Brasileiros saem da disputa pelo título do Rip Curl Pro Bells Beach na Austrália
By João Carvalho | 30 de março de 2024 | noticias, principal
BELLS BEACH, Victoria / Austrália (Sábado, 30 de março) – O Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy definiu as quartas de final masculinas no sábado e nenhum brasileiro se classificou nas ondas de 3-4 pés em Winkipop. Com isso, Tatiana Weston-Webb é a única esperança de título do Brasil nesta quarta etapa do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2024. A expectativa é de que o campeonato de surfe mais antigo do mundo, seja encerrado no Domingo de Páscoa, com a primeira chamada marcada para as 7h45 na Austrália, 17h45 do sábado no fuso horário de Brasília.
A seleção brasileira da WSL ainda conseguiu vencer as duas últimas baterias da terceira fase, com Yago Dora despachando o havaiano Ian Gentil e Caio Ibelli vingando a derrota sofrida para o sul-africano Jordy Smith na sua única final em etapas do CT, que disputou em Bells Beach em 2017. Mas eles depois perderam os duelos das oitavas de final que fecharam o Sábado de Aleluia na Austrália. Yago foi eliminado pelo californiano Kade Matson e Caio pelo indonésio Rio Waida.
A vitória do estreante na elite deste ano sobre Yago Dora, foi por 14,00 a 12,80 pontos. Já o Caio Ibelli foi derrotado por 12,30 a 9,83 pontos. Antes, o Samuel Pupo também havia sido barrado no segundo confronto das oitavas de final, na última onda surfada pelo sul-africano Matthew McGillivray. A nota 7,77 que ele recebeu, virou o placar para 13,50 a 12,44 pontos, com o Samuca ficando em nono lugar no Rip Curl Pro Bells Beach, empatado com o Yago e o Caio.
O sábado já não tinha começado bem para o Brasil. No segundo duelo do dia, o sétimo da terceira fase, o tricampeão mundial Gabriel Medina também foi superado na última onda surfada pelo californiano Cole Houshmand, que valeu a maior nota da bateria. O camisa 10 da seleção brasileira liderou desde o início com seu ataque de backside nas direitas de Winkipop, arrancando notas 6,67 e 7,10 e até completou um aéreo em outra onda. Mas, o 7,47 do novato na elite na última onda, lhe garantiu a vitória por 14,27 a 13,77 pontos.
Cole Houshmand é um dos surfistas de San Clemente na Califórnia, que vem se destacando nessa temporada. Outro deles é o Crosby Colapinto, que derrotou Miguel Pupo por 14,47 a 13,53 pontos, logo após o seu irmão e líder do ranking, Griffin Colapinto, fazer o maior somatório da terceira fase, 15,57 pontos. Os dois depois se enfrentaram pela primeira vez em baterias do CT e o mais velho, Griffin, avançou para as quartas de final. Mas, o Crosby já havia confirmado seu nome no grupo dos 22 primeiros colocados no ranking, que serão mantidos na elite na segunda metade da temporada.
No total, oito surfistas que terminaram o sábado entre os 8 melhores do ranking, já escaparam do corte que vai acontecer na próxima etapa em Margaret River. Além dos irmãos Griffin e Crosby Colapinto, mais um californiano de San Clemente, Jake Marshall, os australianos Ethan Ewing e Jack Robinson, os havaianos John John Florence e Barron Mamiya e o japonês Kanoa Igarashi. Todos foram confirmados por terem ultrapassado os 14.000 pontos. O John John também parou em uma das zebras do dia, outro californiano de San Clemente, Kade Matson, que depois derrubou mais um favorito, Yago Dora.
SELEÇÃO BRASILEIRA – O catarinense Yago Dora é agora o brasileiro mais bem colocado no ranking. Ele chegou na Austrália em 17.o lugar e aparece em 14.o, mas sua posição ainda é ameaçada por Matthew McGillivray, Cole Houshmand e Kade Matson. O campeão mundial Italo Ferreira também parou na terceira fase, sendo dominado pelo indonésio Rio Waida, que depois eliminou Caio Ibelli. O campeão olímpico já caiu do 12.o para o 16.o lugar e o Gabriel Medina desceu da 15.a para 19.a colocação.
Ou seja, todos terão que confirmar suas permanências no restante do CT 2024 na próxima etapa, o Western Australia Margaret River Pro, que vai fechar a primeira metade da temporada nos dias 11 a 21 de abril. Os outros quatro brasileiros estão abaixo da linha do corte na elite e também precisarão de um bom resultado em Margaret River, para entrar no grupo dos 22 primeiros do ranking. Os irmãos Miguel Pupo e Samuel Pupo estão empatados em 25.o lugar, Caio Ibelli subiu para 29.o e Deivid Silva ocupa a 32.a posição.
TIME FEMININO – Ao contrário do time masculino, as duas surfistas do Brasil estão entre as 10 primeiras do ranking que serão mantidas na elite, desde o início da temporada 2024 no Havaí. Tatiana Weston-Webb ocupa o sexto lugar, está batendo na porta de entrada do grupo das top-5 que vão disputar o título mundial no WSL Finals. Ela chegou nas quartas de final pela terceira vez nas quatro etapas e vai enfrentar a atual campeã mundial Caroline Marks no Rip Curl Pro Bells Beach.
Tatiana já foi vice-campeã do campeonato mais tradicional da história do surfe, que está completando 61 edições esse ano. Foi em 2018, quando Italo Ferreira conquistou a primeira vitória da sua carreira no CT. Tatiana entra no grupo das top-5 se chegar na final em Bells Beach mais uma vez. Ela passou para as quartas de final vencendo um duelo brasileiro na quarta-feira com Luana Silva, que se mantém em nono lugar no ranking e vai defender sua permanência na elite em Margaret River.
TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano, a transmissão em português pelos canais da World Surf League, pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e também pelo WorldSurfLeague.com e Aplicativo e Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada a transmissão em espanhol.
O Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy tem prazo até 5 de abril para fechar a quarta etapa do World Surf League Championship Tour 2024, que acontece com patrocínio da Rip Curl, Visit Victoria, Bonsoy, Red Bull, Shiseido, YETI, Surfline, True Surf, Eventbrite, Apple Watch, GWM, Oakberry, Bailey Ladders, Boost Mobile, Coopers, Bond University, Bioglan, Weatherguard e Hydralyte.
QUARTAS DE FINAL DO RIP CURL PRO BELLS BEACH:
CATEGORIA FEMININA – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:
1.a: Johanne Defay (FRA) x Ellie Harrison (AUS)
2.a: Brisa Hennessy (CRC) x Sawyer Lindblad (EUA)
3.a: Caroline Marks (EUA) x Tatiana Weston-Webb (BRA)
4.a: Caitlin Simmers (EUA) x Gabriela Bryan (HAV)
CATEGORIA MASCULINA – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:
1.a: Matthew McGillivray (AFR) x Morgan Cibilic (AUS)
2.a: Ethan Ewing (AUS) x Cole Houshmand (EUA)
3.a: Griffin Colapinto (EUA) x Jake Marshall (EUA)
4.a: Rio Waida (IDN) x Kade Matson (EUA)
RESULTADOS DO SÁBADO EM WINKIPOP:
OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 16.000 e 2.610 pontos:
1.a: Morgan Cibilic (AUS) 13,50 x 12,27 Ryan Callinan (AUS)
2.a: Matthew McGillivray (AFR) 13,50 x 12,44 Samuel Pupo (BRA)
3.a: Ethan Ewing (AUS) 15,77 x 14,33 Liam O´Brien (AUS)
4.a: Cole Houshmand (EUA) 14,37 x 13,73 Kanoa Igarashi (JPN)
5.a: Griffin Colapinto (EUA) 11,67 x 4,67 Crosby Colapinto (EUA)
6.a: Jake Marshall (EUA) 14,17 x 8,74 Barron Mamiya (HAV)
7.a: Kade Matson (EUA) 14,00 x 12,80 Yago Dora (BRA)
8.a: Rio Waida (IDN) 12,30 x 9,83 Caio Ibelli (BRA)
TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US$ 14.360 e 1.330 pontos:
———as 5 primeiras foram realizadas na quarta-feira
6.a: Liam O´Brien (AUS) 13,00 x 12,30 Ramzi Boukhiam (MAR)
7.a: Cole Houshmand (EUA) 14,27 x 13,77 Gabriel Medina (BRA)
8.a: Kanoa Igarashi (JPN) 14,64 x 13,90 Jacob Wilcox (AUS)
9.a: Griffin Colapinto (EUA) 15,57 x 11,73 Tully Wylie (AUS)
10: Crosby Colapinto (EUA) 14,47 x 13,53 Miguel Pupo (BRA)
11: Barron Mamiya (HAV) 11,37 x 10,10 Kelly Slater (EUA)
12: Jake Marshall (EUA) 12,73 x 11,17 Frederico Morais (POR)
13: Kade Matson (EUA) 12,00 x 10,10 John John Florence (HAV)
14: Yago Dora (BRA) 14,03 x 13,50 Ian Gentil (HAV)
15: Rio Waida (IDN) 14,07 x 11,43 Italo Ferreira (BRA)
16: Caio Ibelli (BRA) 12,77 x 11,73 Jordy Smith (AFR)
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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.WorldSurfLeague.com.
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