que fechou as quartas de final, o jovem Ethan Ewing começou forte com 9,73 e O´Leary só garantiu a vitória quando tirou um 8,17 para somar no placar encerrado em 15,50 a 14,56 pontos. Nas semifinais, também estava perdendo para o havaiano Ezekiel Lau, mas sua última onda foi fantástica, ele arriscou tudo e arrancou 9,57 dos juízes para vencer por 16,74 a 14,60 pontos.
DECISÃO DO TÍTULO – Na grande final, o australiano também viu seu oponente começar melhor, com o francês Joan Duru largando na frente com notas 7,37 e 7,33, contra 6,00 e 7,17 das suas duas primeiras atuações na bateria. Depois, os 10.000 pontos da vitória no Ballito Pro foram mudando de dono a cada onda surfada. Connor O´Leary assumiu a ponta com nota 8,10, Joan Duru retomou com 8,43, mas o australiano novamente surfou a sua melhor onda na última que pegou. Dessa vez, ganhou nota 9,20 para garantir o prêmio máximo de 40 mil dólares por 17,30 a 15,80 pontos. Duru recebeu metade disso e os dois agora só estão abaixo do líder Leonardo Fioravanti, da Itália, no ranking do WSL Qualifying Series 2016.
MUDANÇAS NO G-10 – O resultado do QS 10000 Ballito Pro provocou quatro mudanças de nomes na lista dos dez indicados para completar a elite dos top-34 da World Surf League. Um dos que ingressaram no G-10 foi o campeão na África do Sul, Connor O´Leary, que subiu do 15.o para o segundo lugar no ranking. Os outros foram o havaiano Ezekiel Lau (de 23.o para 5.o) e mais dois australianos, Ethan Ewing (de 22.o para 6.o) e Cooper Chapman (de 12.o para 9.o). Eles tiraram do G-10, o marroquino Ramzi Boukhiam (caiu de 10.o para 15.o), o neozelandês Billy Stairmand (de 9.o para 16.o), o norte-americano Tanner Gudauskas (de 7.o para 18.o) e o argentino Santiago Muniz (de 11.o para 25.o).
Mais informações, fotos e vídeos do QS 10000 Ballito Pro no www.worldsurfleague.com que transmitiu a competição ao vivo da África do Sul.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A missão da Liga Mundial de Surf é inspirar uma mudança positiva para o surf, nossos fãs, e para o meio ambiente. Antes denominada Association of Surfing Professionals, a WSL tem promovido os principais campeonatos de surf desde 1976, decidindo os campeões mundiais no Samsung Galaxy WSL Championship Tour masculino e feminino, o Big Wave Tour, o Qualifying Series, o Junior, o Longboard e produzindo eventos como o WSL Big Wave Awards. A WSL possui um profundo apreço pelo passado do esporte, promovendo ao mesmo tempo o desenvolvimento, inovação e desempenho no mais alto nível. Nós colocamos os melhores surfistas do mundo nas melhores ondas do mundo.
Exibindo o melhor do surf em sua plataforma digital através da worldsurfleague.com, a WSL tem energizado sua legião de fãs apaixonados com milhões de novos fãs pelo mundo, todos sintonizados acompanhando ao vivo as grandes estrelas do surf mundial, como Kelly Slater, Filipe Toledo, Gabriel Medina, Adriano de Souza, Makua Rothman, Grant “Twiggy” Baker, Greg Long, Stephanie Gilmore, John John Florence, Carissa Moore, entre outros, competindo no ambiente mais dinâmico e imprevisível de todos os esportes.
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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO QS 10000 BALLITO PRO:
Campeão: Connor O´Leary (AUS) por 17,30 pontos (notas 9,20+8,10) – US$ 40.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Joan Duru (FRA) com 15,80 pontos (notas 8,43+7,37) – US$ 20.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.500 pontos e US$ 11.000 de prêmio:
1.a: Joan Duru (FRA) 19.20 x 17.63 Jeremy Flores (FRA)
2.a: Connor O´Leary (AUS) 16.74 x 14.60 Ezekiel Lau (HAV)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com 5.200 pontos e US$ 7.000 de prêmio:
1.a: Jeremy Flores (FRA) 15.24 x 13.17 Krystian Kymerson (BRA)
2.a: Joan Duru (FRA) 18.67 x 16.34 Beyrick De Vries (AFR)
3.a: Ezekiel Lau (HAV) 15.83 x 15.57 Jack Freestone (AUS)
4.a: Connor O´Leary (AUS) 15.50 x 14.56 Ethan Ewing (AUS)
G-10 DO WSL QUALIFYING SERIES – após 25.a etapa na África do Sul:
1.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 17.530 pontos
2.o: Connor O´Leary (AUS) – 14.700
3.o: Joan Duru (FRA) – 13.040
4.o: Deivid Silva (BRA) – 11.530
5.o: Ezekiel Lau (HAV) – 10.120
6.o: Ethan Ewing (AUS) – 9.100
7.o: Dion Atkinson (AUS) – 9.050
8.o: Evan Geiselman (EUA) – 8.900
9.o: Cooper Chapman (AUS) – 8.260
10.o: Patrick Gudauskas (EUA) – 7.990
———–sul-americanos até 100.o lugar:
13: Bino Lopes (BRA) – 6.810 pontos
22: Jessé Mendes (BRA) – 5.700
23: Krystian Kymerson (BRA) – 5.675
25: Santiago Muniz (ARG) – 5.505
26: Tomas Hermes (BRA) – 5.420
29: Victor Bernardo (BRA) – 4.680
31: Michael Rodrigues (BRA) – 4.650
32: Marco Fernandez (BRA) – 4.430
33: Hizunomê Bettero (BRA) – 4.360
35: David do Carmo (BRA) – 4.300
37: Marco Giorgi (URU) – 4.180
40: Heitor Alves (BRA) – 4.085
55: Robson Santos (BRA) – 3.470
56: Willian Cardoso (BRA) – 3.425
61: Thiago Camarão (BRA) – 3.200
62: Leandro Usuna (ARG) – 3.195
63: Ian Gouveia (BRA) – 3.180
66: Messias Felix (BRA) – 3.110
72: Flavio Nakagima (BRA) – 2.870
78: Miguel Tudela (PER) – 2.740
84: Luel Felipe (BRA) – 2.580
88: Lucas Silveira (BRA) – 2.500
99: Rafael Teixeira (BRA) – 2.320
104: Lucca Mesinas Novaro (PER) – 2.200
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