Mahalo Surf Eco Festival dá a largada no último QS 6000 do ano

By João Carvalho | 27 de outubro de 2015 | noticias

Uma linda terça-feira de Sol, céu azul e calor em Itacaré para a abertura do Mahalo Surf Eco Festival na Bahia. A primeira fase do último QS 6000 do ano foi iniciada as 10h40 em séries de 2 pés com boa formação na secante da maré na Praia da Tiririca, mas quando ela encheu as ondas sumiram e competição foi paralisada após a oitava bateria. Dos 144 inscritos de 24 países, 32 representantes de doze nações já estrearam na segunda das três etapas da “perna brasileira” de fim de ano da WSL South America. Esta série de eventos no Brasil é decisiva na disputa pelas últimas vagas na lista dos dez indicados pelo ranking do Qualifying Series para a elite mundial da World Surf League.

Bruno Galini (Foto: Daniel Smorigo - WSL)
Bruno Galini (Foto: Daniel Smorigo – WSL)

A oitava edição do Surf Eco Festival promovido pela Dendê Produções desde 2008, foi inaugurada com vitória baiana de um atleta patrocinado pela Mahalo, Bruno Galini. Ele já começou na frente com nota 6,50 e depois surfou uma onda melhor que valeu 7,33 para confirmar o primeiro lugar. Na briga pela segunda vaga, o cearense Messias Felix garantiu uma dobradinha brasileira nos dois estrangeiros da bateria, por uma pequena vantagem de 11,77 a 11,43 pontos sobre o australiano Perth Standlick. O português Tomas Fernandes ficou em último e também foi eliminado logo em sua estreia em Itacaré.

“O evento demorou um pouco pra começar, mas minha bateria rolou numa hora boa, com mar lisinho ainda e sem vento. Mas, na verdade, eu não consegui achar aquela onda da série, mas pequei algumas mais embaixo pra surfar e deu tudo certo”, disse Bruno Galini, que é de Ilhéus, cidade vizinha a Itacaré. “Eu não estava escutando as notas e só soube que tinha vencido a bateria quando sai do mar. Estou amarradão porque é o campeonato do meu patrocinador (Mahalo), então tem um peso a mais de passar as baterias, mostrar que tá surfando bem e agora é focar pra segunda fase”.

O segundo confronto foi internacional, com quatro surfistas de outros países brigando por mais duas vagas para a rodada de estreia dos cabeças de chave, com as principais estrelas do QS 6000 Mahalo Surf Eco Festival. O japonês Hiroto Arai foi mais feliz na escolha das ondas e não desperdiçou as chances que teve para estrear com vitória por 12,57 pontos. O havaiano Kiron Jabour passou em segundo com 10,50, despachando o norte-americano Taylor Clark e o chileno Manuel Selman.

“Foi muito divertida a bateria, tem vários picos quebrando e todos puderam surfar”, disse o japonês Hiroto Arai, que já competiu em Itacaré no ano passado. “Eu consegui pegar boas ondas para tirar boas notas e estou muito feliz por ter começado o evento com vitória. As condições estavam boas para fazer várias manobras e os aéreos também, então até arrisquei alguns para buscar a classificação, que era o mais importante para mim”.

Patrick Gudauskas (Foto: Daniel Smorigo - WSL)
Patrick Gudauskas (Foto: Daniel Smorigo – WSL)

MELHORES DO DIA – As baterias continuaram rolando com os estrangeiros em maioria no início do dia. Na terceira, o único brasileiro, Lucas Chianca, terminou em último na disputa que classificou o português Nic Von Rupp em primeiro e o francês Paul Cesar Distinguin ganhou a briga pela segunda vaga do norte-americano Nic Hdez. No confronto seguinte, o norte-americano Patrick Gudauskas deu o primeiro show nas ondas da Tiririca. Ele vem embalado de um terceiro lugar na etapa encerrada domingo em Florianópolis (SC), onde só perdeu nas semifinais.

Patrick fez parte do WCT por muitos anos e está na busca para retornar ao grupo de elite da World Surf League. Ele não conhecia Itacaré e achou boas ondas para somar duas notas 7,83 no maior placar do dia, 15,66 pontos. Mas, a maior nota foi a 8,67 recebida pelo catarinense Yuri Gonçalves logo em sua primeira onda, que acabou lhe garantindo a classificação em segundo lugar. Eles tiraram dois havaianos numa tacada só, Seth Moniz e Keoni Yan.

“É a minha primeira vez em Itacaré e fiquei surpreso porque é tudo muito bonito aqui. Quando acordamos de manhã, vindo para cá, me senti como se estivesse indo fazer um freesurf”, disse Patrick Gudauskas. “Este é um evento importante para mim, pois tive um início de ano difícil, mas estou feliz por estar surfando bem agora. Eu fui até as semifinais no evento da semana passada (em Florianópolis-SC) e espero conseguir outro bom resultado aqui. Mas, procuro me concentrar em competir bem bateria por bateria, me divertir, sem pensar muito em ranking”.

A nota 8,67 de Yan Gonçalves foi batida pelo 8,73 que o também catarinense Matheus Navarro conseguiu para ganhar o quinto confronto do dia com o segundo maior placar da edição 2015 do Mahalo Surf Eco Festival, 15,56 pontos. O francês Andy Criere passou em segundo, assim como os seus compatriotas Diego Mignot e Tristan Guilbaud nas baterias seguintes, vencidas pelo sul-africano Michael February e o argentino Leandro Usuna, respectivamente.

Ian Gouveia (Foto: Daniel Smorigo - WSL)
Ian Gouveia (Foto: Daniel Smorigo – WSL)

ÚLTIMA DO DIA – Quando a oitava bateria começou, a maré já estava bem cheia e com grandes intervalos entre as séries. Logo foi anunciado que seria a última da terça-feira e a nona ficou para abrir a quarta-feira, com a primeira chamada marcada para as 8h00 horas na Praia da Tiririca, 9h00 nos estados com horário de verão. O Mahalo Surf Eco Festival pode ser acompanhado ao vivo na internet pelo www.worldsurfleague.com

O venezuelano Francisco Bellorin liderava a disputa pelas últimas vagas do dia até o minuto final, quando entrou uma série de ondas com mais parede para as manobras e tudo mudou. O pernambucano Ian Gouveia arrancou nota 7,33 dos juízes e pulou do terceiro para o primeiro lugar. E o taitiano Mihimana Braye ganhou 6,30 para também superar Bellorin e se manter em segundo, com o catarinense Cainã Barletta sendo eliminado junto com o único representante da Venezuela no Mahalo Surf Eco Festival.

“Poxa, eu sempre dou esse azar de competir bem na hora que é anunciado que o campeonato vai parar na próxima bateria porque o mar está ruim”, disse Ian Gouveia. “Ainda bem que eu tive sorte de entrar uma onda boa ali no final pra mim que acabou garantindo minha classificação em primeiro lugar. Mas, o mar está bem difícil, lá dentro não dá pra saber qual onda vai ser boa, mas tive aquela sorte ali no finalzinho da bateria e estou bem contente por ter passado para a próxima fase”.

O taitiano Mihimana Braye também vibrou com a classificação: “Itacaré é um lugar lindo primeiramente, é parecido com o Taiti, o povo é muito receptivo, os dias ensolarados e me sinto em casa aqui. Eu vim aqui no ano passado pela primeira vez e consegui um bom resultado, fui até as quartas de final. Hoje (terça-feira) tem umas ondas divertidas, mas agora com a maré cheia ficou bem difícil você achar duas ondas boas, então você tem que ser bem seletivo. Estou feliz por ter passado para a próxima fase, pois preciso de pontos para melhorar o meu ranking”.

24 PAÍSES EM ITACARÉ – A quantidade de 24 países sendo representados em Itacaré é recorde na história do Mahalo Surf Eco Festival. Os estrangeiros são maioria com 100 inscritos, contra 44 brasileiros. Fora o Brasil, os maiores pelotões são da Austrália com vinte surfistas e dos Estados Unidos com dezoito. A França e o Havaí têm oito participantes cada, depois vem Portugal com cinco, África do Sul e Japão com cinco, Argentina e Costa Rica com quatro, Espanha e Guadalupe com três, com dois a Nova Zelândia, Taiti, Ilha Reunião, Chile e Peru e com um a Itália, Indonésia, Marrocos, São Bartolomeu, Porto Rico, Venezuela e Uruguai.

O Mahalo Surf Eco Festival é realizado pela Dendê Produções com patrocínio da marca Mahalo, Prefeitura Municipal de Itacaré, Pousada Ecoporan, Secretaria de Turismo do Governo do Estado da Bahia, TV Santa Cruz e Skol. A etapa do QS 6000 sancionada pela WSL South America com premiação de 150 mil dólares, vale 6.000 pontos para o ranking mundial do WSL Qualifying Series e será transmitida ao vivo pelo www.worldsurfleague.com

FESTIVAL DE MÚSICA: Já é tradição. Desde a estreia do Surf Eco Festival em 2008, ele é encerrado com um grande festival de música. A semana será agitada com os eventos promovidos pelos patrocinadores nos diversos espaços da cidade e até na Praia da Tiririca, com o Eco Sunset rolando até as 19h00 com um DJ animando o pôr do Sol a cada fim de dia na área VIP da arena do evento, para convidados e competidores.

No sábado, 31 de outubro, começam os shows no KM 06, a partir das 20 horas, com atrações de peso da música local e nacional, como Baiana Sistem, Ponto de Equilíbrio, Seu Jorge, além do SPACE DJ ao vivo. E no domingo, depois do campeão do Mahalo Surf Eco Festival ser coroado na Praia da Tiririca, também no KM 06 subirão ao palco as bandas Cidade Negra, Nando Reis, Legião Urbana e com SPACE DJ ao vivo novamente.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – a World Surf League (WSL) organiza as competições anuais de surfe profissional e as transmissões ao vivo de cada etapa pelo worldsurfleague.com, com todo o drama e aventura do surfe competitivo em qualquer lugar e na hora que acontecer. As sanções da WSL são para os circuitos: World Surf League Championship Tour (CT), que define os campeões mundiais da temporada, Qualifying Series (QS), Big Wave Tour, Longboard e Pro Junior. A organização da WSL está sediada em Santa Monica, Califórnia, com escritório comercial em Nova York, além de sete escritórios regionais de apoio na organização dos eventos, na América do Norte, Havaí, América do Sul, Europa, Austrália, África e Ásia.

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João Carvalho – WSL South America Media Officer

(48) 9988-2986 – jcarvalho@worldsurfleague.com

Assessoria de Imprensa do Mahalo Surf Eco Festival

Fernanda Matos – Laboratório da Notícia

(71) 3272-4263 – fernanda@laboratoriodanoticia.com.br

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PRIMEIRA FASE DO QS 6000 MAHALO SURF ECO FESTIVAL:

1.a: 1-Bruno Galini (BRA), 2-Messias Felix (BRA), 3-Perth Standlick (AUS), 4-Tomas Fernandes (PRT)

2.a: 1-Hiroto Arai (JPN), 2-Kiron Jabour (HAV), 3-Taylor Clark (EUA), 4-Manuel Selman (CHL)

3.a: 1-Nic Von Rupp (PRT), 2-Paul Cesar Distinguin (FRA), 3-Nic Hdez (EUA), 4-Lucas Chianca (BRA)

4.a: 1-Patrick Gudauskas (EUA), 2-Yuri Gonçalves (BRA), 3-Seth Moniz (HAV), 4-Keoni Yan (HAV)

5.a: 1-Matheus Navarro (BRA), 2-Andy Criere (FRA), 3-Garrett Parkes (AUS), 4-Jeronimo Vargas (BRA)

6.a: 1-Michael February (AFR), 2-Diego Mignot (FRA), 3-Jorgann Couzinet (REU), 4-Kaito Ohashi (JPN)

7.a: 1-Leandro Usuna (ARG), 2-Tristan Guilbaud (FRA), 3-Jake Davis (EUA), 4-Joshua Moniz (HAV)

8.a: 1-Ian Gouveia (BRA), 2-Mihimana Braye (TAH), 3-Francisco Bellorin (VEN), 4-Cainã Barletta (BRA)

————–baterias que vão abrir a quarta-feira:

9.a: Facundo Arreyes (ARG), Victor Bernardo (BRA), Derek Peters (EUA), Cam Richards (EUA)

10: Nomme Mignot (FRA), Vicente Romero (ESP), Slade Prestwich (AFR), Harrison Mann (AUS)

11: Jean da Silva (BRA), Brian Toth (PRI), Paulo Moura (BRA), Cody Robinson (AUS)

12: Ramzi Boukhiam (MAR), Takumi Yasui (JPN), Alan Donato (BRA), Nahuel Amalfitano (ARG)

13: Willian Cardoso (BRA), Flavio Nakagima (BRA), Shun Murakami (JPN), Jatyr Berasaluce (ESP)

14: Luel Felipe (BRA), Cory Arrambide (EUA), Nelson Cloarec (FRA), Ethan Egiguren (ESP)

15: Miguel Tudela (PER), Robson Santos (BRA), Thiago Guimarães (BRA), Colt Ward (EUA)

16: Lucas Silveira (BRA), Dylan Lightfoot (AFR), Teale Vanner (AUS), Nicolas Vargas (CHL)

17: Krystian Kymerson (BRA), Dimitri Ouvre (BLM), Halley Batista (BRA), Eduardo Fernandes (PRT)

18: Marco Giorgi (URY), Rafael Teixeira (BRA), Luan Wood (BRA), Raphael Seixas (BRA)

19: Timothee Bisso (GLP), Dale Staples (AFR), Lucca Novaro (PER), Gatien Delahaye (GLP

20: Marco Fernandez (BRA), Parker Coffin (EUA), Reo Inaba (JPN), Alcides Lopes (BRA)

21: Thomas Woods (AUS), Oney Anwar (IDN), Ian Gentil (HAV), Gabriel André (BRA)

22: José Ferreira (PRT), Ian Crane (EUA), Yago Dora (BRA), Tomas King (CRI)

23: Michael Wright (AUS), Cahill Bell-Warren (AUS), Guillermo Satt (CHL), Renato Galvão (BRA)

24: Wesley Dantas (BRA), Noah Schweizer (EUA), Caetano Vargas (BRA), Matt Passaquindici (EUA)

SEGUNDA FASE – entrada dos 48 cabeças de chave mais bem colocados no ranking:

1.a: Caio Ibelli (BRA) e Iago Silva (BRA), Bruno Galini (BRA), Kiron Jabour (HAV)

2.a: Tanner Gudauskas (EUA) e Mitch Crews (AUS), Messias Felix (BRA), Hiroto Arai (JPN)

3.a: Charles Martin (GLP) e Ezekiel Lau (HAV), Nic Von Rupp (PRT), Yuri Gonçalves (BRA)

4.a: Ryan Callinan (AUS) e Soli Bailey (AUS), Paul Cesar Distinguin (FRA), Patrick Gudauskas (EUA)

5.a: Maxime Huscenot (FRA) e Thiago Camarão (BRA), Matheus Navarro (BRA), Diego Mignot (FRA)

6.a: Nathan Yeomans (EUA) e Nathan Hedge (AUS), Andy Criere (FRA), Michael February (AFR)

7.a: Conner Coffin (EUA) e Yadin Nicol (AUS), Leandro Usuna (ARG), Mihimana Braye (TAH)

8.a: Davey Cathels (AUS) e Hizunomê Bettero (BRA), Tristan Guilbaud (FRA), Ian Gouveia (BRA)

9.a: Kanoa Igarashi (EUA) e Granger Larsen (HAV)

10: Billy Stairmand (NZL) e Heitor Alves (BRA)

11: Evan Geiselman (EUA) e Santiago Muniz (ARG)

12: Stu Kennedy (AUS) e Jadson André (BRA)

13: Joan Duru (FRA) e Ricardo Christie (NZL)

14: Noe Mar McGonagle (CRI) e Medi Veminardi (REU)

15: Michael Dunphy (EUA) e Pedro Henrique (PRT)

16: Dion Atkinson (AUS) e David do Carmo (BRA)

17: Jessé Mendes (BRA) e Mateia Hiquily (TAH)

18: Tanner Hendrickson (HAV) e Wade Carmichael (AUS)

19: Tomas Hermes (BRA) e Beyrick De Vries (AFR)

20: Carlos Munoz (CRI) e Leonardo Fioravanti (ITA)

21: Michael Rodrigues (BRA) e Cooper Chapman (AUS)

22: Connor O´Leary (AUS) e Bino Lopes (BRA)

23: Brent Dorrington (AUS) e Deivid Silva (BRA)

24: Alex Ribeiro (BRA) e Yagê Araujo (BRA)

 

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