Sophia Medina, Ian Gouveia e Edgard Groggia nas semifinais do Ballito Pro na África do Sul

By João Carvalho | 7 de julho de 2024 | noticias, principal

BALLITO, KwaDukuza, KwaZulu-Natal / África do Sul (Domingo, 7 de julho) – O Ballito Pro apresentado por O´Neill vai decidir os títulos da terceira etapa do World Surf League (WSL) Challenger Series 2024 no último dia do seu prazo na África do Sul. Três surfistas do Brasil passaram para as semifinais nas ondas do domingo em Ballito. Ian Gouveia e Edgard Groggia vão se enfrentar na primeira bateria e Sophia Medina também vai abrir as semifinais com a francesa Vahine Fierro, do Taiti. A previsão é iniciar a batalha por vagas nas finais às 8h30 da segunda-feira na África do Sul, 3h30 da madrugada no Brasil, ao vivo no WorldSurfLeague.com.

A única baixa do Brasil no domingo foi Luana Silva. Ela competiu no primeiro duelo do dia, o penúltimo das oitavas de final, não achando boas ondas para mostrar o seu surfe. A brasileira perdeu por 12,23 a 6,60 pontos para a surfista do País Basco, Nadia Erostarbe, que depois foi barrada pela californiana Bella Kenworthy nas quartas de final. Nadia permanece em quarto lugar no ranking, mas Luana já saiu do grupo das top-5 que vão completar a elite do World Surf League Championship Tour em 2025. A francesa Vahine Fierro tirou a vaga da brasileira e será a adversária da Sophia Medina nas semifinais.

Luana Silva (Photo by Pierre Tostee/World Surf League)

A irmã do tricampeão mundial, Gabriel Medina, entrou no mar logo após Vahine Fierro fazer os recordes femininos do Ballito Pro, contra a líder do ranking, Isabella Nichols, da Austrália. A francesa venceu por 17,00 pontos, somando a nota 8,00 da sua primeira onda, com 9,00 da última. A bateria da Sophia Medina com a australiana Ellie Harrison foi dominada pela brasileira. A combinação de duas manobras fortes de frontside nas direitas de Ballito, funcionou novamente para Sophia vencer por 10,90 a 9,00 pontos. Com a passagem para as semifinais, ela já subiu do 18.o para o 11.o lugar no ranking.

“Estou sem acreditar que estou na semifinal do Challenger Series”, disse Sophia Medina“Estou sem palavras e só tenho que agradecer a Deus, porque ele vem me sustentando até aqui. Às vezes, o oceano vai do seu lado, às vezes não, mas Deus tem me dado calma e sei que a vontade Dele é melhor do que a minha. Foi uma bateria difícil, a Ellie (Harrison) é uma ótima competidora, então só tenho que agradecer a Deus por estar me dando força e me capacitando pra passar minhas baterias. Obrigado pela torcida galera do Brasil, minha família, meu pai que está aqui comigo e vamos nessa”.

Sophia Medina (Photo by Pierre Tostee/World Surf League)

Nas quartas de final masculinas, Edgard Groggia selou a primeira vitória brasileira sobre o Japão com um aéreo full rotation incrível de frontside numa direita em Ballito, voando muito alto e aterrissando com perfeição, na base da onda. Os juízes deram nota 9,00 para a manobra espetacular, que somou com o 6,07 recebido na onda anterior e totalizou 15,07 pontos contra Keijiro Nishi, que ninguém conseguiu ultrapassar no domingo. Assim como Sophia Medina, é a primeira vez que Ed Groggia chega as semifinais no Challenger Series.

“Estou muito feliz com tudo que está acontecendo comigo, Deus tem sido maravilhoso comigo, não só hoje, mas sempre na minha vida e estar aqui fazendo boas baterias nesses dias que fiquei doente, só mostra o quanto Deus tem um propósito na minha vida”, disse Edgard Groggia“Quero agradecer a todos que estão comigo aqui na praia, com os brasileiros que estão torcendo, todo mundo em casa, meus patrocinadores e toda a equipe que está por trás, fazendo tudo isso acontecer. Agradecer minha família e é isso, tamo junto”.

Edgard Groggia (Photo by Pierre Tostee/World Surf League)

TOP-10 DOMINADO – Com a passagem para as semifinais, Edgard Groggia passou a ser o sexto brasileiro entre os top-10 do ranking, grupo que o Challenger Series classifica para a elite mundial do World Surf League Championship Tour. Ele chegou na África do Sul em 34.o lugar e já aparece na nona posição. Depois dessa etapa, metade das vagas estará ocupada por brasileiros. Isso porque o vencedor da segunda semifinal, entre o norte-americano Nolan Rapoza e o australiano Winter Vincent, vai tirar Miguel Pupo da décima colocação.

No momento, o irmão mais jovem do MiguelSamuel Pupo, permanece na frente do ranking e só Ian Gouveia poderá assumir a liderança, se passar pela semifinal brasileira com Edgard Groggia. Além dos dois, o ex-vice-líder, Alejo Muniz, pode perder o terceiro lugar se Ed Groggia vencer o Ballito Pro apresentado por O´Neill nesta segunda-feira. Ainda tem Michael Rodrigues garantido entre os top-10. Ele chegou na África na rabeira da lista e perdeu nas oitavas de final, mas subiu para o sétimo lugar.

BRASIL 2 X 0 JAPÃO – Ian Gouveia confirmou a semifinal verde-amarela contra o japonês Hiroto Ohhara, que tem uma vitória importante no currículo, no tradicional US Open of Surfing em Huntington Beach, na Califórnia, próxima parada do Challenger Series. Hiroto e Ed Groggia são os únicos surfistas até agora, a entrar no grupo dos top-10 na etapa sul-africana. Dessa vez, Ian não usou os aéreos, mas sim as manobras de borda com seu backside nas direitas de Ballito, para vencer por 13,00 a 9,23 pontos.

Ian Gouveia (Photo by Pierre Tostee/World Surf League)

“Estou amarradão de ter avançado pra semifinal, realmente é um resultado superimportante e a bateria com o Hiroto (Ohhara), eu sabia que ia ser difícil”, disse Ian Gouveia“Ele é danado, eu nunca tinha vencido ele, então estou amarradão de ter ganho essa bateria. Amanhã (segunda-feira) promete ser um grande dia e espero terminar no topo”.

Após as duas vitórias brasileiras sobre dois surfistas do Japão, o norte-americano Nolan Rapoza despachou o havaiano Jackson Bunch, que ainda é o recordista absoluto do Ballito Pro esse ano, com a nota 9,60 e os 18,27 pontos que conseguiu na sexta-feira. E na última bateria, o australiano Winter Vincent barrou o francês Justin Becret. Winter está participando pela primeira vez do Challenger Series e já pode entrar nos top-10 nesta etapa que fecha a primeira metade da temporada. Quem vencer esse duelo, tira Miguel Pupo da lista.

Winter Vincent (Photo by Kody McGregor/World Surf League)

Ballito Pro realiza a terceira etapa do Challenger Series 2024 com patrocínios da O´Neill, KwaDukuza Municipality, Surfing South Africa, Corona, The North Coast Courier, Monster Energy, SMF, Coca-Cola e está sendo transmitido ao vivo da África do Sul pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo da WSL.

SEMIFINAIS DO BALLITO PRO NA ÁFRICA DO SUL:

CATEGORIA FEMININA – 3.o lugar com US$ 5.000 e 6.085 pontos:
1.a: Vahine Fierro (FRA) x Sophia Medina (BRA)
2.a: Tessa Thyssen (FRA) x Bella Kenworthy (EUA)

CATEGORIA MASCULINA – 3.o lugar com US$ 5.000 e 6.085 pontos:
1.a: Ian Gouveia (BRA) x Edgard Groggia (BRA)
2.a: Nolan Rapoza (EUA) x Winter Vincent (AUS)

RESULTADOS DO DOMINGO NA ÁFRICA DO SUL:

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 2.500 e 3.320 pontos:
—–as 6 primeiras baterias foram no sábado
7.a: Nadia Erostarbe (ESP) 12,23 x 6,60 Luana Silva (BRA)
8.a: Bella Kenworthy (EUA) 10,60 x 9,27 Francisca Veselko (POR)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pontos:
1.a: Vahine Fierro (FRA) 17,00 x 11,03 Isabella Nichols (AUS)
2.a: Sophia Medina (BRA) 10,90 x 9,00 Ellie Harrison (AUS)
3.a: Tessa Thyssen (FRA) 12,83 x 12,43 Sally Fitzgibbons (AUS)
4.a: Bella Kenworthy (EUA) 13,07 x 7,83 Nadia Erostarbe (ESP)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pontos:
1.a: Edgard Groggia (BRA) 15,07 x 6,37 Keijiro Nishi (JPN)
2.a: Ian Gouveia (BRA) 13,00 x 9,23 Hiroto Ohhara (JPN)
3.a: Nolan Rapoza (EUA) 14,17 x 9,70 Jackson Bunch (HAV)
4.a: Winter Vincent (AUS) 13,53 x 9,66 Justiin Becret (FRA)

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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications – ggontijo@worldsurfleague.com


SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) é a casa do surf competitivo no planeta, coroando campeões mundiais desde 1976, apresentando os melhores surfistas do mundo. A WSL supervisiona o cenário competitivo global do surf e estabelece o padrão para o desempenho de alta performance no ambiente mais dinâmico de todos os esportes. Com um firme compromisso com os seus valores, a WSL prioriza a proteção do oceano, a igualdade de gêneros e a rica herança do esporte, ao mesmo tempo que destaca a progressão e a inovação.Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.


 

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