Seleção brasileira escalada para estrear no Rip Curl Pro Bells Beach na Austrália

By João Carvalho | 22 de março de 2024 | noticias, principal

BELLS BEACH, Victoria / Austrália (Sexta-feira, 22 de março) – A seleção brasileira já está escalada para estrear no Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy na gelada região de Victoria, no Sul da Austrália. O prazo do quarto desafio do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2024, inicia na próxima terça-feira, 26 de março, nas direitas de Bells Beach e vai até 5 de abril. Esta é a penúltima etapa antes do corte na elite em Margaret River, quando só permanecerão os 22 primeiros colocados no ranking masculino e as 10 melhores do feminino. A perna australiana começa com seis surfistas do Brasil nestes grupos e três tentando entrar na lista, nestas duas etapas que fecham a primeira metade da temporada na Austrália.

Gabriel Medina foi semifinalista em Portugal (Foto: Damien Poullenot/World Surf League)

A primeira chamada foi marcada para as 7h30 da terça-feira em Bells Beach, 17h30 da segunda-feira no fuso horário de Brasília. Os campeões mundiais Italo Ferreira em 12.o lugar no ranking e Gabriel Medina em 15.o, assim como Yago Dora em 17.o, têm chances matemáticas até de brigar pela liderança do CT 2024 no Rip Curl Pro Bells BeachMiguel Pupo é o quarto brasileiro no grupo dos 22 que serão mantidos na elite no momento. Ele divide a 22.a posição no ranking com o sul-africano Matthew McGillivray, o australiano Jacob Willcox e o português Frederico Morais.

Para ultrapassar os 5.980 pontos que os quatro computaram nas três primeiras etapas, Samuel Pupo e Deivid Silva precisam chegar nas oitavas de final em Bells Beach. Já o Caio Ibelli ainda tem que passar para as quartas de final, como em 2017, quando foi vice-campeão do Rip Curl Pro. A seleção brasileira estará mais uma vez desfalcada do bicampeão mundial Filipe Toledo vencedor desta etapa em 2022, que pediu licença do CT esse ano, e João Chianca, o Chumbinho, que segue a recuperação para voltar a competir.

Tatiana Weston-Webb subiu para 6.o no ranking em Portugal. (Foto: Damien Poullenot)

O time feminino do Brasil está completo no grupo das top-10 do ranking, desde o início da temporada, com Tatiana Weston-Webb Luana Silva chegando as quartas de final do Lexus Pipe Pro. Elas repetiram o feito em Portugal, onde Tatiana colocou o Brasil nas semifinais pela primeira vez no ano. Gabriel Medina também conseguiu esse feito dias depois em Supertubos e ambos terminaram em terceiro lugar no MEO Rip Curl Pro PortugalTatiana está em sexto no ranking e Luana em nono lugar.

Esta é a segunda vez que Luana Silva faz parte da elite do CT. Na primeira em 2022, não conseguiu escapar do corte do meio da temporada. Enquanto Tatiana já luta por uma vaga no grupo das top-5, para disputar o título mundial no WSL Finals, Luana tem sua vaga entre as 10, ameaçada por sete surfistas em Bells Beach. A briga com a décima do ranking, Lakey Peterson, é fase a fase e a californiana passa a frente se conseguir um melhor resultado no Rip Curl Pro. Depois, tem Gabriela Bryan e Isabella Nichols precisando chegar nas quartas de final e outras quatro surfistas nas semifinais, para ultrapassar a brasileira no ranking, se ela não passar nenhuma bateria em Bells Beach.

Luana Silva chegou as quartas de final duas vezes esse ano (Foto: @WSL / Damien Poullenot)

SELEÇÃO ESCALADA – Mas, Luana Silva pode dificultar as chances das concorrentes, a cada fase que avançar em Bells Beach. Ela foi escalada na primeira bateria do Rip Curl Pro 2024, com a francesa Johanne Defay campeã da etapa de Portugal e a norte-americana Alyssa Spencer, que está fora das top-10. Tatiana Weston-Webb está na sexta bateria e vai disputar as duas últimas vagas diretas para as oitavas de final, com as australianas Sally Fitzgibbons e Tyler Wright, bicampeã do Rip Curl Pro Bells Beach em 2022 e 2023, que barrou a brasileira nas semifinais em Portugal no último sábado.

Se o quarto desafio do CT 2024 começar pela categoria masculina, a seleção brasileira da WSL vai estrear em dose dupla na segunda bateria, com Miguel Pupo e Deivid Silva enfrentando o havaiano Barron Mamiya. Os dois melhores passam direto para a terceira fase do Rip Curl Pro Bells Beach 2024, mas o último tem uma segunda chance na repescagem. Este é um dos dois confrontos com dois brasileiros estreando na mesma bateria.

O outro é na 12.a e última da primeira fase, com o campeão mundial Italo Ferreira e Yago Dora buscando subir no ranking, contra o português Frederico Morais que tenta entrar na lista dos 22. Antes, tem Caio Ibelli na sétima bateria com o mesmo sul-africano Jordy Smith da decisão do título do Rip Curl Pro em 2017. O terceiro adversário é o havaiano Ian Gentil. Na nona bateria, Samuel Pupo enfrenta Connor O´Leary e Ryan Callinan. Na décima, estreia o tricampeão mundial Gabriel Medina, com o australiano Liam O´Brien e o californiano Cole Houshmand.

Italo Ferreira campeão em 2018 (Foto: Kelly Cestari / World Surf League)

BRASIL EM BELLS BEACH – Entre os surfistas da seleção brasileira da WSL, que vão competir em Bells Beach esse ano, três já decidiram o título do campeonato mais antigo da história do surfe, que vai completar 61 anos agora em 2024. Italo Ferreira foi o campeão do Rip Curl Pro Bells Beach de 2018 com a Tatiana Weston-Webb sendo vice-campeã, como Caio Ibelli em 2017. Este será o 46.o ano que o resultado em Bells Beach vale pontos para o título mundial do circuito iniciado em 1976 e completa 32 etapas do Championship Tour, desde a criação da elite mundial em 1992.

Foi em Bells Beach onde Italo Ferreira conseguiu a primeira vitória em etapas do CT, na final com o bicampeão mundial Mick Fanning, que encerrava a carreira no Circuito Mundial. Neste ano de 2018, quase acontece uma dobradinha brasileira no alto do pódio com Tatiana Weston-Webb, impedida por Stephanie Gilmore. Em 2017, Caio Ibelli também brilhou nas direitas de Bells Beach e só perdeu a final, para o sul-africano Jordy Smith. O Brasil badalou o sino do troféu da vitória no Rip Curl Pro Bells Beach quatro vezes.

Adriano de Souza campeão em 2013 (Foto: Kirstin Scholtz / World Surf League)

O primeiro título brasileiro foi conquistado por Silvana Lima em 2009. Em 2013, Adriano de Souza repetiu o feito e vibrou tanto, badalou tão forte, que o sino soltou do troféu mais emblemático do Circuito Mundial. O capitão da seleção brasileira, já tinha sido semifinalista em 2011 e chegou na decisão de novo em 2015, com Mick Fanning impedindo seu segundo título no ano que Adriano de Souza se tornou o segundo brasileiro a ser campeão mundial. Mineirinho foi o primeiro a receber o troféu com o nome World Surf League, depois do Gabriel Medina ser o último campeão da Association of Surfing Professionals (ASP) em 2014.

A história do Brasil no Rip Curl Pro Bells Beach prosseguiu com Caio Ibelli repetindo o vice-campeonato do Adriano de Souza em 2015, na final de 2017 com o sul-africano Jordy Smith. Em 2018, Italo Ferreira conquistou a terceira vitória verde-amarela em Bells Beach contra Mick Fanning e Gabriel Medina conseguiu seu melhor resultado, terceiro lugar nas semifinais. Em 2019, Filipe Toledo foi vice-campeão também contra John John Florence, mas faturou o título em 2022 e foi semifinalista em 2023, quando Ethan Ewing venceu uma final australiana com Ryan Callinan.

As direitas geladas de Bells Beach (Foto: Kelly Cestari / World Surf League)

TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano, a transmissão em português pelos canais da World Surf League, pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e também pelo WorldSurfLeague.com e Aplicativo e Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada a transmissão em espanhol.

Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy vai realizar a quarta etapa do World Surf League Championship Tour 2024 nos dias 26 de março a 5 de abril com patrocínio da Rip Curl, Visit Victoria, Bonsoy, Red Bull, Shiseido, YETI, Surfline, True Surf, Eventbrite, Apple Watch, GWM, Oakberry, Bailey Ladders, Boost Mobile, Coopers, Bond University, Bioglan, Weatherguard e Hydralyte.

PRIMEIRA FASE DO RIP CURL PRO BELLS BEACH:

CATEGORIA FEMININA – 1.a e 2.a=Oitavas de Final /  3.a=Repescagem:
1.a: Johanne Defay (FRA), Luana Silva (BRA), Alyssa Spencer (EUA)
2.a: Caroline Marks (EUA), Gabriela Bryan (HAV), Sophie McCulloch (AUS)
3.a: Molly Picklum (AUS), Isabella Nichols (AUS), Ellie Harrison (AUS)
4.a: Caitlin Simmers (EUA), Brisa Hennessy (CRC), Sawyer LIndblad (EUA)
5.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV), Lakey Peterson (EUA), India Robinson (AUS)
6.a: Tyler Wright (AUS), Tatiana Weston-Webb (BRA), Sally Fitzgibbons (AUS)

CATEGORIA MASCULINA – 1.o e 2.o=Terceira Fase / 3.o=Repescagem:
1.a: Kanoa Igarashi (JPN), Ramzi Boukhiam (MAR), Kade Matson (EUA)
2.a: Barron Mamiya (HAV), Miguel Pupo (BRA)Deivid Silva (BRA)
3.a: John John Florence (HAV), Seth Moniz (HAV), Kelly Slater (EUA)
4.a: Jack Robinson (AUS), Rio Waida (IDN), Morgan Cibilic (AUS)
5.a: Ethan Ewing (AUS), Matthew McGillivray (AFR), George Pittar (AUS)
6.a: Griffin Colapinto (EUA), Jacob Willcox (AUS), Tully Wylie (AUS)
7.a: Jordy Smith (AFR), Ian Gentil (HAV), Caio Ibelli (BRA)
8.a: Leonardo Fioravanti (ITA), Imaikalani deVault (HAV), Eli Hanneman (HAV)
9.a: Connor O´Leary (JPN), Ryan Callinan (AUS), Samuel Pupo (BRA)
10: Gabriel Medina (BRA), Liam O´Brien (AUS), Cole Houshmand (EUA)
11: Jake Marshall (EUA), Crosby Colapinto (EUA), Callum Robson (AUS)
12: Italo Ferreira (BRA)Yago Dora (BRA), Frederico Morais (POR)

RANKING DA WORLD SURF LEAGUE – após 3 etapas:

TOP-10 DO RANKING MASCULINO:
1.o: Griffin Colapinto (EUA) – 16.640 pontos
2.o: John John Florence (HAV) – 15.865
3.o: Ethan Ewing (AUS) – 15.865
4.o: Jack Robinson (AUS) – 14.650
5.o: Barron Mamiya (HAV) – 12.660
6.o: Kanoa Igarashi (JPN) – 12.450
7.o: Jordy Smith (AFR) – 12.160
8.o: Jake Marhsall (EUA) – 11.385
9.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 10.820
10.o: Crosby Colapinto (EUA) – 10.735
——-posições dos brasileiros:
12.o: Italo Ferreira (RN) – 9.395 pontos
15.o: Gabriel Medina (SP) – 8.745
17.o: Yago Dora (SC) – 7.970
22.o: Miguel Pupo (SP) – 5.980
28.o: Samuel Pupo (SP) – 3.990
30.o: Deivid Silva (SP) – 3.990
32.o: Caio Ibelli (SP) – 2.925
34.o: João Chianca (RJ) – 795
35.o: Filipe Toledo (SP) – 265

TOP-10 DO RANKING FEMININO:
1.a: Molly Picklum (AUS) – 20.410 pontos
2.a: Johanne Defay (FRA) – 19.490
3.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 18.630
4.a: Caitlin Simmers (EUA) – 17.355
5.a: Caroline Marks (EUA) – 15.575
6.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) – 13.440
7.a: Brisa Hennessy (CRC) – 13.215
8.a: Tyler Wright (AUS) – 13.020
9.a: Luana Silva (BRA) – 12.100
10.a: Lakey Peterson (EUA) – 11.875

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.


 

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