Chloé Calmon salva a pátria no Noosa Longboard Open
By João Carvalho | 9 de março de 2019 | noticias, principal
A carioca Chloé Calmon é a esperança do Brasil e da América do Sul para largar na frente na corrida pelos títulos mundiais de Longboard no novo circuito da World Surf League que está sendo implantado esse ano. Ela foi a única a passar para as quartas de final do Noosa Longboard Open, que no sábado foi transferido para outra praia, Castaways, em Sunshine Coast, onde rolavam ondas melhores de 2-3 pés do que no palco principal em Noosa. Chloé se classificou depois do bicampeão mundial Phil Rajzman, Rodrigo Sphaier e Atalanta Batista, serem eliminados em nono lugar nas oitavas de final. A decisão dos títulos será neste domingo, com a primeira chamada as 6h00 na Austrália, 17h00 do sábado no fuso de Brasília.
Em Noosa está sendo inaugurado um novo formato para a categoria disputada em pranchões, como os usados no início da história do surfe. Esta é a primeira das quatro etapas programadas para o World Surf League Longboard Championship Tour 2019 e isso animou muitos atletas, pois nos últimos anos os títulos mundiais vinham sendo decididos em apenas um evento. Chloé Calmon foi vice-campeã duas vezes e admitiu que a pressão era grande. Agora, está mais confiante em ter mais etapas para construir resultados em busca do inédito título mundial feminino de Longboard para o Brasil e para a América do Sul.
“Este vai ser um ano muito empolgante para o Longboard”, disse Chloé Calmon. “Eu acho que um circuito com quatro etapas ao invés de uma só, fará com que cada evento seja um pouco mais tranquilo, sem tanta pressão pelo único resultado que valia o título, a vitória. Foi uma pena hoje (sábado) termos saído do First Point em Noosa para cá, já que lá é uma onda ‘world class’ perfeita para o Longboard. Mas, se você quer ser campeã mundial, precisa estar preparada para surfar em qualquer condição e em qualquer tipo de onda, então tudo bem e estou feliz por me classificar para as quartas de final”.
A carioca era a última chance para o Brasil seguir na briga pelo título do Noosa Longboard Open. A condição do mar estava difícil para competir, mas as notas 5,67 e 5,60 recebidas em suas melhores combinações das manobras tradicionais dos pranchões com batidas e rasgadas, foram suficientes para despachar a australiana Tully White por 11,27 a 7,50 pontos. Chloé Calmon vai disputar a segunda vaga para as semifinais com a havaiana Kirra Seale, que surpreendeu ao derrotar a defensora do título mundial, Soleil Errico, dos Estados Unidos. Foi outra bateria fraca de ondas, encerrada em 10,03 a 8,00 pontos apenas.
Antes da única vitória brasileira do sábado, a tricampeã sul-americana da WSL South America, Atalanta Batista, tinha acabado de perder o outro confronto direto contra a Austrália nas oitavas de final. A pernambucana não conseguiu achar boas ondas para mostrar todo o seu potencial e foi batida igualmente por um baixo placar de 10,40 a 7,20 pontos. Atalanta começa o Circuito Mundial de Longboard em nono lugar no ranking da World Surf League com 1.550 pontos e recebeu 1.000 dólares pelo resultado na Austrália.
IGUALDADE – Este é o primeiro campeonato do ano com a premiação das mulheres igual a dos homens, uma iniciativa inédita da WSL para a categoria feminina, que será utilizada em todos os eventos promovidos diretamente pela Liga, como as etapas do Championship Tour. Os brasileiros Phil Rajzman e Rodrigo Sphaier, que também disputaram as oitavas de final no sábado, receberam os mesmos 1.000 dólares pelo nono lugar e marcaram 1.550 pontos no primeiro ranking do World Surf League Longboard Championship Tour (WLT) em 2019.
O carioca Phil Rajzman foi o primeiro a competir nas ondas de Castaways, em Sunshine Coast. O bicampeão mundial enfrentou o defensor do título e a maior nota que conseguiu foi 5,03. O sul-africano Steven Sawyer também ganhou uma nota 5,00 em sua segunda onda e na última confirmou a vitória por 11,27 a 10,00 com o 6,27 que recebeu. Ele se salvou nessa, tirando a classificação do brasileiro neste confronto de campeões mundiais.
O saquaremense Rodrigo Sphaier também quase avançou para as quartas de final na bateria liderada desde o início pela nota 6,33 do norte-americano Tony Silvagni em sua primeira onda. Logo o californiano surfou outra onda boa que valeu 5,23 para totalizar 11,56 pontos que lhe garantiram a vitória. O brasileiro reagiu ganhando a maior nota da bateria, 6,43, tendo a chance de superar o americano em sua última onda, no entanto os juízes deram 4,67 e ele precisava de um pouco a mais, 5,13. Com isso, foi derrotado por 11,56 a 11,10 pontos.
O Noosa Longboard Open está sendo transmitido ao vivo da Austrália pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo da WSL. A primeira chamada do último dia foi marcada para as 6h00 do domingo em Queensland, 17h00 do sábado em Brasília.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.
A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.
Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensesn, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.
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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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QUARTAS DE FINAL DO NOOSA LONGBOARD OPEN:
CATEGORIA FEMININA – 5.o lugar com 2.650 pts e US$ 1.250:
1.a: Tory Gilkerson (EUA) x Emily Lethbridge (AUS)
2.a: Chloe Calmon (BRA) x Kirra Seale (HAV)
3.a: Rachael Tilly (EUA) x Minami Koyama (JPN)
4.a: Honolua Blomfield (HAV) x Alice Lemoigne (FRA)
CATEGORIA MASCULINA – 5.o lugar com 2.650 pts e US$ 1.250:
1.a: Taylor Jensen (EUA) x Nic Jones (AUS)
2.a: Steven Sawyer (AFR) x Josh Constable (AUS)
3.a: Kaniela Stewart (HAV) x Harrison Roach (AUS)
4.a: Tony Silvagni (EUA) x Justin Quintal (EUA)
RESULTADOS DO SÁBADO NA AUSTRÁLIA:
OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com 1.550 pts e US$ 1.000:
1.a: Tory Gilkerson (EUA) 12.56 x 9.13 Lindsay Steinriede (EUA)
2.a: Emily Lethbridge (AUS) 10.40 x 7.20 Atalanta Batista (BRA)
3.a: Chloe Calmon (BRA) 11.27 x 7.50 Tully White (AUS)
4.a: Kirra Seale (HAV) 10.03 x 8.00 Soleil Errico (EUA)
5.a: Rachael Tilly (EUA) 10.07 x 7.20 Kaitlin Mikkelsen (EUA)
6.a: Minami Koyama (JPN) 8.73 x 4.50 Mason Schremmer (EUA)
7.a: Alice Lemoigne (FRA) 11.10 x 8.13 Kelia Moniz (HAV)
8.a: Honolua Blomfield (HAV) 14.16 x 8.50 Mahina Akaka (EUA)
OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com 1.550 pts e US$ 1.000:
1.a: Nic Jones (AUS) 13.16 x 10.73 Kaimana Takayama (EUA)
2.a: Taylor Jensen (EUA) 14.10 x 13.93 Edouard Delpero (FRA)
3.a: Josh Constable (AUS) 12.74 x 9.50 Nicholas Brewer (AUS)
4.a: Steven Sawyer (AFR) 11.27 x 10.00 Phil Rajzman (BRA)
5.a: Kaniela Stewart (HAV) 12.17 x 11.23 Clinton Guest (AUS)
6.a: Harrison Roach (AUS) 13.77 x 11.87 Kai Sallas (HAV)
7.a: Tony Silvagni (EUA) 11.56 x 11.10 Rodrigo Sphaier (BRA)
8.a: Justin Quintal (EUA) 15.34 x 11.34 Cole Robbins (EUA)
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