Time feminino do Brasil está nas quartas de final do Lexus Pipe Pro no Havaí

By João Carvalho | 9 de fevereiro de 2024 | noticias, principal

BANZAI PIPELINE, Oahu, Hawaii / EUA (Sexta-feira, 9 de fevereiro) – O time feminino do Brasil está 100% classificado para as quartas de final do Lexus Pipe Pro apresentado por YETITatiana Weston-Webb e Luana Silva vão disputar as duas primeiras vagas para as semifinais da etapa que abre a temporada 2024 do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) no Havaí. Tatiana ganhou duas baterias no mar difícil da sexta-feira em Pipeline e Luana passou pela bicampeã mundial Tyler Wright. A primeira chamada para o sábado decisivo será as 7h45 na ilha de Oahu, 15h45 no Brasil, com as finais passando ao vivo pelo Sportv e pelo WorldSurfLeague.comTatiana Weston-Webb foi a primeira a confirmar o Brasil no último dia do Lexus Pipe Pro e vai disputar a primeira vaga para as semifinais com a norte-americana Caitlin Simmers, campeã do Vivo Rio Pro em Saquarema no ano passado. Luana Silva entra na segunda com Brisa Hennessy, da Costa Rica. Se vencerem, será formada uma inédita semifinal feminina 100% brasileira em Pipeline. Na chave de baixo, a campeã mundial Caroline Marks (EUA) enfrenta Bettylou Sakura Johnson (HAV) na terceira bateria e na última está a recordista absoluta, Molly Picklum (AUS), com Johanne Defay (FRA).Na sexta-feira, as baterias só foram iniciadas ao meio-dia, no limite para definir as quartas de final femininas. As previsões eram de que as ondas só iam melhorar mais para o fim de tarde e elas se confirmaram. O dia começou com mar difícil e a pentacampeã mundial Carissa Moore não achou nada no primeiro confronto eliminatório do Lexus Pipe Pro. Ela só conseguiu 2,37 pontos nas duas notas computadas, contra 6,33 da também havaiana Bettylou Sakura Johnson e 5,43 da australiana Isabella NicholsCarissa agora se retira do CT e esse ano só participará da etapa do Taiti em Teahupo´o, onde irá tentar o bicampeonato olímpico nos Jogos de Paris 2024.

Carissa Moore (Foto: Brent Bielmann/World Surf League)

Tatiana Weston-Webb entrou na segunda repescagem e usou a potência das manobras de backside nas direitas do Backdoor, para conseguir sua primeira vitória na sexta-feira por 7,50 pontos. A australiana India Robinson passou em segundo com 6,37, contra 5,80 da californiana Lakey Peterson. As oitavas de final foram iniciadas em seguida, com Tatiana já voltando a competir na segunda bateria.A sua adversária era a experiente Sally Fitzgibbons, surfista de quem mais ganhou baterias em etapas do CT. A australiana começou melhor, mas Tatiana reagiu no final, achando as direitas para manobrar forte de backside e fechar o placar em 10,07 a 9,34 pontos. Foi a 15.a vitória da brasileira em 28 confrontos com Sally Fitzgibbons, completados nesta primeira etapa da sua 10.a temporada na elite do surfe mundial. “Eu tinha fé que a onda ia vir para mim, acreditei nisso até o fim”, disse Tatiana Weston-Webb, que já foi semifinalista em Pipeline em 2021 e também chegou nas quartas de final no ano passado. “Eu mantive a minha estratégia e o pensamento positivo, sabendo do que eu precisava fazer. Eu treinei bastante nos últimos tempos e agradeço a todos pela força. Agora é dormir bem, me alimentar bem e amanhã (sábado) tentar fazer tudo o que pratiquei na pré-temporada, para começar bem o ano”.

Tatiana Weston-Webb (Foto: Brent Bielmann/World Surf League)

Luana Silva não precisou disputar a repescagem, pois passou junto com Tyler Wright na primeira fase, direto para as oitavas de final, que foram realizadas no sistema “overlapping heats” na sexta-feira, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente. As duas voltaram a se enfrentar no terceiro duelo das oitavas, iniciado na segunda metade da bateria da Tatiana, então as brasileiras chegaram a dividir o line-up em Pipeline. As ondas estavam difíceis, mas quase que as duas completam os primeiros tubos da sexta-feira no Havaí.O da Tatiana foi nas esquerdas de Pipeline, que acabou fechando a porta de saída. O mesmo aconteceu com Luana numa direita do Backdoor, que ela botou pra dentro, foi atravessando as placas que iam caindo a sua frente, saiu do tubo, mas a onda pegou a rabeta da sua prancha e a derrubou. Luana é uma das novidades da elite este ano, com o Brasil voltando a ter duas surfistas no CT, desde a saída de Silvana Lima em 2019.

Tyler Wright (Foto: Tony Heff/World Surf League)

Sua adversária era uma pedreira, pois Tyler Wright já tinha feito duas finais com Carissa Moore nas três decisões de etapas do CT nos tubos de Pipeline. A australiana venceu a primeira em 2021, ficou em terceiro nas semifinais em 2022 e foi vice-campeã no ano passado. Só que ela não achou os tubos dessa vez, porque eles não apareceram na bateria. Luana Silva acabou pegando a melhor onda no Backdoor, que proporcionou fazer três manobras fortes de frontside, que confirmaram a vitória por 7,53 a 7,10 pontos.“Essa foi uma das baterias mais improvisadas de todos os tempos para mim (risos)”, disse Luana Silva“Nem tenho muito o que dizer, só que estou muito feliz por ter avançado. O ano passado e principalmente o ano que saí no corte do meio da temporada (2022), foram muito difíceis para mim. Mas, estou me sentindo bem preparada, mentalmente e fisicamente, para este ano. Me sinto confiante para dar o meu melhor e estou muito feliz por ter passado essa bateria”.

Luana Silva (Foto: Brent Bielmann/World Surf League)

CONFRONTOS NO CT – Essa foi a terceira vez que Luana Silva enfrentou Tyler Wright em baterias do CT. A brasileira ganhou a primeira nas ondas de Supertubos, na primeira fase do MEO Pro Portugal em 2022. As outras duas foram agora no Lexus Pipe Pro apresentado por YETI. A australiana venceu a bateria que as duas se classificaram na primeira fase disputada na quarta-feira e Luana desempatou o placar para 2 a 1 nas oitavas de final.Agora, Luana Silva terá que quebrar um tabu contra Brisa Hennessy, pois nunca derrotou a surfista da Costa Rica nas três baterias que se enfrentaram em 2022. A última foi nas oitavas de final em Margaret River, na Austrália, que determinou a saída da Luana no corte da elite no meio da temporada. As outras duas foram também nas oitavas do Rip Curl Pro Bells Beach na Austrália e na primeira fase do Hurley Pro Sunset Beach no Havaí. Na sexta-feira, Brisa derrotou a havaiana Gabriela Bryan por 8,67 a 7,86 pontos.Depois, a atual campeã mundial, Caroline Marks, passou pela campeã em Pipeline em 2022, Moana Jones Wong, com a também havaiana Bettylou Sakura Johnson surfando o primeiro bom tubo do dia, contra a novata norte-americana Sawyer Lindblad. No confronto seguinte, o penúltimo da sexta-feira, a australiana Molly Picklum repetiu seu show da quarta-feira, surfando dois tubaços que arrancaram notas 8,17 e 7,33. Na sua estreia, ela totalizou 15,83 pontos com notas 8,50 e 7,33 e agora atingiu 15,50, ou seja, é a recordista absoluta do Lexus Pipe Pro apresentado por YETI.

Molly Picklum (Foto: Brent Bielmann/World Surf League)

TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do WSL Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. E neste ano têm novidades na transmissão em português pelos canais da World Surf League, que pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e com uma nova equipe de comentaristas, formada por Edinho LeiteCris Pires e Ian Cosenza. Além disso, também pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo e Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada uma inédita transmissão em espanhol, com Mitchell SalazarSahid Pérez e Ahmed Pérez.Lexus Pipe Pro apresentado por YETI está abrindo a temporada 2024 do World Surf League Championship Tour com patrocínio da Lexus, YETI, Vissla, Florence Marine X, Red Bull, 805 Beer, Bonsoy, Cup Noodles, Pacifico, Sambazon, SHISEIDO, Turtle Bay, Spectrum Hawaii, True Surf, Surfline, Apple Watch, Mananalu Water, Eventbrite, Pura Vida, Alt Sports Betting e Hawaii Tourism.  QUARTAS DE FINAL DO LEXUS PIPE PRO:CATEGORIA FEMININA – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:1.a: Caitlin Simmers (EUA) x Tatiana Weston-Webb (BRA)2.a: Luana Silva (BRA) x Brisa Hennessy (CRC)3.a: Caroline Marks (EUA) x Bettylou Sakura Johnson (HAV)4.a: Molly PIcklum (AUS) x Johanne Defay (FRA)CATEGORIA MASCULINA – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:1.a: Ethan Ewing (AUS) x Connor O`Leary (JPN)2.a: Jordy Smith (AFR) x Barron Mamiya (HAV)3.a: Ian Gentil (HAV) x Imaikalani deVault (HAV)4.a: John John Florence (HAV) x Leonardo Fioravanti (ITA)RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA NO LEXUS PIPE PRO:REPESCAGEM: 1.a e 2.a=Oitavas / 3.a=17.o lugar com US$ 14.360 e 1.045 pts:1.a: 1-Bettylou Sakura Johnson (HAV)=6.33, 2-Isabella Nichols (AUS)=5.43, 3-Carissa Moore (HAV)=2.372.a: 1-Tatiana Weston-Webb (BRA)=7.50, 2-India Robinson (AUS)=6.73, 3-Lakey Peterson (EUA)=5.80OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 16.000 e 2.610 pontos:1.a: Caitlin Simmers (EUA) 9,40 x 6,73 Isabella Nichols (AUS)2.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 10,07 x 9,34 Sally Fitzgibbons (AUS)3.a: Luana Silva (BRA) 7,53 x 7,10 Tyler Wright (AUS)4.a: Brisa Hennessy (CRC) 8,67 x 7,86 Gabriela Bryan (HAV)5.a: Caroline Marks (EUA) 8,34 x 5,30 Moana Jones Wong (HAV)6.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) 9,83 x 7,60 Sawyer Lindblad (EUA)7.a: Molly PIcklum (AUS) 15,50 x 6,04 Alyssa Spencer (EUA)8.a: Johanne Defay (FRA) 8,67 x 8,00 India Robinson (AUS)

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.


 

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