Gabriel Medina e Italo Ferreira confirmam suas permanências no CT 2024 em Margaret River

By João Carvalho | 16 de abril de 2024 | noticias, principal

MARGARET RIVER, Western Australia / Austrália (Terça-feira, 16 de abril) – Cinco brasileiros passaram para as oitavas de final do Western Australia Margaret River Pro na terça-feira de boas ondas em Main Break. Os campeões mundiais Gabriel Medina e Italo Ferreira confirmaram suas permanências no World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2024. Já os irmãos Miguel e Samuel Pupo vão se enfrentar nas oitavas de final e só um seguirá na busca por uma vaga. Caio Ibelli também está na briga e oito surfistas já foram cortados da elite na terça-feira, com Kelly Slater e Deivid Silva entre eles. MiguelSamuca Caio, ainda tem que chegar nas semifinais para ultrapassar os pontos dos últimos colocados no grupo dos 22 que serão mantidos no CT 2024. A primeira chamada para as oitavas de final será as 7h15 da quarta-feira na Austrália, 20h15 da terça-feira no fuso horário de Brasília.

Caio Ibelli (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)

O dia foi tenso nas boas ondas de 4-6 pés em Main Break, com duelos decisivos acontecendo em quase todas as baterias. Além do DVD e do GOAT, Kelly Slater, também não escaparam do corte os australianos Jacob Willcox e Callum Robson, os havaianos Ian Gentil e Eli Hanneman, o norte-americano Kade Matson e o português Frederico Morais. Por outro lado, nove surfistas festejaram suas permanências na elite para o restante da temporada e já com vagas garantidas no CT 2025, os brasileiros Gabriel Medina e Italo Ferreira, os australianos Liam O´Brien e Ryan Callinan, o italiano Leonardo Fioravanti, o sul-africano Matthew McGillivray, o indonésio Rio Waida, o marroquino Ramzi Boukhiam e o havaiano Imaikalani deVault.

Dos três brasileiros que disputaram a repescagem na terça-feira, Yago Dora perdeu e é um dos três surfistas ainda ameaçados de saírem da elite. Já o Miguel Pupo e o Deivid Silva, que estão abaixo da linha do corte, precisavam se classificar para continuarem na disputa e conseguiram. DVD acabou nem saindo do mar, pois disputou o último confronto da repescagem e acabou escalado no primeiro da terceira fase, iniciada no sistema “overlapping heats”, com dois duelos acontecendo simultaneamente.

Deivid Silva (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)

Deivid Silva fez a melhor apresentação da sua carreira no CT, mas o bicampeão mundial John John Florence estabeleceu um novo recorde de 17,13 pontos no Western Australia Margaret River ProDVD precisava de 8,96 para vencer na última onda que surfou. Ele já tinha começado bem com 8,17 do seu ataque fulminante de backside e repetiu a dose, mas a nota saiu 8,53 e o brasileiro acabou eliminado com 16,70 pontos. DVD poderia ter vencido todas as outras baterias da terceira fase, menos essa contra o havaiano. John John foi cirúrgico e só surfou duas ondas, que valeram 8,33 e 8,80.

Na metade desse duelo, começou o do Gabriel Medina com o australiano Ryan Callinan. O tricampeão mundial também precisava se classificar para escapar do corte e destruiu uma direita, com uma série de batidas e rasgadas que ganharam nota 8,73. Medina somou essa com o 5,93 conseguido na onda anterior, para vencer por 14,66 a 12,40 pontos. Com a classificação, Gabriel Medina se tornou o primeiro brasileiro a confirmar permanência na elite do CT 2024. Apesar da derrota, Ryan Callinan também garantiu sua vaga para o restante da temporada.

Gabriel Medina (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)

“Eu gosto de competir no overlapping heats, mas hoje estava um pouco devagar o mar, sem muitas ondas entrando nas baterias”, disse Gabriel Medina, campeão do Western Australia River Pro no ano passado. “Estou feliz com a vitória certamente, mas espero que na próxima fase tenhamos mais ondas para surfar. Eu descobri como surfar essa onda ao longo dos anos e acho que já provei o meu potencial aqui. Vai ser bom surfar contra o John John (Florence), já estou ansioso para isso”.

DUELO DE IRMÃOS – O confronto do tricampeão mundial com o bicampeão John John Florence, vai abrir as oitavas de final em Margaret River. E a segunda bateria será entre os irmãos Miguel e Samuel Pupo. Os dois vão se enfrentar em um duelo decisivo. Quem vencer, segue na busca para permanecer no CT, enquanto o perdedor será cortado da elite e terá que tentar recuperar a vaga para 2025 pelo Challenger Series. Miguel despachou o japonês Kanoa Igarashi com seu ataque vertical de backside e o Samuca eliminou o italiano Leonardo Fioravanti na última onda que surfou, nos minutos finais da bateria.

Miguel Pupo (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)

Na sequência, aconteceu um dos momentos mais emocionantes da terça-feira, a despedida do onze vezes campeão mundial, Kelly Slater, da elite do CT. A sua última bateria foi com o também norte-americano Griffin Colapinto, que lidera o ranking deste ano. Apesar de não ter anunciado a sua aposentadoria, Slater com seus 52 anos de idade, o mais jovem e mais velho a conquistar o título mundial, falou sobre a sua vontade de ainda competir como convidado da WSL em alguns eventos.

“Eu não consegui realizar um milagre esta semana. Consegui alguns ao longo dos anos e ainda tinha essa esperança, mas perdi para o número 1 do mundo”, disse Kelly Slater, que nunca conseguiu vencer a etapa do CT em Margaret River. “Lutei com essa onda durante toda a minha carreira, então não era o lugar que eu gostaria de encerrar minha carreira. Eu pedi um wildcard (convite) para Fiji, então espero conseguir para quem sabe, dar o troco no Griffin (Colapinto) lá. Quero participar de alguns eventos ainda, mas apenas para me divertir”.

Kelly Slater (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)

Kelly Slater foi o último a ser cortado da elite, competindo no formato overlapping heats. Da oitava até a 16.a bateria da terceira fase, os confrontos voltaram a ser disputados no sistema normal, somente com dois surfistas dentro d´água. Depois de Kelly Slater, mais dois se despediram do CT 2024, Jacob Willcox no duelo australiano com Liam O´Brien e o português Frederico Moraes na derrota para o sul-africano Jordy Smith.

Já o brasileiro Caio Ibelli se manteve na disputa por uma vaga, com a vitória sobre o norte-americano Crosby Colapinto por 13,50 a 10,97 pontos. Caio vai enfrentar o próprio Jordy Smith na sexta bateria das oitavas de final. Na sequência, mais quatro surfistas perderam os últimos confrontos da terça-feira e foram cortados da elite, os havaianos Eli Hanneman e Ian Gentil, o americano Kade Matson e o australiano Callum Robson. Kade Matson foi eliminado pelo campeão olímpico Italo Ferreira, que acabou confirmando a sua permanência com a passagem para as oitavas de final.

Italo Ferreira (Photo by Aaron Hughes/World Surf League)

TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano, a transmissão em português pelos canais da WSL, pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e também pelo WorldSurfLeague.com e Aplicativo e Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada a transmissão em espanhol e em inglês.

Western Australia Margaret River Pro tem até o dia 21 de abril para fechar a quinta etapa do World Surf League Championship Tour 2024 na Austrália, que está sendo realizada com patrocínios da Tourism WA, Red Bull, Shiseido, YETI, Surfline, True Surf, Eventbrite, Apple Watch, Augusta Margaret River Shire, Healthway, Rusty, Bonsoy, GWM, Oakberry, Bailey Ladders, Boost Mobile, Coopers, Bond University, Bioglan, Weatherguard e Hydralyte.

OITAVAS DE FINAL DO MARGARET RIVER PRO:

CATEGORIA MASCULINA – 9.o lugar com US$ 16.000 e 3.320 pontos:
1.a: John John Florence (HAV) x Gabriel Medina (BRA)
2.a: Miguel Pupo (BRA) x Samuel Pupo (BRA)
3.a: Griffin Colapinto (EUA) x Ramzi Boukhiam (MAR)
4.a: Liam O´Brien (AUS) x George Pittar (AUS)
5.a: Ethan Ewing (AUS) x Seth Moniz (HAV)
6.a: Jordy Smith (AFR) x Caio Ibelli (BRA)
7.a: Jake Marshall (EUA) x Imaikalani deVault (HAV)
8.a: Jack Robinson (AUS) x Italo Ferreira (BRA)

CATEGORIA FEMININA – 9.o lugar com US$ 16.000 e 2.610 pontos:
1.a: Johanne Defay (FRA) x India Robinson (AUS)
2.a: Gabriela Bryan (HAV) x Isabella Nichols (AUS)
3.a: Molly Picklum (AUS) x Alyssa Spencer (EUA)
4.a: Brisa Hennessy (CRC) x Lakey Peterson (EUA)
5.a: Caitlin Simmers (EUA) x Sophie McCulloch (AUS)
6.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) x Tyler Wright (AUS)
7.a: Caroline Marks (EUA) x Sally Fitzgibbons (AUS)
8.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Sawyer Lindblad (EUA)

RESULTADOS DA TERÇA-FEIRA EM MARGARET RIVER:

REPESCAGEM – 1.o e 2.o=Terceira Fase / 3.a=33.o lugar com 265 pontos:
2.a: 1-Reef Heazlewood (HAV)=14.93, 2-Miguel Pupo (BRA)=12.63, 3-Barron Mamiya (HAV)
3.a: 1-Cole Houshmand (EUA)=13.10, 2-Kelly Slater (EUA)=12.50, 3-Yago Dora (BRA)=10.20
4.a: 1-Matthew McGillivray (AFR)=14.00, 2-Deivid Silva (BRA)=12.54, 3- Rio Waida (IDN)=7.13

TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US$ 14.360 e 1.330 pontos:
1.a: John John Florence (HAV) 17,13 x 16,70 Deivid Silva (BRA)
2.a: Gabriel Medina (BRA) 14,66 x 12,40 Ryan Callinan (AUS)
3.a: Miguel Pupo (BRA) 15,27 x 13,77 Kanoa Igarashi (JPN)
4.a: Samuel Pupo (BRA) 12,77 x 11,50 Leonardo Fioravanti (ITA)
5.a: Griffin Colapinto (EUA) 11,87 x 6,17 Kelly Slater (EUA)
6.a: Ramzi Boukhiam (MAR) 13,06 x 12,43 Matthew McGillivrary (AFR)
7.a: George Pittar (AUS) 13,26 x 12,87 Cole Houshmand (EUA)
8.a: Liam O´Brien (AUS) 15,00 x 14,17 Jacob Willcox (AUS)
9.a: Ethan Ewing (AUS) 14,33 x 11,37 Reef Heazlewood (AUS)
10: Seth Moniz (HAV) 10,60 x 10,10 Connor O´Leary (JPN)
11: Jordy Smith (AFR) 13,77 x 12,83 Frederico Morais (PRT)
12: Caio Ibelli (BRA) 13,50 x 10,97 Crosby Colapinto (EUA)
13: Jake Marshall (EUA) 11,84 x 11,33 Eli Hanneman (HAV)
14: Imaikalani deVault (HAV) 13,73 x 13,70 Ian Gentil (HAV)
15: Italo Ferreira (BRA) 10,93 x 10,33 Kade Matson (EUA)
16: Jack Robinson (AUS) 13,83 x 10,77 Callum Robson (AUS)

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.


 

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