Billabong Pipe Masters começa com cinco vitórias brasileiras

By João Carvalho | 15 de dezembro de 2016 | noticias

O início do Billabong Pipe Masters em memória a Andy Irons vinha sendo adiado desde quinta-feira passada e começou nesta quarta-feira sem as melhores condições ainda, mas as previsões não são boas até o dia 20, quando acaba o prazo do último desafio do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour 2016 no Havaí. Então, foi decidido realizar a rodada inicial em ondas de 3-5 pés, com poucos tubos em Pipeline num dia para manobras nas direitas do Backdoor. O campeão mundial Gabriel Medina e Filipe Toledo, Italo Ferreira, Miguel Pupo e Alex Ribeiro, venceram suas baterias. Eles passaram direto para a terceira fase, mas os outros quatro brasileiros terão uma segunda chance de classificação na repescagem.

Alex Ribeiro (Foto: Kelly Cestari - WSL)
Alex Ribeiro (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Um deles é o defensor do título do Billabong Pipe Masters e atual campeão mundial, Adriano de Souza. Ele começou bem sua primeira bateria depois da inédita final brasileira do ano passado com Gabriel Medina no maior palco do esporte. Mas, não conseguiu achar outra onda boa para somar com a nota 7,17 da primeira que surfou nas direitas do Backdoor. Estreando no Pipe Masters, Alex Ribeiro pegou duas para mostrar a força do seu backside e vencer por 11,27 a 10,54 do Mineirinho e 10,27 do californiano Conner Coffin.

“O mar está bem difícil, porque as ondas não estão muito consistentes”, disse Alex Ribeiro, que está se despedindo da elite no seu ano de estreia no CT. “Eu tive que lutar muito até o final, porque o Adriano (de Souza) abriu com um 7,17 e só precisava de 4,10 pra me vencer. Quando ele foi numa onda, eu fiquei com a prioridade (de escolha da próxima onda) e apenas controlei o tempo até acabar. Estou contente por vencer minha primeira bateria aqui em Pipeline e no próximo ano quero voltar ao CT mais forte e preparado para disputar o circuito”.

Adriano de Souza foi o terceiro campeão mundial a se apresentar na quarta-feira de praia cheia em Pipeline. O primeiro foi Gabriel Medina, que massacrou as direitas do Backdoor para fazer os recordes do dia até ali, nota 8,60 e 15,10 pontos, contra o norte-americano Kanoa Igarashi e o havaiano Bruce Irons. Medina foi o segundo brasileiro a passar direto para a terceira fase, pois o também paulista Miguel Pupo já havia vencido a segunda bateria do dia, contra o norte-americano Kolohe Andino e o australiano Bede Durbidge, que no ano passado sofreu um grave acidente em Pipeline que o tirou da temporada 2016.

Gabriel Medina (Foto: Poullenot - WSL)
Gabriel Medina (Foto: Poullenot – WSL)

“Foi uma boa bateria e estou contente por ter vencido, mas está realmente complicado e desafiador lá fora”, disse Gabriel Medina, vice-campeão do Billabong Pipe Masters nos dois últimos anos e atual campeão da Tríplice Coroa Havaiana. “Eu cheguei aqui antes da Vans World Cup em Sunset, mas foi tanto tempo esperando para começar o campeonato que parece que estou aqui há 2 anos. Espero que as ondas melhorem e seria ótimo fazer outra final aqui em Pipeline. Eu amo essa onda, então seria muito bom se conseguisse isso de novo”.

CAMPEÃO MUNDIAL – A bateria de Gabriel Medina acabou e começou a do novo campeão mundial John John Florence. E na estreia em casa com a lycra amarela de número 1 da World Surf League, o havaiano mostrou o caminho dos tubos no Backdoor para aumentar os recordes do brasileiro para 8,83 e 16,66 pontos. O potiguar Jadson André competiu com o havaiano e até começou na frente, completando o primeiro aéreo do dia em Pipeline. Mas, ficou em segundo lugar e terá que encarar uma rodada extra para chegar na terceira fase.

“O Jadson (André) fez um aéreo incrível naquela primeira onda e pensei no que ele faria em toda a bateria”, disse John John Florence. “Ele surfou muito bem nos eventos passados, em Haleiwa e Sunset, eu assisti as baterias dele e hoje (quarta-feira) estava difícil lá fora, então o vencedor seria quem encontrasse duas ondas boas. Eu fiquei um pouco nervoso contra ele, mas estou feliz por ter conseguido pegar aqueles tubos no Backdoor para vencer”.

Filipe Toledo ((Foto: Kelly Cestari - WSL)
Filipe Toledo ((Foto: Kelly Cestari – WSL)

TUBO EM PIPELINE – Outro brasileiro que estreou com vitória no Billabong Pipe Masters foi o novo papai, Filipe Toledo. Ele destruiu uma direita no Backdoor com várias manobras de frontside, depois surfou o primeiro tubo da quarta-feira nas esquerdas de Pipeline, para vencer os dois australianos que enfrentou na bateria. A vitória foi por uma pequena diferença de 12,34 a 12,03 pontos sobre Josh Kerr e Adam Melling ficou em último com 9,37.

Depois de Filipe, o também paulista Caio Ibelli foi derrotado pela fera Kelly Slater, mas na bateria seguinte o potiguar Italo Ferreira conseguiu uma vitória de virada na onda que surfou nos últimos segundos. O australiano Jack Freestone liderou até o minuto final, quando entrou uma série de ondas e o havaiano Sebastian Zietz assumiu a ponta na da frente, mas na de trás o brasileiro pulou do último lugar direto para a terceira fase do Pipe Masters.

ELIMINATÓRIAS – Os perdedores das baterias na rodada inicial, se enfrentam nos primeiros duelos eliminatórios do campeonato. O atual campeão do Billabong Pipe Masters, Adriano de Souza, entra na segunda bateria com o havaiano Bruce Irons. Depois, tem Caio Ibelli contra Ryan Callinan na sexta, Wiggolly Dantas na décima com o também australiano Davey Cathels e o potiguar Jadson André na 11.a, disputando a penúltima vaga para a terceira fase com o norte-americano Nat Young, que está fechando o grupo dos 22 primeiros colocados no ranking que são mantidos na elite da World Surf League para o próximo ano.

Apesar do título mundial já estar definido, outras batalhas acontecem no Billabong Pipe Masters. Uma delas para terminar a temporada no seleto grupo dos top-5 do mundo. Outra para ficar entre os 12 cabeças de chave para a primeira etapa de 2017. E a outra, mais dramática, pelas últimas vagas no G-22 para ficar na elite dos top-34 no ano que vem. E essa briga centralizou as atenções no início da quarta-feira, pois os principais envolvidos nessa disputa competiram nos primeiros confrontos do dia.

Miguel Pupo (Foto: Poullenot - WSL)
Miguel Pupo (Foto: Poullenot – WSL)

ULTIMAS VAGAS NO G-22 – O antepenúltimo colocado na lista, Wiggolly Dantas, perdeu a primeira bateria e tem que vencer na segunda fase para já não ser ultrapassado por Miguel Pupo, que ganhou o segundo confronto do dia e avançou direto para a terceira fase. Com isso, Pupo já trocou 500 pontos por 1.750 com a classificação e atinge 22.650 no ranking, contra 22.400 de Wiggolly Dantas se não passar por Davey Cathels na repescagem.

O último colocado no G-22, Nat Young, entrou na terceira bateria e também foi batido pelo australiano Matt Wilkinson. Na seguinte, Keanu Asing, 23.o do ranking, tiraria o californiano da lista se vencesse, mas o havaiano perdeu para o sul-africano Jordy Smith. Entre eles, a briga pela última vaga é fase a fase no Billabong Pipe Masters e Keanu precisa ficar uma a frente.

Os outros dois principais concorrentes de Nat Young, Miguel Pupo e Wiggolly Dantas, são o também norte-americano Kanoa Igarashi e o brasileiro Jadson André, na 24.a e 25.a posições, respectivamente. Para eles, Young tem duas fases de vantagem e os dois também perderam para os líderes do ranking, Kanoa para Gabriel Medina e Jadson para John John Florence. Ambos já estão garantidos no CT 2017 entre os dez indicados pelo WSL Qualifying Series, mas podem confirmar suas permanências pelo ranking principal.

Jadson Andre (Foto: Kelly Cestari - WSL)
Jadson Andre (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Se isso acontecer, Kanoa e Jadson dispensam as vagas no G-10 da divisão de acesso para os próximos colocados no ranking final do QS, o havaiano Ezekiel Lau em 11.o lugar e o brasileiro Bino Lopes em 12.o. A segunda fase do Billabong Pipe Masters será encerrada com dois confrontos diretos pelo último lugar no G-22 do CT. A penúltima bateria será entre o 23.o e 24.o do ranking, Keanu Asing e Kanoa Igarashi, respectivamente. E na última, Nat Young defende a 22.a posição contra o 25.o, Jadson André.

O Billabong Pipe Masters em memória a Andy Irons é transmitido ao vivo do Havaí pelo www.worldsurfleague.com com divulgação também pelos parceiros de mídia da World Surf League: ESPN+, Globosat e Sportv no Brasil, Fox Sports da Austrália, CBS Sports dos Estados Unidos, Edgesport, Sky NZ, Canal + Deportes, Channel Nine, MCS, Starhub e Oceanic Time Warner Cable 250 & 1250 no Havaí.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Samsung Galaxy Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza, Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Greg Long, Makua Rothman, Carissa Moore, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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BILLABONG PIPE MASTERS – Vitória=Terceira Fase e 2.o e 3.o=Segunda Fase:

1.a: 1-Julian Wilson (AUS)=15.07, 2-Wiggolly Dantas (BRA)=8.60, 3-Ryan Callinan (AUS)=8.50

2.a: 1-Miguel Pupo (BRA)=11.40, 2-Kolohe Andino (EUA)=9.33, 3-Bede Durbidge (AUS)=5.40

3.a: 1-Matt Wilkinson (AUS)=13.34, 2-Frederico Morais (PRT)=13.27, 3-Nat Young (EUA)=12.40

4.a: 1-Jordy Smith (AFR)=12.60, 2-Keanu Asing (HAV)=10.83, 3-Finn McGill (HAV)=10.50

5.a: 1-Gabriel Medina (BRA)=15.10, 2-Kanoa Igarashi (EUA)=11.24, 3-Bruce Irons (HAV)=3.40

6.a: 1-John John Florence (HAV)=16.66, 2-Jadson André (BRA)=10.27, 3-Gavin Beschen (EUA)=7.84

7.a: 1-Alex Ribeiro (BRA)=11.27, 2-Adriano de Souza (BRA)=10.54, 3-Conner Coffin (EUA)=10.27

8.a: 1-Jeremy Flores (FRA)=9.00, 2-Stu Kennedy (AUS)=9.00, 3-Joel Parkinson (AUS)=8.77

9.a: 1-Filipe Toledo (BRA)=12.34, 2-Josh Kerr (AUS)=12.03, 3-Adam Melling (AUS)=9.37

10: 1-Kelly Slater (EUA)=12.70, 2-Kai Otton (AUS)=11.90, 3-Caio Ibelli (BRA)=11.50

11: 1-Italo Ferreira (BRA)=10.50, 2-Sebastian Zietz (HAV)=10.20, 3-Jack Freestone (AUS)=9.07

12: 1-Michel Bourez (TAH)=14.24, 2-Adrian Buchan (AUS)=14.23, 3-Davey Cathels (AUS)=13.23

SEGUNDA FASE – Vitória=Terceira Fase e Derrota=25.o lugar com 500 pontos e US$ 9.000:

1.a: Kolohe Andino (EUA) x Gavin Beschen (HAV)

2.a: Adriano de Souza (BRA) x Bruce Irons (HAV)

3.a: Joel Parkinson (AUS) x Finn McGill (HAV)

4.a: Sebastian Zietz (HAV) x Frederico Morais (PRT)

5.a: Adrian Buchan (AUS) x Bede Durbidge (AUS)

6.a: Caio Ibelli (BRA) x Ryan Callinan (AUS)

7.a: Josh Kerr (AUS) x Adam Melling (AUS)

8.a: Stu Kennedy (AUS) x Kai Otton (AUS)

9.a: Conner Coffin (EUA) x Jack Freestone (AUS)

10: Wiggolly Dantas (BRA) x Davey Cathels (AUS)

11: Nat Young (EUA) x Jadson André (BRA)

12: Keanu Asing (HAV) x Kanoa Igarashi (EUA)

TOP-22 DO JEEP WSL RANKING – após a décima das onze etapas de 2016:

Campeão mundial: John John Florence (HAV) – 56.400 pontos

2.o: Gabriel Medina (BRA) – 45.450

3.o: Jordy Smith (AFR) – 41.700

4.o: Matt Wilkinson (AUS) – 38.250

5.o: Kolohe Andino (EUA) – 38.150

6.o: Julian Wilson (AUS) – 35.600

7.o: Adriano de Souza (BRA) – 34.100

8.o: Joel Parkinson (AUS) – 32.200

9.o: Filipe Toledo (BRA) – 31.900

9.o: Kelly Slater (EUA) – 31.900

11: Sebastian Zietz (HAV) – 30.700

12: Adrian Buchan (AUS) – 29.700

13: Michel Bourez (TAH) – 29.200

14: Italo Ferreira (BRA) – 27.500

15: Caio Ibelli (BRA) – 26.950

16: Josh Kerr (AUS) – 25.950

17: Mick Fanning (AUS) – 25.200

18: Stu Kennedy (AUS) – 24.700

19: Conner Coffin (EUA) – 23.950

20: Wiggolly Dantas (BRA) – 22.400

21: Miguel Pupo (BRA) – 21.400

22: Nat Young (EUA) – 18.900

——–outros brasileiros no ranking:

25: Jadson André (BRA) – 17.500 pontos

30: Alejo Muniz (SC) – 14.250

34: Alex Ribeiro (SP) – 10.450

39: Bruno Santos (RJ) – 5.200

44: Deivid Silva (SP) – 1.750

44: Marco Fernandez (BA) – 1.750

44: Lucas Silveira (RJ) – 1.750

49: Bino Lopes (BA) – 500

 

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