Contagem regressiva para a “perna brasileira” da WSL South America

By João Carvalho | 14 de outubro de 2015 | noticias

Falta menos de uma semana para a decisiva “perna brasileira” de fim de ano da WSL South America na disputa por vagas para a elite dos top-34 da World Surf League. A série começa com os dois últimos eventos do QS 6000 seguidos pelo último QS 10000 do ano, antes do encerramento da temporada na Tríplice Coroa Havaiana. Surfistas de 24 países já estão inscritos no Red Nose Pro Florianópolis SC, que abre a primeira batalha por 6.000 pontos na próxima terça-feira na Praia do Santinho. Da Ilha de Santa Catarina, todos partem para o sul da Bahia, para o já tradicional Mahalo Surf Eco Festival, de 27 de outubro a 1º de novembro na Praia da Tiririca, em Itacaré. E o QS 10000 da Praia de Maresias, fecha a “perna brasileira” na semana de 2 a 9 de novembro em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

“Foi um imenso desafio para a WSL South America poder manter viva esta série de eventos no Brasil, em meio a todo este conturbado cenário econômico e político que vive o nosso país”, disse Roberto Perdigão, da WSL South America. “Com os gastos de premiação e do staff técnico calculado em dólares, o comprometimento dos promotores, bem como da própria World Surf League, foi decisivo para que pudéssemos fazer este anúncio hoje. Agora é esperar pelas ondas e torcer para que mais surfistas sul americanos possam usar estes eventos como trampolim rumo a melhores posições no ranking mundial da WSL”.

Michael Rodrigues voando para a vitória na Praia da Joaquina (Foto: Daniel Smorigo - WSL)
Michael Rodrigues voando para a vitória na Praia da Joaquina (Foto: Daniel Smorigo – WSL)

A etapa catarinense do World Surf League Qualifying Series no ano passado aconteceu na Praia da Joaquina e o cearense Michael Rodrigues venceu a final sul-americana com o argentino Santiago Muniz. Michael mora em Florianópolis e Santiago é irmão mais jovem de Alejo Muniz, que representa o Brasil no Circuito Mundial porque desde crianças eles moram em Santa Catarina. Alejo sofreu uma contusão no joelho na etapa do WCT da França e não vai competir no Red Nose Pro Florianópolis SC, mas os finalistas da Joaquina estão entre os mais de 170 surfistas de 24 países que se inscreveram para disputar os 6.000 pontos na Praia do Santinho.

O limite inicial é de 144 participantes nas etapas do QS 6000 e 33 já estão numa lista de alternates para substituir alguma ausência. Entre os confirmados, os estrangeiros são maioria contra 41 brasileiros, com as maiores atrações sendo os dois paulistas que já se classificaram para o WCT 2016 nas dez vagas do WSL Qualifying Series, Caio Ibelli e Alex Ribeiro. Os maiores pelotões vêm da Austrália com vinte surfistas e dos Estados Unidos com dezenove. Depois, tem o Havaí com dez inscritos, a França com nove, Portugal, Espanha e África do Sul com seis cada, Japão com quatro, Chile e Ilha Guadalupe com três, com dois a Argentina, Peru, Costa Rica e Ilha Reunião e nove países terão um representante no Red Nose Pro Florianópolis SC, Uruguai, Venezuela, Porto Rico, Taiti, Itália, Marrocos, Nova Zelândia, Indonésia e São Bartolomeu.

G-10 PARA O WCT – Cinco das dez vagas do WSL Qualifying Series para a elite dos top-34 do WCT 2016 já foram definidas e três são do Brasil. O primeiro a conquistar classificação foi o catarinense Alejo Muniz, quando ganhou o QS 10000 de Ballito, em julho na África do Sul. Os outros quatro confirmaram seus nomes nas duas etapas do QS 10000 de Portugal, os paulistas Alex Ribeiro e Caio Ibelli e os vencedores dos eventos nas Ilhas Açores e em Cascais, o australiano Jack Freestone e o norte-americano Kolohe Andino. No momento, os cinco que completam o G-10 são o americano Kanoa Igarashi, os australianos Ryan Callinan e Adam Melling e os franceses Maxime Huscenot e Joan Duru. O brasileiro Michael Rodrigues é o próximo da lista, com 530 pontos a menos de Joan Duru.

A diferença parece ser pequena, mas o cearense vai precisar chegar nas semifinais do Red Nose Pro Florianópolis SC para voltar a zona de classificação para o WCT na Praia do Santinho. Isto porque o seu quinto resultado computado no ranking, para ser trocado na “perna brasileira” da WSL South America, é de 2.200 pontos. Nas provas do QS 6000, os que chegam nas quartas de final recebem 2.650 pontos e Michael então somaria 450 da diferença, que seriam insuficientes para ultrapassar o francês na rabeira do G-10. Ele só conseguirá isso com os 3.550 pontos das semifinais, mas ainda dependerá dos resultados dos outros concorrentes diretos pelas cinco vagas que restam para fechar o G-10 do WSL Qualifying Series.

Alex Ribeiro festejando o título do Mahalo Surf Eco Festival 2014 (Foto: Fabriciano Junior - Dendê)
Alex Ribeiro festejando o título do Mahalo Surf Eco Festival 2014 (Foto: Fabriciano Junior – Dendê)

QS 6000 NA BAHIA – Caso não consiga repetir o bom resultado em Florianópolis, o cearense terá outra chance de entrar na zona de classificação no último QS 6000 do ano, o tradicional Mahalo Surf Eco Festival, que começa em 27 de outubro e vai até 1.o de novembro na Praia da Tiririca, em Itacaré, no Sul da Bahia. No ano passado, o vencedor desta etapa foi o paulista Alex Ribeiro, um dos três brasileiros que já garantiram seus nomes no seleto grupo dos top-34 que vai disputar o título mundial de 2016 pelo ranking de acesso da World Surf League. Esta será a oitava edição do evento que estreou em 2008 com vitória também paulista de Adriano de Souza, o Mineirinho, que hoje ocupa a vice-liderança no ranking do WCT.

O Mahalo Surf Eco Festival aumentou a premiação esse ano para os mesmos 150 mil dólares oferecidos na etapa de Santa Catarina e o status do evento subiu de 4-Star para QS 6000. Os 144 inscritos para competir na Bahia são praticamente os mesmos que estarão no Red Nose Pro Florianópolis SC, com pequenas mudanças. Uma delas é o cabeça de chave número 1, que na Ilha da Magia será o paulista Alex Ribeiro e na Bahia o potiguar Jadson André, um dos tops da elite atual que vai competir em Itacaré. Já o número de países representados é igual, 24, bem como o de brasileiros, 41 no total contra 103 estrangeiros.

Esta lista tem 21 australianos, dezessete norte-americanos, nove havaianos, nove franceses, seis espanhóis, seis sul-africanos, cinco portugueses, cinco japoneses, três da Costa Rica, três da Ilha Guadalupe, dois chilenos, dois argentinos, dois peruanos, dois taitianos, dois neozelandeses, dois da Ilha da Reunião e sete países terão um representante competindo na Bahia, o Uruguai, Venezuela, Porto Rico, Itália, Marrocos, Indonésia e São Bartolomeu.

Filipe Toledo comandou o show com seus aéreos na Praia de Maresias (Foto: Daniel Smorigo - WSL)
Filipe Toledo comandou o show com seus aéreos na Praia de Maresias (Foto: Daniel Smorigo – WSL)

QS 10000 EM MARESIAS – Depois das últimas etapas do QS 6000, a “perna brasileira” de fim de ano da WSL South America será encerrada na semana de 2 a 9 de novembro no QS 10000 de São Paulo que estreou com grande sucesso no ano passado, lotando a Praia de Maresias desde o primeiro dia do evento em São Sebastião. O campeonato é realizado na praia do campeão mundial Gabriel Medina, mas quem brilhou foi Filipe Toledo, que conquistou o título diante de uma multidão vibrando com os seus aéreos em Maresias. Os organizadores devem anunciar ainda nesta semana os novos patrocinadores que irão promover a última parada do WSL Qualifying Series antes das duas etapas do QS 10000 que vão fechar a temporada no Havaí.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – a World Surf League (WSL) organiza as competições anuais de surfe profissional e as transmissões ao vivo de cada etapa pelo worldsurfleague.com, onde você pode acompanhar todo o drama e aventura do surfe competitivo em qualquer lugar e a qualquer hora onde acontecer. As sanções da WSL são para os seguintes circuitos: World Surf League Championship Tour (CT), que define os campeões mundiais da temporada, Qualifying Series (QS), Big Wave Tour, Pro Junior e Longboard. A organização da WSL está sediada em Santa Monica, Califórnia, com escritório comercial em Nova York. A WSL também tem sete escritórios regionais de apoio na organização dos eventos na África, Ásia, Austrália, Europa, Havaí, América do Norte e América do Sul.

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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G-10 DO WSL QUALIFYING SERIES – após 28 etapas:

1.o: Kolohe Andino (EUA) – 27.660 pontos

2.o: Caio Ibelli (BRA) – 24.250

3.o: Jack Freestone (AUS) – 24.100

4.o: Alejo Muniz (BRA) – 23.450

5.o: Alex Ribeiro (BRA) – 20.950

6.o: Jeremy Flores (FRA) – 17.000 – top-22 do CT

7.o: Miguel Pupo (BRA) – 16.700 – top-22 do CT

7.o: Kanoa Igarashi (JPN) – 16.700

9.o: Filipe Toledo (BRA) – 16.500 – top-22 do CT

10: Ryan Callinan (AUS) – 15.750

11: Adam Melling (AUS) – 15.500

12: Maxime Huscenot (FRA) – 15.100

13: Joan Duru (FRA) – 14.980

——-próximos sul-americanos até 100:

14: Michael Rodrigues (BRA) – 14.450 pontos

23: Wiggolly Dantas (BRA) – 13.200 – top-22 do CT

27: Jessé Mendes (BRA) – 12.410

28: Italo Ferreira (BRA) – 12.300

29: Pedro Henrique (BRA-PRT) – 11.930

47: Bino Lopes (BRA) – 9.300

48: Santiago Muniz (ARG) – 8.550

49: Hizunomê Bettero (BRA) – 8.290

51: Deivid Silva (BRA) – 7.975

59: David do Carmo (BRA) – 7.100

61: Tomas Hermes (BRA) – 6.700

62: Heitor Alves (BRA) – 6.570

67: Miguel Tudela (PER) – 6.020

68: Jadson André (BRA) – 6.000

70: Marco Fernandez (BRA) – 5.850

73: Thiago Camarão (BRA) – 5.660

76: Ian Gouveia (BRA) – 5.540

80: Luel Felipe (BRA) – 5.390

81: Willian Cardoso (BRA) – 5.350

84: Lucas Silveira (BRA) – 4.800

91: Robson Santos (BRA) – 4.280

93: Krystian Kymerson (BRA) – 4.150

99: Marco Giorgi (URU) – 3.630

101: Jean da Silva (BRA) – 3.600

 

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