Medina e Filipe seguem na briga do título mundial de 2016 em Portugal
By João Carvalho | 20 de outubro de 2016 | noticias
O havaiano John John Florence e Gabriel Medina venceram as primeiras eliminatórias do Meo Rip Curl Pro Portugal na quinta-feira e seguem disputando a liderança do ranking na prova que fecha a “perna europeia” do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour. Foram realizadas apenas cinco baterias nas condições muito inconsistentes do mar em Supertubos e Filipe Toledo ganhou a última do dia. Ele é o campeão dessa etapa e está na luta do título da temporada. Florence e Medina são os principais concorrentes e a surpresa foi a derrota do número 3, Matt Wilkinson, que saiu da briga com o último lugar em Portugal. Agora são oito com chances matemáticas de ganhar o novo troféu de campeão da World Surf League.
As duas primeiras baterias foram bem fracas de ondas, mas os líderes do ranking confirmaram o favoritismo. O número 1 do Jeep WSL Leader, John John Florence, conseguiu duas notas médias, pegando um tubo limpo numa onda e manobrando forte em outra, para somar 10,54 pontos. O português Miguel Blanco ficou com 8,60 e recebeu 9.000 dólares pela participação no Meo Rip Curl Pro, a primeira da sua carreira em etapas do CT.
“Essa era uma bateria superimportante e fiquei bem nervoso nestes dois dias, esperando as chamadas para ver se ia competir ou não, já que a minha era a primeira”, contou John John Florence. “Fiquei contente que esperaram (a comissão técnica) até hoje (quinta-feira), mas as condições estão muito difíceis ainda. Espero que melhore à tarde, mas agora foi bem difícil competir e estou feliz por conseguir avançar para a próxima fase”.
O vice-líder do ranking, Gabriel Medina, teve uma bateria bem mais disputada com Ryan Callinan e ganhou por pouco do australiano para seguir vivo na disputa pelo bicampeonato mundial. Para levar a decisão do título para o Billabong Pipe Masters no Havaí, Medina precisa chegar nas quartas de final do Meo Rip Curl Pro Portugal. Ele tentou os aéreos em Supertubos, mas não conseguiu completar os maiores e usou as manobras de borda para avançar para a terceira fase na quinta-feira de condições difíceis para competir em Peniche.
“Foi muito difícil, eu só tinha ondas ruins, mas felizmente foi o suficiente para vencer a bateria, que era o que eu precisava mesmo”, disse Gabriel Medina, após a vitória por uma pequena diferença de 9,84 a 9,43 pontos. “Todos que estão aqui competindo são muito bons, podem fazer aéreos, pegar tubos e fazer grandes manobras, então estou apenas tentando fazer o meu melhor nas minhas ondas e estou feliz por estar na terceira fase”.
MELHOR DO DIA – As condições do mar estavam difíceis, mas o francês Jeremy Flores achou dois tubaços incríveis em Supertubos logo no início da terceira bateria do dia. O primeiro foi mais longo e fechou a onda com um floater para ganhar nota 9,0 dos juízes. Rapidamente, ele pegou outro tubo semelhante para totalizar o maior placar do dia, 17,00 pontos. Jeremy é um dos últimos do ranking e enfrentava o número 3, Matt Wilkinson, que liderou a corrida do título em sete das nove etapas disputadas. Só que as ondas que vieram para o francês, não apareceram mais e o australiano acabou saindo da disputa pelo troféu de campeão mundial com a eliminação em último lugar no Meo Rip Curl Pro Portugal.
“Eu só tive muita sorte de as ondas terem vindo para mim”, disse Jeremy Flores, que no momento está garantindo sua permanência na elite entre os dez indicados pelo ranking do WSL Qualifying Series. “As ondas vieram para mim, eu só remei e botei pra dentro, foi muita sorte, só isso. Tenho certeza que se o Wilko (Matt Wilkinson) pegasse aquelas ondas, também teria feito o mesmo ou até melhor. Eu não ganhava uma bateria no CT há muito tempo e tudo que estou querendo agora é não terminar em último no ranking”.
Depois da apresentação dos três ponteiros do Jeep WSL Ranking, entrou o número 6, Julian Wilson, contra um brasileiro que também está brigando na parte de baixo da tabela de classificação. Foi mais uma bateria muito fraca de ondas e o australiano levou a melhor sobre um dos estreantes na elite do CT esse ano, Alex Ribeiro. Foi o placar mais baixo do dia, 8,33 a 6,73 pontos. Julian Wilson segue na briga do título mundial e já venceu a etapa portuguesa em 2012, tirando a vitória de Gabriel Medina na onda surfada no último minuto.
NOVO PAPAI – Quem também segue vivo na disputa pelo caneco de melhor surfista do mundo é Filipe Toledo, que defende o título do Meo Rip Curl Pro conquistado na final verde-amarela com Italo Ferreira no ano passado. Filipinho acaba de se tornar papai. Sua filha nasceu nos Estados Unidos em 19 de outubro de 2016, enquanto ele estava em Portugal num dia sem competição em Peniche, por causa das condições desfavoráveis do mar na quarta-feira. Em sua primeira bateria como papai, ele achou um tubo e usou os aéreos também para vencer fácil ao australiano Adam Melling, por 15,17 a 4,90 pontos.
“Ontem (quarta-feira) foi um dia muito intenso para mim, mas foi perfeito. Eu assisti tudo pelo Face Time e foi a melhor sensação do mundo”, contou Filipe Toledo. “Ela nasceu saudável e 100% perfeita, o bebê mais bonito que eu já vi na vida (risos). Eu estava com essa mistura de emoções quando remava lá para fora na bateria, fiquei pensando sobre minha família e como me sinto abençoado. Agora, estou bem mais relaxado e feliz, muito feliz. Já estou ansioso esperando pela próxima fase”.
PRÓXIMAS BATERIAS – Depois da vitória do atual campeão do Meo Rip Curl Pro Portugal, as condições do mar já estavam bastante deterioradas e a comissão técnica decidiu paralisar a competição. Foi marcada uma nova chamada para as 14h00, depois para as 15h00, mas as ondas não melhoraram e as sete baterias restantes da segunda fase foram adiadas para as 8h00 da sexta-feira em Peniche, 5h00 da madrugada pelo fuso de Brasília no horário de verão.
Mais dois brasileiros ainda vão tentar classificação para a terceira fase nesta rodada dos que estrearam com derrotas em Supertubos. O catarinense Alejo Muniz vai competir no segundo confronto do próximo dia, contra o havaiano Sebastian Zietz. E o paulista Caio Ibelli entra duas baterias depois com o australiano Davey Cathels. No momento, sete brasileiros já estão na terceira fase, pois cinco passaram direto por terem começado com vitórias em Portugal.
Os líderes do ranking já conhecem seus adversários. O número 1, John John Florence, vai enfrentar o português Frederico Morais na sexta bateria e Gabriel Medina entra na sétima com o francês Jeremy Flores, que já tirou o australiano Matt Wilkinson da corrida do título mundial. Filipe Toledo está na décima bateria, mas sem o seu oponente. Já o atual campeão mundial Adriano de Souza, os também paulistas Miguel Pupo e Wiggolly Dantas e os potiguares Italo Ferreira e Jadson André, ainda não aparecem nas baterias da terceira fase.
O Meo Rip Curl Pro Portugal está sendo transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com com divulgação também dos parceiros de mídia da World Surf League: ESFPN, Globosat e Sportv no Brasil, Fox Sports da Austrália, CBS Sports dos Estados Unidos, Edgesport, Sky NZ, Canal + Deportes, Channel Nine, MCS, Starhub e Oceanic Time Warner Cable 250 & 1250 no Havaí.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.
A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Samsung Galaxy Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis.
Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza, Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Greg Long, Makua Rothman, Carissa Moore, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com
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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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SEGUNDA FASE – Vitória=Terceira Fase e Derrota=25.o lugar com 500 pontos e US$ 9.000:
1.a: John John Florence (HAV) 10.54 x 8.60 Miguel Blanco (PRT)
2.a: Gabriel Medina (BRA) 9.84 x 9.43 Ryan Callinan (AUS)
3.a: Jeremy Flores (FRA) 17.00 x 10.00 Matt Wilkinson (AUS)
4.a: Julian Wilson (AUS) 8.33 x 6.73 Alex Ribeiro (BRA)
5.a: Filipe Toledo (BRA) 15.17 x 4.90 Adam Melling (AUS)
——–ficaram para abrir o próximo dia:
6.a: Adrian Buchan (AUS) x Matt Banting (AUS)
7.a: Sebastian Zietz (HAV) x Alejo Muniz (BRA)
8.a: Michel Bourez (TAH) x Jack Freestone (AUS)
9.a: Caio Ibelli (BRA) x Davey Cathels (AUS)
10: Stu Kennedy (AUS) x Dusty Payne (HAV)
11: Nat Young (EUA) x Conner Coffin (EUA)
12: Keanu Asing (HAV) x Kanoa Igarashi (EUA)
Tags:Adriano de Souza, featured, Filipe Toledo, Gabriel Medina, Italo Ferreira, Jadson André, John John Florence, Meo Rip Curl Pro Portugal, Miguel Pupo, Peniche, Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour, Supertubos, WCT, Wiggolly Dantas, WSL South America