Brasileiros chegam em maioria no sábado do Red Nose Pro Florianópolis SC
By João Carvalho | 23 de outubro de 2015 | noticias
Finalmente a chuva deu uma trégua na Ilha de Santa Catarina, mas a sexta-feira amanheceu com ondas muito pequenas e a terceira fase do QS 6000 Red Nose Pro Florianópolis SC só foi iniciada as 13h30, quando o mar deu uma reagida na Praia do Santinho. A programação era realizar as doze baterias até as 19h30, mas a última ficou para abrir o sábado por falta de luminosidade. Entre os 44 surfistas de 13 países que competiram, os brasileiros conquistaram a maioria das 22 vagas para disputar classificação para as oitavas de final. Foram oito contra quatro surfistas da Austrália, quatro dos Estados Unidos, um da França, um do Japão, um da Argentina, um do Uruguai, um da Costa Rica e um de Guadalupe.
Os finalistas da etapa catarinense do WSL Qualifying Series no ano passado, disputada na Praia da Joaquina, foram dois que triunfaram nas pequenas ondas de 2 pés, mas com boa formação na Praia do Santinho. Ambos passaram em segundo lugar nas suas baterias. O argentino Santiago Muniz conseguiu a classificação na onda que surfou no minuto final do confronto vencido pelo francês Paul Cesar Distinguin. E o defensor do título, Michael Rodrigues, passou na bateria 100% verde-amarela despachando dois campeões brasileiros, Renato Galvão e David do Carmo, na bateria que o baiano Bino Lopes liderou de ponta a ponta.
“Eu sabia que ia ser uma bateria bastante difícil contra três brasileiros de alto nível, muito competitivos”, destacou Bino Lopes. “O Michael (Rodrigues) quebrou na segunda fase, fez uma das melhores apresentações aqui, o David (do Carmo) dispensa comentários, o Renato (Galvão) bicampeão brasileiro, mas entrei na bateria com a estratégia de pegar duas ondas boas logo no começo que deu certo. A prancha tava muito boa, eu conseguia colocar ela onde queria e fui feliz de fazer um 5,5 na primeira onda e menos de cinco minutos depois já consegui um 7,77. Depois disso eu peguei a prioridade (de escolha da próxima onda) e fiquei com ela o tempo todo para tentar trocar o 5,5. No final da bateria, veio uma outra esquerda boa pra mim que rendeu duas manobras e uma na junção pra tirar outro 7,0 pra vencer”.
O cearense Michael Rodrigues é o 11.o na lista dos dez indicados pelo ranking do Qualifying Series para completar a elite dos top-34 da World Surf League que vai disputar o título mundial no ano que vem. Ele precisa chegar nas semifinais do Red Nose Pro Florianópolis SC para entrar na zona de classificação e deu mais um passo importante na sexta-feira. O cearense mora em Florianópolis e ainda tem que passar mais três baterias para atingir o seu objetivo na Praia do Santinho. Seu primeiro desafio no sábado será contra dois australianos, Garrett Parkes e Stu Kennedy, que também está na briga direta pelas últimas vagas para o WCT, apenas quatro posições abaixo de Michael Rodrigues no WSL Qualifying Series.
“Foi mais uma bateria difícil e estou surfando cada uma como se fosse a última da minha vida, tentando fazer o meu melhor, sem me preocupar com a condição do mar”, disse Michael Rodrigues, que segue na busca pelo bicampeonato na etapa catarinense do WSL Qualifying Series. “Passei agora por um desafio muito difícil, a condição do mar não está fácil e só quero seguir bateria por bateria, pois tem muita coisa pela frente ainda para pensar em bicampeonato ou classificação para o WCT”.
DESTAQUES DO DIA – Apesar das condições difíceis do mar, a sexta-feira começou com o norte-americano Kanoa Igarashi achando uma boa onda para aplicar uma série de três manobras explosivas para arrancar nota 9,5 dos juízes. Na disputa pela segunda vaga para a quarta fase do Red Nose Pro Florianópolis SC, o catarinense Caetano Vargas também teve um bom início e despachou os outros dois estrangeiros da bateria, o australiano Connor O´Leary e o francês Nomme Mignot.
“Ficamos esperando a manhã inteira para competir, mas acho que tomaram a decisão certa, porque as condições do mar melhoraram bastante agora no início da tarde”, aprovou Kanoa Igarashi, que ocupa a sétima posição no ranking e garante a classificação para o WCT se chegar na grande final em Florianópolis. “Eu estou tendo um ótimo ano, o melhor da minha vida. Senti que estava surfando bem, mas sem muita confiança. Só que tudo mudou depois dessa bateria e estou bem confiante agora. Estou usando a mesma prancha que eu venci o QS 3000 da Virginia (EUA), ela está andando bem aqui e vamos ver até onde posso ir no campeonato”.
ATLETA RED NOSE – Na segunda bateria, o atleta da Red Nose, Deivid Silva, bicampeão sul-americano Pro Junior em 2014 e 2015, conquistou a primeira vitória brasileira da sexta-feira com o segundo ‘high-score’ (nota alta) do dia, 8,73. O número 5 do ranking, Alex Ribeiro, um dos três brasileiros que já estão garantidos no WCT pelo WSL Qualifying Series, não conseguia achar as ondas, mas no último minuto pegou uma que abriu a parede para ele mostrar o que sabe e acabou tirando a segunda vaga do havaiano Granger Larsen. A dobradinha brasileira também eliminou o australiano Nathan Hedge, que por muitos anos fez parte da elite mundial do WCT.
“Estou muito feliz por ter começado bem a bateria e depois ter achado uma boa esquerda pra tirar uma nota 8,73. A prioridade (de escolha da próxima onda) era do Alex (Ribeiro), mas ele acabou remando pra direita e sobrou essa onda pra mim que praticamente decidiu minha classificação”, disse Deivid Silva, que é patrocinado pela Red Nose. “Eu acho que a marca me dá um pouco de sorte. Quando eu disputei o Red Nose Pro Junior em Baía Formosa (RN) no ano passado eu ainda não era patrocinado por eles, aí fui campeão derrotando o local da cidade na final, o Italo Ferreira, que agora está no WCT. Quem sabe isso se repete aqui, mas agora é zerar o que já aconteceu e ir pra próxima bateria tentar surfar bem de novo”.
No terceiro confronto do dia, o pernambucano Ian Gouveia enfrentou três estrangeiros e perdeu por pouco para o japonês Hiroto Ohhara, 11,27 a 10,83 pontos, a briga pelo segundo lugar na bateria que o australiano Davey Cathels totalizou 15,04 pontos com a nota 8,17 da sua melhor onda. Cathels é outro forte concorrente para ingressar no G-10 do QS no Red Nose Pro Florianópolis SC. Ele está apenas duas posições abaixo de Michael Rodrigues na porta de entrada da zona de classificação para o WCT, precisando chegar nas quartas de final na Praia do Santinho para tirar a vaga do francês Maxime Huscenot, eliminado na quinta-feira.
“As ondas estão bem difíceis, então é necessário ter paciência para escolher as melhores das séries”, disse Davey Cathels. “Eu fiz um treino antes do campeonato começar, então eu já sabia onde me posicionar no mar e quais as ondas pegar. Surfei umas boas que ficaram mais em pé para fazer as manobras e estou feliz por ter avançado para a próxima fase. De manhã, as ondas não estavam encaixando na bancada, então foi legal ter esperado até o início da tarde, porque agora tem mais picos quebrando e ficou mais fácil de encontrar as ondas”.
MAIORIA BRASILEIRA – Os brasileiros conseguiram a maioria das vagas disputadas na sexta-feira e também venceram mais baterias, quatro das doze disputadas. Deivid Silva foi o primeiro a sair do mar em primeiro lugar logo no segundo confronto do dia. Depois, o capixaba Krystian Kymerson venceu a quarta bateria, o baiano Bino Lopes ganhou a oitava só entre brasileiros e o cearense Heitor Alves foi o melhor na décima e penúltima do dia. Os australianos comemoraram duas vitórias, com Davey Cathels na terceira bateria e Stu Kennedy na nona. Os norte-americanos também venceram duas, com Kanoa Igarashi e Conner Coffin.
Os outros que passaram em primeiro nas suas foram o francês Paul Cesar Distinguin, Timothee Bisso da Ilha Guadalupe e Noe Mar McGonagle da Costa Rica, que fechou a sexta-feira já quase escurecendo na Praia do Santinho. A última bateria da terceira fase ficou para abrir o sábado, com a primeira chamada às 7h30 para o francês Joan Duru e os norte-americanos Patrick Gudauskas, Michael Dunphy e Cory Arrambide, disputarem as duas últimas vagas para a rodada classificatória para as oitavas de final do QS 6000 apresentado pelo Resort Costão do Santinho no extremo norte da Ilha de Santa Catarina.
O QS 6000 Red Nose Pro 15 Florianópolis SC tem o patrocínio master da Red Nose, com apresentação do Costão do Santinho Resort Golf & Spa, patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte e FUNDESPORTE, copatrocínio da Prefeitura de Florianópolis e Fundação Municipal de Esportes e apoio de Mini Kalzone. O evento é homologado pela WSL South America e organizado pela Federação Catarinense de Surf (FECASURF) com apoio da Associação de Surf Ingleses e Santinho (ASIS), divulgação oficial do site Waves e Revista Fluir, com transmissão ao vivo pelo www.worldsurfleague.com
SOBRE A RED NOSE – A Red Nose foi criada em 1996, quando o idealizador da marca conheceu o Pitbull Red Nose, o “puro pitbull”, uma raça até então pouco conhecida. Foi inspirada na agilidade, força, atitude e coragem deste animal que nasceu a Red Nose, uma das marcas mais Xtremes do mundo, dos esportes de ação mais intensos e radicais. Começou apoiando as lutas de Jiu Jitsu e MMA, depois outras modalidades como o Big Surf, Skate, Caiaque, Paraquedismo, Motocross e Motorsports, se incorporaram ao team Red Nose Xtreme. Em 2014 promoveu o seu primeiro evento internacional de surf, o Red Nose Pro Junior em Baía Formosa (RN), agora estreia no calendário mundial do World Surf League Qualifying Series com a etapa do QS 6000 em Florianópolis (SC).
PERNA BRASILEIRA – Depois do Red Nose Pro Florianópolis SC abrir a “perna brasileira” de fim de ano da WSL South America na Praia do Santinho, na próxima semana tem outra etapa do QS 6000 na Bahia, o já tradicional Mahalo Surf Eco Festival do dia 27 a 1.o de novembro na Praia da Tiririca, em Itacaré. Já a última parada antes do encerramento da temporada na Tríplice Coroa Havaiana, será novamente na etapa do QS 10000 de São Sebastião, marcada para os dias 2 a 8 de novembro na Praia de Maresias, no litoral norte de São Paulo.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – a World Surf League (WSL) organiza as competições anuais de surfe profissional e as transmissões ao vivo de cada etapa pelo worldsurfleague.com, com todo o drama e aventura do surfe competitivo em qualquer lugar e na hora que acontecer. As sanções da WSL são para os circuitos: World Surf League Championship Tour (CT), que define os campeões mundiais da temporada, Qualifying Series (QS), Big Wave Tour, Longboard e Pro Junior. A organização da WSL está sediada em Santa Monica, Califórnia, com escritório comercial em Nova York, além de sete escritórios regionais de apoio na organização dos eventos, na América do Norte, Havaí, América do Sul, Europa, Austrália, África e Ásia.
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João Carvalho – WSL South America Media Manager
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Assessoria de Imprensa do Red Nose Pro 15 Florianópolis SC:
Fabio Maradei – (13) 98128-9529 – contato@fmanoticias.com.br
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QUARTA FASE – 1.o e 2.o=Oitavas de Final / 3.o=17.o lugar com 1.050 pontos e US$ 2.000 de prêmio:
1.a: Kanoa Igarashi (EUA), Hiroto Ohhara (JPN), Deivid Silva (BRA)
2.a: Alex Ribeiro (BRA), Davey Cathels (AUS), Caetano Vargas (BRA)
3.a: Conner Coffin (EUA), Santiago Muniz (ARG), Krystian Kymerson (BRA)
4.a: Jessé Mendes (BRA), Paul Cesar Distinguin (FRA), Marco Giorgi (URY)
5.a: Evan Geiselman (EUA), Bino Lopes (BRA), Timothee Bisso (FRA)
6.a: Michael Rodrigues (BRA), Stu Kennedy (AUS), Garrett Parkes (AUS)
7.a: Noe Mar McGonagle (CRI), Heitor Alves (BRA), 2.o da 12.a bateria da 3.a fase
8.a: Michael Wright (AUS), Ian Crane (EUA), 1.o da 12.a bateria da 3.a fase
TERCEIRA FASE – 3.o=25.o lugar (US$ 1.300 e 700 pontos) / 4.o=37.o lugar (US$ 1.200 e 650 pts):
1.a: 1-Kanoa Igarashi (EUA), 2-Caetano Vargas (BRA), 3-Connor O´Leary (AUS), 4-Nomme Mignot (FRA)
2.a: 1-Deivid Silva (BRA), 2-Alex Ribeiro (BRA), 3-Granger Larsen (HAV), 4-Nathan Hedge (AUS)
3.a: 1-Davey Cathels (AUS), 2-Hiroto Ohhara (JPN), 3-Ian Gouveia (BRA), 4-Dylan Lightfoot (AFR)
4.a: 1-Krystian Kymerson (BRA), 2-Marco Giorgi (URY), 3-Nathan Yeomans (EUA), 4-Hizunomê Bettero (BRA)
5.a: 1-Conner Coffin (EUA), 2-Jessé Mendes (BRA), 3-Leonardo Fioravanti (ITA), 4-Yuri Gonçalves (BRA)
6.a: 1-Paul Cesar Distinguin (FRA), 2-Santiago Muniz (ARG), 3-Thiago Camarão (BRA), 4-Dimitri Ouvre (BLM)
7.a: 1-Timothee Bisso (GLP), 2-Garrett Parkes (AUS), 3-Wade Carmichael (AUS), 4-José Ferreira (PRT)
8.a: 1-Bino Lopes (BRA), 2-Michael Rodrigues (BRA), 3-Renato Galvão (BRA), 4-David do Carmo (BRA)
9.a: 1-Stu Kennedy (AUS), 2-Evan Geiselman (EUA), 3-Dion Atkinson (AUS), 4-Brent Dorrington (AUS)
10: 1-Heitor Alves (BRA), 2-Michael Wright (AUS), 3-Lucas Silveira (BRA), 4-Medi Veminardi (REU)
11: 1-Noe Mar McGonagle (CRI), 2-Ian Crane (EUA), 3-Leandro Usuna (ARG), 4-Rafael Teixeira (BRA)
———-bateria que ficou para abrir o sábado:
12: Joan Duru (FRA), Patrick Gudauskas (EUA), Michael Dunphy (EUA), Cory Arrambide (EUA)
Tags:Bino Lopes, Davey Cathels, Deivid Silva, featured, Heitor Alves, Kanoa Igarashi, Krystian Kymerson, Michael Rodrigues, Praia do Santinho, QS 6000, Red Nose Pro Florianópolis SC, Santa Catarina, Santiago Muniz, World Surf League, WQS, WSL Qualifying Series, WSL South America