Tatiana Weston-Webb está nas quartas de final do Rip Curl Pro Bells Beach na Austrália

By João Carvalho | 27 de março de 2024 | noticias, principal

BELLS BEACH, Victoria / Austrália (Quarta-feira, 27 de março) – O Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy já definiu as quartas de final femininas e Tatiana Weston-Webb segue na disputa do título da quarta etapa do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) 2024 na Austrália. Na quarta-feira, a batalha mudou para Winkipop, onde as ondas estavam melhores do que no Bowl de Bells. Tatiana se classificou vencendo o duelo brasileiro com Luana Silva pelas oitavas de final. Ainda rolaram cinco baterias da terceira fase masculina e Samuel Pupo brilhou com os recordes do dia. Depois, o mar ficou muito ruim e a competição foi suspensa. A próxima chamada é as 7h45 da quinta-feira na Austrália, 17h45 da quarta-feira no Brasil, ao vivo pelo Sportv WorldSurfleague.com.

A quarta-feira na gelada região de Victoria, começou pela categoria feminina, com os dois confrontos da repescagem seguidos pelas oitavas de final. Foi um dia de grandes surpresas, especialmente as derrotas das finalistas do Rip Curl Pro Bells Beach no ano passado. A bicampeã desta etapa, Tyler Wright, perdeu para a vencedora da triagem, Ellie Harrison. E na disputa seguinte, a líder do ranking, Molly Picklum, foi barrada pela estreante na elite, Sawyer Lindblad. Com a derrota, a francesa Johanne Defay já ultrapassou a australiana e começa a defender a liderança nas quartas de final em Bells Beach.

Johanne vem de vitória em Portugal na semana passada e vai disputar a primeira vaga para as semifinais com a surpresa australiana, Ellie Harrison. A norte-americana Sawyer Lindblad entra na segunda bateria, com a costa-ricense Brisa Hennessy. Na chave de baixo, que vai apontar a segunda finalista desta quarta etapa do CT 2024, a atual campeã mundial, Caroline Marks, é a adversária da Tatiana Weston-Webb, que venceu o duelo brasileiro com Luana Silva nas oitavas de final. E na última bateria, está a norte-americana campeã em Pipeline, Caitliin Simmers, com a havaiana Gabriela Bryan.

Luana Silva (Foto: Aaron Hughes/World Surf League)

DUELO BRASILEIRO – A número 6 do ranking, Tatiana Weston-Webb, vice-campeã em Bells Beach em 2018, competiu duas vezes na quarta-feira em Winkipop. Ela passou pela repescagem no segundo confronto do dia e voltou a enfrentar Luana Silva nas oitavas de final. Esse duelo aconteceu duas vezes em 2022 nessa mesma fase. Luana venceu o primeiro em Sunset Beach no Havaí e Tatiana ganhou o segundo em Portugal. Nas direitas de Winkipop, Luana surfava de frontside e a Tati de backside, que é um dos seus pontos fortes.

Luana largou na frente com nota 5,00, contra 3,83 da Tatiana, que depois pegou uma onda boa para combinar três batidas de backside com velocidade, que valeram 6,17. Ela passou a frente, mas Luana recuperou a ponta com a maior nota da bateria, 6,67, na onda que abriu uma longa parede para fazer uma série de batidas e rasgadas. Tatiana deu o troco com batidas verticais e fortes rasgadas, para receber 5,80. Com essa nota, Luana Silva passou a precisar de 5,30 nos minutos finais, só que não entraram mais ondas boas e Tatiana Weston-Webb avançou por 3 décimos, 11,97 a 11,67 pontos.

Tatiana Weston-Webb (Foto: Ed Sloane/World Surf League)

O MELHOR DO DIA – Após as 10 baterias femininas, foi iniciada a terceira fase masculina valendo vagas nas oitavas de final do Rip Curl Pro Bells Beach. Ela já começou com uma surpresa, o substituto do brasileiro João Chianca, Morgan Cibilic, ganhando do número 4 do ranking, Jack Robinson. Ele vai enfrentar outro australiano no primeiro duelo das oitavas de final, o vice-campeão desta etapa no ano passado, Ryan Callinan.

Na terceira bateria, Samuel Pupo não deu qualquer chance para o italiano Leonardo Fioravanti. Samuca precisa de bons resultados na Austrália para escapar do corte na elite, que vai acontecer na próxima etapa em Margaret River. Ele mostrou um frontside muito agressivo em Winkipop, achando boas ondas para combinar manobras com velocidade, variando batidas e rasgadas invertendo a direção da prancha. Samuel Pupo fez os recordes masculinos da quarta-feira, nota 8,50 e 15,23 pontos. Para o italiano, não deu nada certo e só conseguiu 8,83 pontos nas três únicas ondas que surfou.

Samuel Pupo (Foto: Aaron Hughes/World Surf League)

“Finalmente passei desse rounde, que não tinha conseguido ainda esse ano, então obrigado galera pela torcida e obrigado mãe e pai, por sempre estar me confortando com mensagens”, disse Samuel Pupo, que falou sobre a batalha para se manter na elite, pois no ano passado não passou pelo corte. “Tem que acreditar que é possível. Eu estou acreditando com muita oração e espero que Deus possa nos honrar nesse evento. Eu quero realmente ganhar muito esse evento, então é seguir bateria por bateria. Está muito longe disso ainda, mas já é um bom começo e estou surfando bem, então vamos nessa”.

O próximo adversário do Samuel Pupo é o sul-africano Matthew McGillivray, que derrotou o japonês Connor O´Leary numa bateria mais fraca de ondas. Ele é um dos concorrentes diretos por vaga no grupo dos 22 primeiros colocados no ranking, que permanecerão na elite. As condições do mar já estavam bem mais difíceis, com poucas ondas boas, então só foi realizada mais uma bateria. Nela, o vice-campeão mundial e defensor do título do Rip Curl Pro Bells Beach, Ethan Ewing, só conseguiu derrotar George Pittar na onda surfada nos últimos segundos. E foi por pouco, 12,93 a 12,73 pontos.

SELEÇÃO BRASILEIRA – O australiano Ethan Ewing está numa briga fase a fase pela liderança do ranking com o californiano Griffin Colapinto e o havaiano John John Florence. Os dois estão nas baterias da terceira fase que foram adiadas, assim como os outros cinco brasileiros que ainda vão disputar classificação para as oitavas de final também. O primeiro a competir será o tricampeão mundial Gabriel Medina, com o californiano Cole Houshmand na segunda bateria do próximo dia de competição em Bells Beach.

Gabriel Medina (Foto: Ed Sloane/World Surf League)

O camisa 10 da seleção brasileira da WSL, Gabriel Medina, está na sétima bateria da terceira fase e na décima tem Miguel Pupo ameaçado pelo corte na elite, com outro estreante da Califórnia, o irmão do líder do ranking, Crosby Colapinto. Depois, os brasileiros disputam as três últimas vagas para as oitavas de final do Rip Curl Pro Bells Beach. Na 14.a bateria, Yago Dora enfrenta o havaiano Ian Gentil. Na 15.a, entra Italo Ferreira campeão desta etapa em 2018, com o indonésio Rio Waida. E na última, acontece a reedição da final em Bells Beach em 2017, que o sul-africano Jordy Smith ganhou do Caio Ibelli.

TRANSMISSÃO AO VIVO – Todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 podem ser assistidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil. Neste ano, a transmissão em português pelos canais da World Surf League, pela primeira vez está sendo produzida no Brasil e também pelo WorldSurfLeague.com e Aplicativo e Canal da WSL no YouTube, pode ser acessada a transmissão em espanhol.

Rip Curl Pro Bells Beach apresentado por Bonsoy tem prazo até 5 de abril para fechar a quarta etapa do World Surf League Championship Tour 2024, que acontece com patrocínio da Rip Curl, Visit Victoria, Bonsoy, Red Bull, Shiseido, YETI, Surfline, True Surf, Eventbrite, Apple Watch, GWM, Oakberry, Bailey Ladders, Boost Mobile, Coopers, Bond University, Bioglan, Weatherguard e Hydralyte.

RESULTADOS DA QUARTA-FEIRA EM WINKIPOP:

REPESCAGEM – 3.a=17.o lugar com US$ 14.360 e 1.045 pts:
1.a: 1-Sophie McCulloch (AUS)=13.17, 2-Molly Picklum (AUS)=11.50, 3-India Robinson (AUS)=4.67
2.a: 1-Caitlin Simmers (EUA)=12.04, 2-Tatiana Weston-Webb (BRA)=11.23, 3-Alyssa Spencer (EUA)=10.56

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 16.000 e 2.610 pontos:
1.a: Johanne Defay (FRA) 15,46 x 13,17 Sally Fitzgibbons (AUS)
2.a: Ellie Harrison (AUS) 13,73 x 12,74 Tyler Wright (AUS)
3.a: Sawyer LIndblad (EUA) 15,67 x 11,74 Molly Picklum (AUS)
4.a: Brisa Hennessy (CRC) 12,74 x 12,73 Lakey Peterson (EUA)
5.a: Caroline Marks (EUA) 15,67 x 12,10 Sophie McCulloch (AUS)
6.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 11,97 x 11,67 Luana Silva (BRA)
7.a: Caitlin Simmers (EUA) 13,10 x 12,93 Isabella Nichols (AUS)
8.a: Gabriela Bryan (HAV) 13,83 x 12,04 Bettylou Sakura Johnson (HAV)

TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US$ 14.360 e 1.330 pts:
1.a: Morgan Cibilic (AUS) 13,64 x 12,93 Jack Robinson (AUS)
2.a: Ryan Callinan (AUS) 14,50 x 7,13 Imaikalani deVault (HAV)
3.a: Samuel Pupo (BRA) 15,23 x 9,70 Leonardo Fioravanti (ITA)
4.a: Matthew McGillivray (AFR) 10,66 x 9,34 Connor O´Leary (JPN)
5.a: Ethan Ewing (AUS) 12,93 x 12,73 George Pittar (AUS)

PRÓXIMAS BATERIAS DO RIP CURL PRO BELLS BEACH:

TERCEIRA FASE – 17.o lugar com US$ 14.360 e 1.330 pts:
6.a: Ramzi Boukhiam (MAR) x Liam O´Brien (AUS)
7.a: Gabriel Medina (BRA) x Cole Houshmand (EUA)
8.a: Kanoa Igarashi (JPN) x Jacob Wilcox (AUS)
9.a: Griffin Colapinto (EUA) x Tully Wylie (AUS)
10: Miguel Pupo (BRA) x Crosby Colapinto (EUA)
11: Barron Mamiya (HAV) x Kelly Slater (EUA)
12: Jake Marshall (EUA) x Frederico Morais (POR)
13: John John Florence (HAV) x Kade Matson (EUA)
14: Yago Dora (BRA) x Ian Gentil (HAV)
15: Italo Ferreira (BRA) x Rio Waida (IDN)
16: Jordy Smith (AFR) x Caio Ibelli (BRA)

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 16.000 e 2.610 pontos:
—–baterias já formadas com os resultados da quarta-feira:
1.a: Ryan Callinan (AUS) x Morgan Cibilic (AUS)
2.a: Matthew McGillivray (AFR) x Samuel Pupo (BRA)
3.a: Ethan Ewing (AUS) x vencedor da 6.a bateria

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 21.500 e 4.745 pontos:
1.a: Johanne Defay (FRA) x Ellie Harrison (AUS)
2.a: Brisa Hennessy (CRC) x Sawyer Lindblad (EUA)
3.a: Caroline Marks (EUA) x Tatiana Weston-Webb (BRA)
4.a: Caitlin Simmers (EUA) x Gabriela Bryan (HAV)

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.


 

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