Punta Rocas Open Pro tem três vitórias peruanas e três brasileiras em altas ondas no Peru

By WSL Latin America | 20 de novembro de 2022 | noticias, principal

PUNTA ROCAS, Punta Negra, Lima / Peru (Domingo, 20 de novembro de 2022) – O Punta Rocas Open Pro foi encerrado com chave de ouro no domingo de mar clássico no Peru, com altas ondas de 6-8 pés em Punta Rocas, em frente ao Centro de Alto Rendimento (CAR). Os títulos das seis competições disputadas desde quarta-feira, ficaram divididos para três surfistas do Peru e três do Brasil. O peruano Miguel Tudela e a brasileira Laura Raupp, ganharam a etapa do World Surf League (WSL) Qualifying Series. O brasileiro Ryan Kainalo e a peruana Daniella Rosas, venceram as finais do Pro Junior Sub-20. E o peruano Piccolo Clemente e a brasileira Chloé Calmon, foram os campeões do Longboard. No domingo, também receberam seus troféus de campeões sul-americanos Pro Junior da WSL Latin America, a nova tetracampeã Sol Aguirre do Peru e o bicampeão Cauã Costa do Brasil.

Esses títulos da temporada 2021/2022, foram decididos no sábado, quando ambos passaram para as semifinais também em grandes ondas no mar pesado de Punta Rocas. A peruana Sol Aguirre foi a primeira surfista a conseguir quatro títulos na categoria Pro Junior. Os outros foram conquistados em 2017, 2018 e 2021. O cearense Cauã Costa ganhou o seu primeiro no ano passado e agora igualou um feito até então único do paulista Deivid Silva em 2014 e 2015. Só que os dois tiveram as suas faixas carimbadas nas finais do Punta Rocas Open Pro.

Sol Aguirre perdeu a decisão peruana para Daniella Rosas, depois Ryan Kainalo vingou a derrota para Cauã Costa em Saquarema no ano passado. A vitória nessa final Pro Junior, foi com o maior placar do domingo em Punta Rocas. Kainalo atingiu 15,84 pontos, com as notas 8,67 e 7,17 das melhores ondas que surfou. Antes, ele tinha vencido a sua principal bateria no Peru, a semifinal contra Heitor Mueller, que decidiu a segunda vaga para o Mundial Junior da World Surf League, marcado para o mês de janeiro na Califórnia, Estados Unidos.

Ryan Kainalo (Foto: Anderson Vidal / ZSports)

“Estou muito contente, porque eu sabia que não seria fácil conseguir essa vaga e, passando para a final, eu já tinha conquistado esse objetivo”, disse Ryan Kainalo. “No ano passado, eu e o Cauã (Costa) fizemos a final Pro Junior lá em Saquarema e ele ganhou. Dessa vez, eu deixei todas as minhas forças para esta última bateria e estou muito feliz pela vitória. Quero agradecer a todos que estavam torcendo por mim, meus patrocinadores e minha família. O evento foi incrível, eu amei esse lugar e espero voltar mais vezes aqui para Punta Rocas”.

A outra vaga no Mundial Junior da WSL que faltava definir no domingo, ficou para Laura Raupp. Ela perdeu nas quartas de final no sábado e o seu segundo lugar era ameaçado pela também catarinense Tainá Hinckel. Ela ficaria com a vaga se passasse para a grande final, mas foi barrada pela mesma Daniella Rosas que eliminou Laura Raupp. Daniella depois perdeu a semifinal peruana do QS 1000 para Arena Rodriguez Vargas, mas venceu a final Pro Junior contra a tetracampeã sul-americana, Sol Aguirre.

“É incrível estar aqui em Punta Rocas. Eu gosto bastante dessa onda e poder ganhar essa bateria da Sol (Aguirre), foi incrível para me dar mais confiança para começar bem o próximo ano”, disse Daniella Rosas, que lidera o ranking principal das etapas do Qualifying Series da WSL Latin America. “Agradeço a Punta Rocas, todas as pessoas que vieram aqui assistir o evento, a minha família e todos que estão nos vendo ao vivo. Ofereço essa vitória a minha família, especialmente a minha mãe, que sempre me apoia, meus patrocinadores e estou superfeliz em estar aqui, desfrutando uma vitória”.

Daniella Rosas (Foto: Anderson Vidal / ZSports)

LÍDER INVICTO – Quem também festejou mais uma vitória, foi o líder invicto do ranking regional da WSL Latin America, que ganhou todas as cinco etapas do Qualifying Series que disputou esse ano na América do Sul. Miguel Tudela já garantiu uma das oito vagas para o Challenger Series de 2023, o circuito de acesso para a elite do Championship Tour. A série de vitórias começou no QS 1000 de Galápagos, no Equador. Depois, ganhou as duas etapas do Chile, o QS 3000 de Iquique e o QS 5000 nos tubos de El Gringo, em Arica. A invencibilidade foi mantida no QS 5000 de Saquarema, no Brasil, agora em casa derrotando o argentino Leandro Usuna na final do Punta Rocas Open Pro.

“Na verdade, estou sem palavras, mas é um ano dos sonhos. Poder chegar em todas as finais e ganha-las, fico totalmente sem palavras. Mas, estou supercontente em ganhar em casa. Para mim, foi o campeonato mais importante, poder ganhar na frente do seu público, sua família, amigos, é super bonito e emocionante”, disse Miguel Tudela. “Não acredito que exista uma fórmula secreta, simplesmente tentei desfrutar de cada momento, não me pressionar, nem sentir ansiedade, mas desfrutar deste lindo esporte que praticamos. Fazer tudo sempre com felicidade e paixão, acredito que isso é o mais importante e felizmente eu tenho uma equipe que me apoia bastante. Depois desse evento lindo aqui em casa, agora é já pensar no Challenger Series no próximo ano”.

Miguel Tudela (Foto: Lorenzo Bazo / ZSports)

SEGUNDA VITÓRIA – Na outra final do QS 1000, a jovem brasileira Laura Raupp, de apenas 16 anos, já conseguiu a sua segunda vitória em etapas do World Surf League Qualifying Series. A primeira foi na sua casa, a Praia Mole de Florianópolis (SC) em 2021, quando se classificou para o Challenger Series deste ano. Ela se destaca quando compete em ondas grandes, como as de Punta Rocas, onde fez grandes apresentações. No domingo, primeiro passou pela Tainá Hinckel, que já tinha perdido a briga pela vaga no Mundial Junior pra Laura Raupp. Depois, conquistou o terceiro título do Brasil no Punta Rocas Open Pro, derrotando a peruana Arena Rodriguez Vargas na final do QS 1000.

“É a primeira vez que venho a Punta Rocas e é uma onda incrível. Todas as meninas surfaram bem e eu tive baterias muito difíceis”, disse Laura Raupp. “Eu parei nas quartas de final do Pro Junior, mas consegui me classificar pro Mundial. Agora me tornei campeã do QS aqui e estou superfeliz. Tenho que agradecer ao meu pai, que está aqui comigo, todos meus patrocinadores, minha mãe e minha irmã que estão em casa. Eu acho que tenho um talento pra ondas grandes, porque ganhei o meu primeiro QS da vida na Praia Mole no ano passado, agora consegui ganhar aqui em Punta Rocas com altas ondas e estou superfeliz. Agora vou voltar para o Brasil e no dia 23 já estou indo para o Havaí, para competir no Challenger Series em Haleiwa. Espero ir bem lá também”.

Laura Raupp (Foto: Lorenzo Bazo / ZSports)

LONGBOARD – No Longboard, os títulos do Punta Rocas Open Pro também foram divididos entre Peru e Brasil. A primeira decisão do domingo foi uma reedição das finais do Saquarema Surf Festival de 2021 e 2022 no Brasil. E o resultado foi o mesmo, com a brasileira Chloé Calmon derrotando a peruana Maria Fernanda Reyes. A carioca foi campeã sul-americana da WSL Latin America em 2021 e lidera o ranking da temporada 2022/2023 com duas vitórias. Ainda serão computados os resultados dos eventos realizados até julho do ano que vem.

“Na verdade, estou meio sem fôlego. Foi uma bateria muito difícil, as ondas estavam muito fortes e, quando eu estava entrando no mar, tomei uma série de ondas na cabeça. Fiquei muito tempo embaixo d´água, então não foi um bom início”, contou Chloé Calmon. “Mas, como entramos com bastante antecedência, eu sabia que era pegar somente duas ondas e dar meu máximo. Só que eu tomei outra série na cabeça e estava sem energia nenhuma. Mas, vi que faltavam alguns minutos e tirei energia não sei de onde, então estou superfeliz por cumprir meu objetivo, que era ganhar”.

Chloé Calmon (Foto: Lorenzo Bazo / ZSports)

Assim como Chloé Calmon, Piccolo Clemente também tinha festejado vitória no Panamericano de Lima 2019, com o surfe e longboard sendo disputados nas mesmas ondas de Punta Rocas, quando foi inaugurado o Centro de Alto Rendimento (CAR) do Peru. O peruano bicampeão mundial e tetracampeão sul-americano da WSL Latin America, conseguiu a vitória sobre o norte-americano Tony Silvagni no Punta Rocas Open Pro, na onda que surfou nos minutos finais e valeu 7,57, virando o placar para 14,24 a 12,53 pontos.

“Estou feliz em ganhar mais um campeonato aqui em Punta Rocas. Fazia bastante tempo que não tinha um campeonato da WSL no Peru da categoria Longboard, então estou superfeliz de ganhar essa final muito difícil”, disse Piccolo Clemente. “O Tony Silvagni é um competidor muito talentoso, de nível mundial, então foi muito difícil ganhar dele. Estou contente em ganhar novamente em casa. Quero agradecer a minha família, meus patrocinadores, a minha esposa que está sempre me mandando as ondas e a todos os peruanos por apoiar minha carreira”.

Piccolo Clemente (Foto: Anderson Vidal / ZSports)

O Punta Rocas Open Pro foi mais um evento da World Surf League realizado com o princípio da igualdade na premiação, com as mulheres recebendo o mesmo valor dos homens na mesma colocação. As vitórias no QS 1000 valeram 2.000 dólares na categoria masculina e na feminina, assim como o campeão e a campeã do Pro Junior e do Longboard, ganharam 1.000 dólares. A igualdade também foi obedecida nas premiações dos vice-campeões e terceiros colocados nas semifinais que abriram o domingo decisivo da nova etapa do Peru no calendário da WSL Latin America.

RESULTADOS DO PUNTA ROCAS OPEN PRO NO DOMINGO:

DECISÃO DO QS 1000 MASCULINO:
Campeão: Miguel Tudela (PER) por 15,80 pts (7,97+7,83) – US$ 2.000 e 1.000 pts
2.o lugar: Leandro Usuna (ARG) com 10,93 pts (5,60+5,33) – US$ 900 e 800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 550 e 650 pontos:
1.a: Miguel Tudela (PER) 11,96 x 7,50 Cristobal de Col (PER)
2.a: Leandro Usuna (ARG) 12,77 x 11,93 Ryan Kainalo (BRA)

DECISÃO DO QS 1000 FEMININO:
Campeã: Laura Raupp (BRA) por 12,00 pts (6,17+5,83) – US$ 2.000 e 1.000 pts
2.o lugar: Arena Rodriguez Vargas (PER) com 10,97 pts (5,57+5,40) – US$ 900 e 800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 550 e 650 pontos:
1.a: Arena Rodriguez Vargas (PER) 6,57 x 6,10 Daniella Rosas (PER)
2.a: Laura Raupp (BRA) 10,10 x 4,87 Tainá Hinckel (BRA)

DECISÃO DO PRO JUNIOR MASCULINO:
Campeão: Ryan Kainalo (BRA) por 15,84 pts (8,67+7,17) – US$ 1.000 e 1.000 pts
2.o lugar: Cauã Costa (BRA) com 11,37 pts (7,37+4,00) – US$ 400 e 800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 250 e 650 pontos:
1.a: Cauã Costa (BRA) 13,53 x 10,20 Noah De Col (PER)
2.a: Ryan Kainalo (BRA) 12,20 x 12,17 Heitor Mueller (BRA)

DECISÃO DO PRO JUNIOR FEMININO:
Campeã: Daniella Rosas (PER) por 13,00 pts (8,17+4,83) – US$ 1.000 e 1.000 pts
2.o lugar: Sol Aguirre (PER) com 2,67 pts (1,67+1,00) – US$ 400 e 800 pts

SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 250 e 650 pontos:
1.a: Sol Aguirre (PER) x Catalina Zariquiey (PER)
2.a: Daniella Rosas (PER) 12,30 x 11,10 Tainá Hinckel (BRA)

DECISÃO DO LONGBOARD MASCULINO:
Campeão: Piccolo Clemente (PER) por 14,24 pts (7,57+6,67) – US$ 1.000 e 1.000 pts
2.o lugar: Tony Silvagni (EUA) com 12,53 pts (7,23+5,30) – US$ 400 e 800 pts

DECISÃO DO LONGBOARD FEMININO:
Campeã: Chloé Calmon (BRA) por 11,76 pts (6,33+5,43) – US$ 1.000 e 1.000 pts
2.o lugar: Maria Fernanda Reyes (PER) com 9,24 pts (5,07+4,17) – US$ 400 e 800 pts

RANKINGS SUL-AMERICANOS DA WSL LATIN AMERICA:

TOP-5 DO PRO JUNIOR FINAL 2021/2022 – 4 etapas:
Bicampeão: Cauã Costa (BRA) – 2.800 pontos
2.o: Ryan Kainalo (BRA) – 2.450
3.o: Heitor Mueller (BRA) – 2.150
4.o: Diego Aguiar (BRA) – 2.050
5.o: Daniel Templar (BRA) – 1.500
5.o: Caio Costa (BRA) – 1.500
5.o: Franco Radziunas (ARG) – 1.500

TOP-5 DO PRO JUNIOR FINAL 2021/2022 – 4 etapas:
Tetracampeã: Sol Aguirre (PER) – 2.800 pontos
2.a: Laura Raupp (BRA) – 2.300
3.a: Tainá Hinckel (BRA) – 2.250
4.a: Daniella Rosas (PER) – 1.550
5.a: Arena Rodriguez Vargas (PER) – 1.500
5.a: Kalea Gervasi (PER) – 1.500
5.a: Naire Marquez (BRA) – 1.500

TOP-10 DO QS REGIONAL 2022/2023 – 10 etapas:
1.o: Miguel Tudela (PER) – 14.000 pontos
2.o: Ian Gouveia (BRA) – 6.248
3.o: Rafael Teixeira (BRA) – 5.763
4.o: Ryan Kainalo (BRA) – 5.507
5.o: José Gundesen (ARG) – 5.380
6.o: Guillermo Satt (CHL) – 5.040
7.o: João Chianca (BRA) – 4.900
8.o: Heitor Mueller (BRA) – 4.727
9.o: Weslley Dantas (BRA) – 4.673
10.o: Edgard Groggia (BRA) – 4.342

TOP-10 DO QS REGIONAL 2022/2023 – 9 etapas:
1.a: Daniella Rosas (PER) – 7.600 pontos
2.a: Dominic Barona (EQU) – 6.167
3.a: Sol Aguirre (PER) – 6.075
4.a: Isabelle Nalu (BRA) – 5.407
5.a: Melanie Giunta (PER) – 4.855
6.a: Arena Rodriguez Vargas (PER) – 4.660
7.a: Silvana Lima (BRA) – 4.371
8.a: Sophia Medina (BRA) – 4.242
9.a: Genesis Garcia (EQU) – 4.013
10.a: Summer Macedo (BRA) – 3.632

TOP-5 DO LONGBOARD 2022/2023 – 2 etapas:
1.o: Piccolo Clemente (PER) – 1.500 pontos
2.o: Sebastian Cardenas Aguirre (PER) – 1.450
3.o: Rodrigo Sphaier (BRA) – 1.000
3.o: Carlos Bahia (BRA) – 1.000
5.o: Julian Schweizer (URU) – 850

TOP-5 DO LONGBOARD 2022/2023 – 2 etapas:
1.a: Chloé Calmon (BRA) – 2.000 pontos
2.a: Maria Fernanda Reyes (PER) – 1.600
3.a: Ana Camila Kaspar (PER) – 1.000
4.a: Monique Pontes (BRA) – 850
5.a: Atalanta Batista (BRA) – 650
5.a: Constanza Escarate (CHL) – 650

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WSL: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.

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