Medina já é semifinalista e Filipe tira outro 10 em J-Bay

By João Carvalho | 19 de julho de 2017 | principal

O Corona Open J-Bay vai se confirmando com um dos eventos com as melhores ondas da história do World Surf League Championship Tour na África do Sul. A quarta-feira foi mais um dia de mar clássico, com direitas incríveis de 6-8 pés em Supertubes, Sol e praia lotada, formando um cenário perfeito para o show dos melhores surfistas do mundo. No primeiro confronto do dia, Filipe Toledo mandou dois aéreos espetaculares e ainda usou seu repertório de manobras para ganhar sua segunda nota 10 em Jeffreys Bay. Ele vai disputar a terceira quarta de final com Jordy Smith, mas Gabriel Medina já está nas semifinais, batendo o defensor do título desta etapa, Mick Fanning, em outra bateria paralisada pela presença de um tubarão branco gigante na área do campeonato.

Medina e Fanning sendo resgatados pelo jet-sky (Foto: Pierre Tostee – WSL)

“Estou realmente aliviado que nos tiraram da água rapidamente, mas me senti seguro lá fora com os jet-skies, barco, drones e o avião, então não foi tão assustador”, disse Mick Fanning, que não conseguiu sair da “combination” aplicada pelo brasileiro antes da paralisação da bateria. “Tivemos um início de bateria meio devagar e cometi alguns erros, mas o Gabe (Medina) está surfando muito bem, então foi uma bateria difícil. Contudo, foi um campeonato incrível, acho que um dos melhores, com vários tubos perfeitos e notas 10”.

Gabriel Medina segue buscando uma vitória em Jeffreys Bay que não acontece desde 1984, quando Mark Occhilupo conquistou o único título surfando de backside (de costas para as ondas) nas direitas de Supertubes. Medina é o único que não perdeu nenhuma bateria esse ano no Corona Open J-Bay. Contra Mick Fanning, tirou notas 8,50 e 8,90 em duas ondas seguidas para liquidar o defensor do título com uma “combination” de 17,40 a 11,33 pontos.

Gabriel Medina (Foto: Pierre Tostee – WSL)

No duelo seguinte, que acabou sendo o último da quarta-feira na África do Sul, o atual campeão mundial John John Florence deu mais um show com seu arsenal de manobras modernas e facilidade em entubar em qualquer lugar do mundo. Em três ondas seguidas, ele ganhou notas 9,00, 9,57 e 9,10 para totalizar 18,67 pontos. A vitória parecia consolidada, no entanto, o português Frederico Morais conseguiu uma recuperação fantástica no final, com seu ataque feroz nos pontos mais críticos das ondas. Ele entrou na briga com uma nota 9,77, depois massacrou outra direita com mais potência ainda para ganhar seu primeiro 10 na World Surf League e vencer de virada, por 19,77 pontos com a nota máxima.

“As ondas estão bombando e tivemos uma pequena aventura lá fora com o tubarão, mas foi tudo bem e ficamos seguros”, disse Frederico Morais, que vai fazer uma semifinal luso-brasileira com Gabriel Medina. “É sempre difícil surfar contra o John John (Florence). Ele me colocou nas cordas até o último minuto, mas eu tinha a prioridade (de escolha da onda) e soube usa-la muito bem. Eu adoro um desafio e essa bateria foi assim. Foi a minha primeira nota 10 no CT e conseguir isso num dia como hoje, contra o John John, é fantástico”.

Frederico Morais (Foto: Pierre Tostee – WSL)

Os outros dois semifinalistas serão decididos no próximo dia de boas ondas em Supertubes, já que o prazo do Corona Open J-Bay só termina no domingo. A terceira vaga será disputada por dois surfistas que colecionaram mais uma nota máxima na quarta-feira, Filipe Toledo e Jordy Smith. O brasileiro conseguiu o segundo 10 dele no primeiro confronto do dia, com dois aéreos incríveis numa onda que depois foi massacrada por uma série de manobras do seu surfe moderno e progressivo. Ele já tinha recebido uma nota 9,0 na onda anterior para ganhar a terceira vaga direta para as quartas de final por 19,00 pontos, superando os 17,40 do próprio Jordy Smith e os 13,50 do australiano Julian Wilson.

“O vento estava realmente perfeito para os aéreos e eu gosto muito de usar esse tipo de manobra sempre quando as condições permitem”, disse Filipe Toledo. “Fica mais difícil surfar quando o vento aqui é assim, então eu decidi ir para os aéreos e acho que a escolha foi acertada, funcionou muito bem. As ondas estão bombando hoje (quarta-feira) de novo e a bateria foi bem legal, então já estou pronto e preparado para as quartas de final”.

Filipe Toledo (Foto: Pierre Tostee – WSL)

Essa bateria foi cancelada na terça-feira pela ameaça de tubarões na área do campeonato. Jordy Smith estava vencendo aquela, mas ela começou do zero de novo e Filipe foi melhor dessa vez. Mesmo assim, o sul-africano, que fez uma bateria perfeita com duas notas 10 na terça-feira, repetiu a dose no segundo combate com Conner Coffin na repescagem. Isso porque o primeiro foi cancelado porque os juízes não computaram uma onda do americano e ele entrou com um recurso, que foi aceito pela comissão técnica.

Os dois fizeram mais um confronto emocionante, de alto nível, computando notas no critério excelente dos juízes. O sul-africano começou melhor, com nota 9,37 contra 8,67 do californiano. Só que a segunda onda de Jordy Smith foi espetacular e ele arrancou sua terceira nota 10 no Corona Open J-Bay, massacrando uma direita enorme com uma série incrível de nove manobras executadas nos pontos mais críticos com muita pressão e velocidade. Com ela, ganhou a vaga para enfrentar Filipe Toledo nas quartas de final por 19,37 a 17,74 pontos.

Jordy Smith (Foto: Pierre Tostee – WSL)

Antes de mais uma fantástica apresentação de Jordy Smith em casa, aconteceu um duelo direto entre dois surfistas que estavam na briga fase a fase pela liderança do ranking na África do Sul. O atual campeão mundial John John Florence derrotou o australiano Owen Wright por 16,50 a 14,50 pontos, mas depois foi eliminado pelo português Frederico Morais no último confronto do dia. Com as derrotas dos dois, apenas Jordy Smith pode tirar a lycra amarela do Jeep WSL Leader do australiano Matt Wilkinson e os dois estão na chave de baixo, que vai apontar o segundo finalista da etapa sul-africana do World Surf League Championship Tour.

O Corona Open J-Bay está sendo transmitido pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo da WSL e no Facebook Live através da página da World Surf League no Facebook, passando ao vivo também pela ESPN+ e globoesporte.com no Brasil, CBS Sports Network nos Estados Unidos, Fox Sports na Austrália, SKY NZ na Nova Zelândia, SFR Sports na França e em Portugal e EDGE Sports Network na China, Japão, Malásia e outros territórios asiáticos.

Matt Wilkinson (Foto: Kelly Cestari – WSL)

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Grant Baker, Phil Rajzman, Tory Gilkerson, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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QUARTAS DE FINAL DO CORONA OPEN J-BAY:

1.a: Gabriel Medina (BRA) 17.40 x 11.33 Mick Fanning (AUS)

2.a: Frederico Morais (PRT) 19.77 x 18.67 John John Florence (HAV)

———-ficaram para abrir a quinta-feira:

3.a: Jordy Smith (AFR) x Filipe Toledo (BRA)4.a: Matt Wilkinson (AUS) x Julian Wilson (AUS)

QUINTA FASE – Vitória=Quartas de Final e Derrota=9.o lugar com 4.000 pontos e US$ 13.700:

1.a: Mick Fanning (AUS) 16.80 x 15.27 Joan Duru (FRA)

2.a: John John Florence (HAV) 16.50 x 14.50 Owen Wright (AUS)

3.a: Jordy Smith (AFR) 19.37 x 17.74 Conner Coffin (EUA)

4.a: Julian Wilson (AUS) 15.94 x 8.83 Michel Bourez (TAH)

QUARTA FASE CLASSIFICATÓRIA – Vitória=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Quinta Fase:

———-últimos resultados da terça-feira:

1.a: 1-Gabriel Medina (BRA)=18.74, 2-Joan Duru (FRA)=16.07, 3-Owen Wright (AUS)=13.10

2.a: 1-Frederico Morais (PRT)=19.07, 2-John John Florence (HAV)=17.17, 3-Mick Fanning (AUS)=14.90

———-baterias que abriram a quarta-feira:

3.a: 1-Filipe Toledo (BRA)=19.00, 2-Jordy Smith (AFR)=17.40, 3-Julian Wilson (AUS)=13.50

4.a: 1-Matt Wilkinson (AUS)=17.93, 2-Michel Bourez (TAH)=15.33, 3-Conner Coffin (EUA)=15.20

 

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