Wiggolly se destaca e Alejo e Pupo também avançam no J-Bay Open
By João Carvalho | 7 de julho de 2016 | noticias
O paulista Wiggolly Dantas e o potiguar Jadson André fizeram uma das melhores baterias do ano no J-Bay Open. Os dois mostraram a potência das suas manobras de backside nas longas direitas de Jeffreys Bay e lutaram onda a onda pela classificação para a terceira fase, com o ubatubense garantindo a vitória na última que surfou e valeu nota 9,5 para fechar o incrível placar de 18,27 a 17,13 pontos de 20 possíveis. O paulista Miguel Pupo e o catarinense Alejo Muniz também derrotaram seus adversários na quinta-feira, completando a relação dos oito brasileiros que passaram para a terceira fase da sexta etapa do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour na África do Sul.
Ela já foi iniciada logo após o término da segunda fase, mas duas das seis baterias programadas para fechar o dia foram canceladas por causa do forte vento que entrou e acabou com a boa formação das ondas na sessão Supertubes de Jeffreys Bay. O australiano Adrian Buchan não conseguiu pegar nada no confronto com Kelly Slater, que acabou sendo o último da quinta-feira em Eastern Cape. Além de Slater, o havaiano John John Florence, o sul-africano Jordy Smith e o australiano Josh Kerr, que derrotou o brasileiro número 4 do ranking, Italo Ferreira, também avançaram para a quarta fase e já garantiram duas chances de classificação para as quartas de final do J-Bay Open.
A eliminação do potiguar Italo Ferreira em 13.o lugar, pode lhe tirar do seleto grupo dos top-5 do Jeep WSL Leaderboard, que ele figura desde o início da temporada. Com as ondas menores e sem muitos tubos, os aéreos foram mais utilizados e Josh Kerr usou bastante esse tipo de manobra para vencer as duas baterias que disputou na quinta-feira. Ele totalizou 18,06 pontos no duelo australiano com Jack Freestone pela segunda fase e depois despachou Italo Ferreira por 16,40 a 14,20. Kerr precisa de bons resultados para entrar na zona de classificação para o CT do ano que vem, pois ele chegou na África do Sul em 27.o lugar no ranking, portanto fora da lista dos 22 primeiros que são mantidos na elite para a próxima temporada.
Além de Josh Kerr, só dois surfistas ultrapassaram a barreira dos 18 pontos de 20 possíveis na quinta-feira em Jeffreys Bay. O sul-africano Jordy Smith chegou a 18,20 com as notas 9,50 e 8,70 que somou contra o americano Kolohe Andino na abertura da terceira fase. Foi ele quem chegou mais perto do recordista do dia, o brasileiro Wiggolly Dantas, que deu um verdadeiro espetáculo com seu backside afiado no duelo sensacional contra o potiguar Jadson André na segunda fase. Infelizmente, apenas um poderia seguir na briga do título do J-Bay Open e o classificado foi Wiggolly Dantas, que terá outra bateria brasileira pela frente na terceira fase, dessa vez contra o também paulista Caio Ibelli, melhor estreante do ano no CT até agora.
O ubatubense surfou cinco ondas de forma impressionante, lincando uma manobra na outra e sempre abrindo grandes leques de água com a força do seu pé de trás na rabeta da prancha. Ele recebeu nota 7,50 na sua primeira onda, 7,43 na segunda e 8,77 na terceira. O potiguar Jadson André não ficou atrás e também destruía cada espaço das ondas para ganhar 7,10 e depois assumir a ponta com 9,13 na sua melhor apresentação em Jeffreys Bay. A batalha era onda a onda e Wiggolly estava numa sintonia incrível com o mar, só pegando ondas boas. Ele ainda tirou um 7,93, Jadson respondeu com nota 8,00, mas o ubatubense ainda surfou outra que abriu a parede para aplicar uma série interminável de manobras e arrancar 9,5 dos juízes. Essa nota lhe garantiu a vitória por 18,27 a 17,13 pontos na melhor bateria da quinta-feira em Jeffreys Bay.
“Eu sabia que as ondas estavam bombando e no final eu tinha a prioridade (de escolha da próxima onda), então só tentei fazer o melhor possível para conseguir a pontuação que precisava para vencer”, contou Wiggolly Dantas. “Eu estou me sentindo bem confortável para competir nessas condições e é muito bom você surfar J-Bay apenas com dois caras na água. O Jadson (André) também surfou bem, é um amigo meu, mas bateria é bateria e não tem amigos na água quando você está competindo”.
Antes do confronto verde-amarelo, o Brasil já tinha conquistado outra vitória na segunda bateria do dia, com o catarinense Alejo Muniz despachando o norte-americano Nat Young por 14,27 a 12,93. Ele já chegou nas quartas de final três vezes em Jeffreys Bay e só surfou duas ondas completas na sua bateria, que foram suficientes para confirmar sua passagem para a terceira fase. Alejo agora terá uma batalha duríssima pela frente, pois vai enfrentar na terceira fase ao número 1 do Jeep WSL Leader, Matt Wilkinson.
“Ontem (quarta-feira), eu não consegui surfar bem e queria corrigir isso”, disse Alejo Muniz. “Eu estava realmente animado para disputar uma bateria com o Mick (Fanning) e o Conner (Coffin), que eu acho serem dois dos melhores surfistas aqui, mas não consegui ficar calmo para escolher as ondas. Hoje eu procurei ser mais seletivo e tentei fazer o meu melhor nas ondas que surfei. Ainda sinto um pouco de dor no joelho e as manhãs aqui são muito frias, então preferi nem surfar hoje antes da bateria e estou feliz pela vitória”.
Quem também aproveitou a segunda chance de classificação para a terceira fase foi o paulista Miguel Pupo. O francês Jeremy Flores chegou a largar na frente, mas logo o brasileiro passou a dominar a bateria, principalmente quando surfou a sua melhor onda que valeu nota 7,90. Jeremy se manteve na briga com um 7,17, mas Pupo pegou outra muito boa na sequência que rendeu 7,77 pontos para confirmar a vitória por 15,67 a 13,44. Pupo agora também terá que disputar um duelo brasileiro na terceira fase, contra o também paulista Filipe Toledo, que mora na Califórnia (EUA). O outro é o do Wiggolly Dantas contra Caio Ibelli.
BRASIL NA TERCEIRA FASE – Com isso, já é certo que dois brasileiros terão duas chances de passar para as quartas de final do J-Bay Open, mas, por outro lado, dois terminarão em 13.o lugar na África do Sul. Já os outros três brasileiros vão enfrentar competidores de outros países. O primeiro a entrar no mar no próximo dia em Jeffreys Bay é o catarinense Alejo Muniz, contra o líder Matt Wilkinson. Na disputa seguinte, o vice-líder Gabriel Medina enfrenta Adam Melling e Adriano de Souza fecha a terceira fase com outro australiano, Davey Cathels.
O J-Bay Open está sendo transmitido ao vivo da África do Sul pelo www.worldsurfleague.com e pelos parceiros de mídia da World Surf League, Fox Sports da Austrália, CBS Sports dos Estados Unidos, ESPN, Globosat e Sportv do Brasil, Edgesport, Sky NZ, Canal + Deportes, Channel Nine, MCS, Starhub e Oceanic Time Warner Cable 250 & 1250 no Havaí. A primeira chamada da sexta-feira foi marcada para as 7h00 em Eastern Cape, 2h00 da madrugada pelo fuso horário de Brasília.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.
A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Samsung Galaxy Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis.
Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza, Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Greg Long, Makua Rothman, Carissa Moore, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com
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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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QUARTA FASE DO J-BAY OPEN – Vitória=Quartas de Final e 2.o e 3.o=Quinta Fase:
1.a: John John Florence (HAV), Jordy Smith (AFR), Josh Kerr (AUS)
2.a: Kelly Slater (EUA),
TERCEIRA FASE – Derrota=17.o lugar com 1.750 pontos e US$ 10.500 de prêmio:
———baterias que fecharam a quinta-feira:
1.a: John John Florence (HAV) 14.83 x 13.93 Dusty Payne (HAV)
2.a: Jordy Smith (AFR) 18.20 x 10.10 Kolohe Andino (EUA)
3.a: Josh Kerr (AUS) 16.40 x 14.20 Italo Ferreira (BRA)
4.a: Kelly Slater (EUA) 11.73 x 5.20 Adrian Buchan (AUS)
———baterias que vão abrir o próximo dia:
5.a: Sebastian Zietz (HAV) x Michel Bourez (TAH)
6.a: Matt Wilkinson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)
7.a: Gabriel Medina (BRA) x Adam Melling (AUS)
8.a: Julian Wilson (AUS) x Joel Parkinson (AUS)
9.a: Filipe Toledo (BRA) x Miguel Pupo (BRA)
10: Mick Fanning (AUS) x Kanoa Igarashi (EUA)
11: Caio Ibelli (BRA) x Wiggolly Dantas (BRA)
12: Adriano de Souza (BRA) x Davey Cathels (AUS)
SEGUNDA FASE – Vitória=Terceira Fase e Derrota=25.o lugar com 500 pontos e US$ 9.000:
———baterias que fecharam a quarta-feira:
1.a: Matt Wilkinson (AUS) 8.47 x 7.93 Steven Sawyer (AFR)
2.a: John John Florence (HAV) 17.27 x 11.77 Alex Ribeiro (BRA)
3.a: Filipe Toledo (BRA) 16.54 x 14.34 Kai Otton (AUS)
4.a: Adrian Buchan (AUS) 10.50 x 3.87 Keanu Asing (HAV)
———baterias que abriram a quinta-feira:
5.a: Michel Bourez (TAH) 16.07 x 12.90 Ryan Callinan (AUS)
6.a: Alejo Muniz (BRA) 14.27 x 12.93 Nat Young (EUA)
7.a: Joel Parkinson (AUS) 15.17 x 12.17 Matt Banting (AUS)
8.a: Wiggolly Dantas (BRA) 18.27 x 17.13 Jadson André (BRA)
9.a: Adam Melling (AUS) 14.86 x 14.67 Conner Coffin (EUA)
10: Miguel Pupo (BRA) 15.67 x 13.44 Jeremy Flores (FRA)
11: Josh Kerr (AUS) 18.06 x 15.26 Jack Freestone (AUS)
12: Dusty Payne (HAV) 17.47 x 11.44 Stu Kennedy (AUS)
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