Oito brasileiros seguem na briga do título em Margaret River
By João Carvalho | 15 de abril de 2018 | principal
O Margaret River Pro retornou ao seu palco principal no domingo para realizar as primeiras eliminatórias da terceira etapa do World Surf League Championship Tour na Austrália. Sete brasileiros competiram nas boas ondas de 6-8 pés em Main Break e quatro passaram pela repescagem. Serão oito disputando a terceira fase e seis deles se enfrentarão em três duelos verde-amarelos. Dois já aconteceram no domingo, com o potiguar Italo Ferreira ganhando o primeiro para seguir defendendo a lycra amarela do Jeep Leaderboard e o paulista Jessé Mendes vencendo o que fechou a participação brasileira. O cearense Michael Rodrigues e o catarinense Yago Dora também aproveitaram a segunda chance de passar para a terceira fase.
Jessé derrotou o também estreante na elite do CT esse ano, o catarinense Tomas Hermes, no penúltimo confronto do domingo. O surfista do Guarujá será o primeiro a competir na terceira fase, na segunda bateria contra o vice-campeão do Margaret River Pro no ano passado, Kolohe Andino, dos Estados Unidos. No domingo, o primeiro foi Italo Ferreira e ele só conseguiu superar o paulista Miguel Pupo nos minutos finais. O potiguar vai voltar a fazer o primeiro confronto nacional na terceira fase, contra o cearense Michael Rodrigues na quarta bateria.
Depois, será a vez dos dois campeões mundiais do Brasil disputarem vagas para a rodada classificatória para as quartas de final. Gabriel Medina está na sétima bateria com um convidado perigoso, o local australiano Jack Robinson que conhece bem as ondas de M-River. E na nona, Adriano de Souza faz a segunda bateria brasileira da terceira fase com o catarinense Willian Cardoso. A terceira é logo depois dessa, entre Filipe Toledo e Yago Dora.
RECORDES BRASILEIROS – O primeiro duelo 100% brasileiro em Margaret River, rolou numa hora boa do mar e os dois tiveram suas oportunidades para surfar. O paulista Miguel Pupo botou Italo Ferreira nas cordas logo na primeira onda que pegou, uma direita que ele destruiu com três manobras fortes de backside nos pontos mais críticos da onda. Na análise dos juízes, foi a melhor apresentação do campeonato e deram a maior nota 8,33. O potiguar teve que correr atrás e também mostrou a potência do seu backside para entrar na briga com 6,17 em sua terceira onda.
“Foi realmente uma bateria muito difícil”, disse Italo Ferreira. “O Miguel (Pupo) surfa muito bem, é um ótimo competidor e começou forte numa onda incrível, então fiquei lutando para encontrar boas ondas no restante da bateria. Só no final apareceu aquela minha última chance e eu sabia que iria ter que dar tudo de mim, porque a onda teria que ser muito bem surfada. Quando eles disseram a nota, nem acreditei, fiquei muito feliz porque eu quero continuar com a lycra amarela, então precisava passar essa bateria”.
Foi somente no finalzinho que ele conseguiu achar outra direita boa para mandar três pancadas na onda e receber nota 7,50 para virar o placar para 13,67 a 13,16 pontos. Italo segue defendendo a liderança do ranking para tentar chegar no Oi Rio Pro com a lycra amarela de número 1 do Jeep Leaderboard. Agora, o potiguar de Baía Formosa terá outro duelo brasileiro pela frente na quarta bateria da terceira fase, o cearense Michael Rodrigues, que no domingo fez o segundo maior placar do campeonato contra o japonês Kanoa Igarashi.
Os dois brigaram pela vitória onda a onda e o brasileiro estreante na elite do CT este ano, mostrou confiança para manobrar forte em resposta a cada ataque do seu oponente. Ele largou na frente numa boa onda que valeu nota 6,33. Kanoa demora um pouco, mas entra no jogo destruindo uma direita que os juízes deram 7,77 para assumir a ponta. Mas, Michael Rodrigues arrisca tudo em outra onda boa que abre para fazer três manobras fortes com velocidade e ganhar 7,57, selando a vitória por 14,34 a 13,27 pontos.
PRIMEIRA VITÓRIA – Antes do cearense fazer o maior placar do domingo, abaixo apenas dos 14,60 pontos da estreia do bicampeão mundial John John Florence na sexta-feira, o catarinense Yago Dora também tinha brilhado nas ondas de Main Break para vencer a sua primeira bateria como top do CT. Após perder duas na Gold Coast e duas em Bells Beach, Yago dessa vez conseguiu pegar as melhores ondas da bateria para mostrar o seu surfe moderno de manobras progressivas contra o americano Griffin Colapinto. A primeira vitória foi confirmada na última onda que ele surfou e foi a melhor da bateria, somando nota 7,83 no placar de 13,76 a 11,93 pontos sobre um dos semifinalistas da primeira etapa na Gold Coast.
“É muito bom conseguir uma vitória finalmente aqui na Austrália”, disse Yago Dora. “O Griffin (Colapinto) é um dos meus surfistas favoritos no CT, então eu fiquei muito nervoso em enfrentar ele. Eu gosto de fazer os aéreos, mas essa onda aqui é melhor para surfar, então escolhi fazer grandes manobras. Foi bom conseguir vencer para ganhar confiança, especialmente contra o Griffin, pois o modo como ele surfou esse ano me inspirou bastante”.
Outro semifinalista na abertura da temporada, caiu no segundo duelo brasileiro do domingo. Ele aconteceu na 11.a das doze baterias da repescagem, quando as condições do mar já estavam bem deterioradas, com os dois não tendo muitas oportunidades para surfar. Jessé Mendes começou melhor com 5,17 e computou um 4,20 para vencer por 9,37 pontos, contra 9,10 das notas 4,77 e 4,33 do catarinense Tomas Hermes. O resultado mais baixo do dia comprova a dificuldade que os dois encontraram na bateria mais fraca de ondas do domingo.
As condições ficaram tão complicadas, que os comissários da World Surf League decidiram nem realizar mais a segunda fase feminina que estava programada para rolar depois da masculina. Mas, o domingo foi encerrado com o francês Joan Duru superando o recorde do dia do brasileiro Michael Rodrigues com um novo segundo maior placar do Margaret River Pro, 14,57 pontos com notas 7,40 e 7,17 na disputa pela última vaga para a terceira fase.
A próxima chamada para a continuação do Margaret River Pro foi marcada para as 7h00 da segunda-feira na costa ocidental da Austrália, 20h00 do domingo no Brasil. Acompanhe a transmissão ao vivo pelo www.worldsurfleague.com ou pelo Facebook Live e pelo aplicativo da World Surf League.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.
A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.
Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensesn, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.
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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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TERCEIRA FASE –Derrota=13.o lugar com 1.665 pontos e US$ 11.500 de prêmio:
1.a: Owen Wright (AUS) x Keanu Asing (HAV)
2.a: Kolohe Andino (EUA) x Jessé Mendes (BRA)
3.a: Jordy Smith (AFR) x Michael February (AFR)
4.a: Italo Ferreira (BRA) x Michael Rodrigues (BRA)
5.a: Sebastian Zietz (HAV) x Conner Coffin (EUA)
6.a: Julian Wilson (AUS) x Kael Walsh (AUS)
7.a: Gabriel Medina (BRA) x Jack Robinson (AUS)
8.a: Michel Bourez (TAH) x Connor O´Leary (AUS)
9.a: Adriano de Souza (BRA) x Willian Cardoso (BRA)
10.a: Filipe Toledo (BRA) x Yago Dora (BRA)
11.a: Joel Parkinson (AUS) x Joan Duru (FRA)
12.a: John John Florence (HAV) x Mikey Wright (AUS)
SEGUNDA FASE – Vitória=Terceira Fase e Derrota=25.o lugar com US$ 10.000 e 420 pontos:
1.a: Owen Wright (AUS) 9.77 x 5.43 David Delroy-Carr (AUS)
2.a: Kael Walsh (AUS) 9.77 x 5.07 Matt Wilkinson (AUS)
3.a: Mikey Wright (AUS) 14.17 x 9.14 Adrian Buchan (AUS)
4.a: Italo Ferreira (BRA) 13.67 x 13.16 Miguel Pupo (BRA)
5.a: Michel Bourez (TAH) 14.16 x 9.10 Ian Gouveia (BRA)
6.a: Michael February (AFR) 12.73 x 9.17 Frederico Morais (PRT)
7.a: Yago Dora (BRA) 13.76 x 11.93 Griffin Colapinto (EUA)
8.a: Michael Rodrigues (BRA) 14.34 x 13.27 Kanoa Igarashi (JPN)
9.a: Conner Coffin (EUA) 11.83 x 9.57 Ezekiel Lau (HAV)
10: Connor O´Leary (AUS) 13.50 x 12.50 Patrick Gudauskas (EUA)
11: Jessé Mendes (BRA) 9.37 x 9.10 Tomas Hermes (BRA)
12: Joan Duru (FRA) 14.57 x 11.80 Wade Carmichael (AUS)
SEGUNDA FASE FEMININA – Vitória=Terceira Fase / Derrota=13.o lugar com 1.390 pontos:
1.a: Sage Erickson (EUA) x Coco Ho (HAV)
2.a: Silvana Lima (BRA) x Bronte Macaulay (AUS)
3.a: Lakey Peterson (EUA) x Mikaela Greene (AUS)
4.a: Tyler Wright (AUS) x Paige Hareb (NZL)
5.a: Nikki Van Dijk (AUS) x Macy Callaghan (AUS)
6.a: Keely Andrew (AUS) x Malia Manuel (HAV)
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