Oito brasileiros avançam na abertura do Tahiti Pro
By WSL Latin America | 25 de agosto de 2019 | noticias, principal
As previsões indicam um mar épico para a terça e quarta-feira em Teahupoo, para fechar o Tahiti Pro apresentado pela Hurley em ondas desafiadoras de 10 a 15 pés, com os tubos passando dos 4 metros de altura na bancada mais perigosa do mundo. No entanto, para isso, era preciso iniciar a sétima etapa do World Surf League Championship Tour, que vinha sendo adiada desde a quarta-feira.
Então, começou no sábado em um mar inconsistente de 5-7 pés, sem muitos tubos, com oito brasileiros passando direto para a terceira fase nas condições difíceis para competir. O potiguar Italo Ferreira surfou o melhor tubo do dia na única vitória verde-amarela, enquanto Gabriel Medina, Filipe Toledo, Adriano de Souza, Willian Cardoso, Yago Dora, Deivid Silva e Jadson André, avançaram em segundo lugar nas suas baterias.
Com um retrospecto incrível nos tubos mais temidos do mundo, com duas vitórias em quatro finais e um terceiro lugar nos últimos cinco anos, o defensor do título do Tahiti Pro, Gabriel Medina, disputou o primeiro confronto do dia, que foi bem fraco de ondas, como na maioria das baterias. O bicampeão mundial estreou junto com Peterson Crisanto, mas o australiano Soli Bailey surfou o primeiro tubo do dia logo na primeira onda e acabou vencendo por apenas 9,50 pontos.
Gabriel Medina tentou de tudo, tubos, aéreos, manobras, mas as ondas não ajudavam e não conseguia completar quase nada. No entanto, o que fez com todo seu esforço, foi suficiente para passar em segundo lugar com 6,13 pontos. O paranaense Peterson Crisanto só pegou uma onda nos 25 minutos da bateria e ficou em último, mas essa primeira fase não é eliminatória e ele terá outra chance de classificação para a terceira fase na repescagem.
Medina vem de vitória na etapa sul-africana de Jeffreys Bay, que foi encerrada com uma inédita final verde-amarela com Italo Ferreira. Os dois e Filipe Toledo são os brasileiros com chances de tirar do norte-americano Kolohe Andino, a liderança do ranking no Tahiti Pro. Italo entrou na quarta bateria e surfou o melhor tubo do sábado, que valeu a maior nota do dia, 7,83. O potiguar de Baía Formosa ainda somou um 4,33 da última onda para também fazer o maior placar até ali, 12,16 pontos, contra 7,07 do taitiano campeão da triagem, Kauli Vaast, com o havaiano Sebastian Zietz ficando em último com somente 1,20 pontos.
“Estou muito feliz por começar este campeonato incrível vencendo minha primeira bateria”, disse Italo Ferreira. “Eu adoro o Taiti, já estou aqui há nove dias e já surfei tubos incríveis, foi uma experiência fantástica, porque nunca tinha surfado tubos tão grandes aqui. Então, estou ansioso com as previsões de que vêm altas ondas daqui a uns dias e eu só queria me classificar. O mar não estava tão bom hoje (sábado), mas consegui surfar um bom tubo na bateria que me deixou muito feliz. Agora é esperar pelas bombas que vêm por aí”.
Entre os seis surfistas que vão brigar pela lycra amarela do Jeep Leaderboard em Teahupoo, o único que terá que disputar a repescagem é o sexto do ranking, Jordy Smith. O sul-africano foi superado na segunda bateria do dia, pelo australiano Adrian Buchan que já tem título do Tahiti Pro no currículo e o potiguar Jadson André, o primeiro dos tops a chegar na Polinésia Francesa para treinar no local do campeonato este ano.
A disputa seguinte foi a segunda com participação dupla do Brasil e o campeão mundial Adriano de Souza levou 20 minutos para achar um tubo que valeu a classificação na vitória do japonês Kanoa Igarashi por 8,83 a 5,50 do campeão mundial de 2015. Já Caio Ibelli foi em várias ondas, mas todas ruins e o máximo que conseguiu somar nas duas melhores foi 3,70 pontos, então terá que disputar uma rodada extra em Teahupoo.
ESTREIA DOS LÍDERES – O vice-líder do ranking, Filipe Toledo, também passou em segundo na bateria vencida pelo francês Joan Duru, por 9,37 a 8,70 pontos do brasileiro, que até achou um tubo rápido, mas usou também as manobras de borda em mais uma disputa fraca de ondas. Já o líder, Kolohe Andino, achou um belo tubo nota 7,00 no confronto seguinte, para vencer em sua primeira vez vestindo a lycra amarela do Jeep Leaderboard, mas por uma pequena vantagem de 11,73 a 11,20 pontos do catarinense Yago Dora, que liderou quase toda a bateria.
O paulista Deivid Silva, também ficou na frente em sua primeira participação nos tubos de Teahupoo, pois ele é um dos estreantes na elite do CT este ano. Só que nos minutos finais, o recordista de títulos do maior desafio da temporada, Kelly Slater, virou o placar para 10,63 a 8,76 pontos nas duas últimas ondas que surfou. Ele estava em último e acabou tirando a classificação do português Frederico Morais, que terá outra chance na repescagem.
Em mais uma bateria sem tubos, Willian Cardoso usou o seu power surf para abrir grandes leques de água nas manobras e passar direto para a terceira fase, também em segundo lugar. O neozelandês Ricardo Christie impediu a segunda vitória brasileira em sua última onda, que valeu 4,23 para totalizar 10,23 pontos, contra 9,67 do catarinense. Ambos mandaram para a repescagem o cabeça de chave desta oitava bateria, Ryan Callinan, da Austrália.
BRASIL NA REPESCAGEM – Depois, o cearense Michael Rodrigues e o paulista Jessé Mendes estrearam em último lugar e quatro brasileiros vão disputar a primeira rodada eliminatória do Tahiti Pro. Eles não poderão ficar em último de novo, senão terminarão em 33.o lugar marcando apenas 265 pontos no ranking. Os outros dois perderam nos únicos confrontos com participação dupla do Brasil, Peterson Crisanto e Caio Ibelli, que estão numa briga direta na outra ponta da tabela, para ficar entre os 22 primeiros que são mantidos na elite dos top-34 para o CT do ano que vem.
O paulista Caio Ibelli perdeu sua vaga no ano passado, mas está participando de todas as etapas de 2019 substituindo os contundidos, como o bicampeão mundial John John Florence. Ele chegou no Taiti em último na lista e o francês Joan Duru já lhe tira o 22.o lugar, se ele não se classificar contra o australiano Ryan Callinan e o havaiano Tyler Newton na segunda repescagem. Peterson era o vigésimo do ranking e o australiano Adrian Buchan já passa dele, portanto, também precisará avançar no confronto seguinte, com o taitiano Michel Bourez e o português Frederico Morais, para se manter no G-22 e se afastar da zona de perigo.
O cearense Michael Rodrigues é outro que pode perder posições se não conseguir aproveitar a segunda chance de classificação para a terceira fase. Ele já caiu do 15.o para o 17.o lugar, sendo ultrapassado por outros dois brasileiros que avançaram, Willian Cardoso e Deivid Silva. Michael vai disputar as duas últimas vagas da repescagem, junto com o paulista Jessé Mendes, que necessita de um bom resultado para entrar no G-22. Eles vão enfrentar o californiano Conner Coffin na bateria que vai fechar esta segunda fase.
O Tahiti Pro apresentado pela Hurley está sendo transmitido ao vivo dos tubos de Teahupoo pelo www.worldsurfleague.com e pelo Facebook Live, pelo aplicativo da World Surf League e pelo canal ESPN. Este evento está sendo disputado com as cores das lycras de competição diferentes das outras etapas, com cores cítricas lembrando as dos corais fluorescentes que alertam sobre a degradação e a necessidade de preservação dos corais em todo o mundo. A primeira chamada do domingo será as 7h00 no Taiti, 14h00 no fuso de Brasília.
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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.
A WSL vem promovendo os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 230 eventos globais masculinos e femininos no ano para definir os campeões mundiais do World Surf League Championship Tour, Big Wave Tour, Redbull Airborne, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, além do WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, enquanto incentiva a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.
Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis da WSL. A World Surf League é pioneira em streaming online para uma enorme legião de fãs apaixonados e interessados em ver as grandes estrelas, como Kelly Slater, Stephanie Gilmore, John John Florence e muitos brasileiro, como Gabriel Medina, Adriano de Souza, Filipe Toledo, Italo Ferreira, Silvana Lima, Tatiana Weston-Webb, competindo no campo de jogo mais dinâmico e imprevisível de todos os esportes no mundo.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.
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RESULTADOS DO SÁBADO NO TAHITI PRO TEAHUPO´O:
PRIMEIRA FASE – 1.o e 2.o=Terceira Fase / 3.o=Segunda Fase:
1.a: 1-Soli Bailey (AUS)=9.50, 2-Gabriel Medina (BRA)=6.13, 3-Peterson Crisanto (BRA)=0.77
2.a: 1-Adrian Buchan (AUS)=11.50, 2-Jadson André (BRA)=9.90, 3-Jordy Smith (AFR)=3.00
3.a: 1-Kanoa Igarashi (JPN)=8.83, 2-Adriano de Souza (BRA)=5.50, 3-Caio Ibelli (BRA)=3.70
4.a: 1-Italo Ferreira (BRA)=12.16, 2-Kauli Vaast (TAH)=7.07, 3-Sebastian Zietz (HAV)=1.20
5.a: 1-Joan Duru (FRA)=9.37, 2-Filipe Toledo (BRA)=8.70, 3-Tyler Newton (HAV)=3.54
6.a: 1-Kolohe Andino (EUA)=11.73, 2-Yago Dora (BRA)=11.20, 3-Matahi Drollet (TAH)=5.56
7.a: 1-Kelly Slater (EUA)=10.63, 2-Deivid Silva (BRA)=8.76, 3-Frederico Morais (PRT)=8.00
8.a: 1-Ricardo Christie (NZL)=10.23, 2-Willian Cardoso (BRA)=9.67, 3-Ryan Callinan (AUS)=7.54
9.a: 1-Ezekiel Lau (HAV)=12.66, 2-Julian Wilson (AUS)=11.60, 3-Michael Rodrigues (BRA)=9.34
10: 1-Griffin Colapinto (EUA)=10.50, 2-Jeremy Flores (FRA)=8.77, 3-Michel Bourez (TAH)=6.90
11: 1-Owen Wright (AUS)=11.33, 2-Wade Carmichael (AUS)=9.36, 3-Jessé Mendes (BRA)=6.26
12: 1-Seth Moniz (HAV)=11.70, 2-Jack Freestone (AUS)=10.13, 3-Conner Coffin (EUA)=9.67
SEGUNDA FASE – 1.o e 2.o=Terceira Fase e 3.o=33.o lugar com 265 pontos e US$ 10.000:
1.a: Jordy Smith (AFR), Sebastian Zietz (HAV), Matahi Drollet (TAH)
2.a: Ryan Callinan (AUS), Caio Ibelli (BRA), Tyler Newton (HAV)
3.a: Michel Bourez (TAH), Peterson Crisanto (BRA), Frederico Morais (PRT)
4.a: Conner Coffin (EUA), Michael Rodrigues (BRA), Jessé Mendes (BRA)
TOP-22 DO JEEP WSL LEADERBOARD – ranking das 6 etapas:
01: Kolohe Andino (EUA) – 33.845 pontos
02: Filipe Toledo (BRA) – 33.280
03: John John Florence (HAV) – 32.160
04: Italo Ferreira (BRA) – 29.950
05: Kanoa Igarashi (JPN) – 29.450
06: Jordy Smith (AFR) – 29.365
07: Gabriel Medina (BRA) – 26.895
08: Kelly Slater (EUA) – 21.055
09: Ryan Callinan (AUS) – 20.130
10: Julian Wilson (AUS) – 18.140
11: Michel Bourez (TAH) – 17.930
12: Owen Wright (AUS) – 17.365
12: Conner Coffin (EUA) – 17.365
14: Seth Moniz (HAV) – 16.800
15: Wade Carmichael (AUS) – 15.735
16: Jeremy Flores (FRA) – 15.375
17: Michael Rodrigues (BRA) – 14.725
18: Willian Cardoso (BRA) – 13.950
18: Deivid Silva (BRA) – 13.950
20: Peterson Crisanto (BRA) – 12.885
21: Adrian Buchan (AUS) – 12.680
22: Caio Ibelli (BRA) – 11.670
——–outros brasileiros:
25: Yago Dora (SC) – 9.970 pontos
27: Jessé Mendes (SP) – 9.830
35: Jadson André (RN) – 5.850
38: Adriano de Souza (SP) – 3.720
40: Mateus Herdy (SC) – 1.595
41: Krystian Kymerson (ES) – 1.330
44: Alex Ribeiro (SP) – 265
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