Brasil segue com seis concorrentes ao título do Hurley Pro Trestles

By João Carvalho | 12 de setembro de 2015 | noticias

Os brasileiros venceram todas as baterias na sexta-feira de direitas e esquerdas de 3-5 pés em Lowers Trestles e os seis agora têm duas chances de passar para as quartas de final do Hurley Pro Trestles em San Clemente, na Califórnia, Estados Unidos. Um deles já está garantido porque a disputa pela primeira vaga será 100% verde-amarela, entre Filipe Toledo, Italo Ferreira e Miguel Pupo. O líder, Adriano de Souza, entra na segunda com Wiggolly Dantas e Joel Parkinson. E Gabriel Medina fecha a quarta fase com Kelly Slater e Owen Wright. Nesta rodada, os vencedores avançam direto para as quartas de final, mas os perdedores têm uma segunda chance de classificação na quinta fase da etapa norte-americana do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour, que tem até o dia 20 para ser encerrada na Califórnia.

Adriano de Souza (Foto: Kirstin Scholtz - WSL)
Adriano de Souza (Foto: Kirstin Scholtz – WSL)

Com os resultados da sexta-feira, dos seis surfistas que poderiam tirar a lycra amarela do Jeep Leaderboard de Adriano de Souza, restaram apenas três, o vice-líder Mick Fanning, o terceiro colocado, Owen Wright, e o quarto, Filipe Toledo. Miguel Pupo despachou Julian Wilson, Jeremy Flores perdeu para Adrian Buchan, mas Mineirinho já tinha acabado com suas chances e também de Kelly Slater quando derrotou o irlandês Glenn Hall na terceira fase.

A batalha pela ponta na corrida do título mundial ficou com dois brasileiros na chave de cima e dois australianos na de baixo que vai apontar o segundo finalista do Hurley Pro. A briga entre Mineirinho, Mick e Owen é fase a fase e o brasileiro compete antes deles na Califórnia. A disputa está tão acirrada que os quatro podem decidir a liderança numa final Brasil x Austrália em Lower Trestles. Este confronto direto com a maior potência do esporte aconteceu em quatro baterias na sexta-feira e o Brasil ganhou de quatro a zero.

A goleada começou com Miguel Pupo despachando um dos concorrentes de Adriano de Souza na bateria que abriu a terceira fase, Julian Wilson. O australiano não conseguiu achar as ondas e Pupo não desperdiçou as oportunidades que teve no início para ganhar fácil por 12,84 a 4,80 pontos. Na disputa seguinte, o potiguar Italo Ferreira detonou uma série de batidas e rasgadas na primeira onda que pegou para largar com nota 8,67. Mas, Matt Wilkinson tomou a frente com a nota 8 da sua terceira onda. Italo correu atrás de uma que rendesse um mínimo de 6,60 pontos e só conseguiu isso na quinta tentativa, com o 6,63 recebido virando o placar para 15,30 a 15,27 pontos.

O ataque verde-amarelo continuou com Filipe Toledo garantindo uma bateria 100% brasileira para definir a primeira vaga para as quartas de final do Hurley Pro Trestles. Ele usou os aéreos contra o “power surf” do taitiano Michel Bourez e arrancou a maior nota do dia – 9,77 – na direita finalizada com sua arma mortal, o aéreo reverse de frontside. Filipinho tinha acabado de receber um 7,50 na onda anterior para totalizar 17,27 pontos, contra 14,83 do taitiano.

Filipe Toledo (Foto: Kirstin Scholtz - WSL)
Filipe Toledo (Foto: Kirstin Scholtz – WSL)

Depois recomeçou o massacre nos australianos com Wiggolly Dantas usando a potência das suas manobras de backside nas direitas de Lower Trestles e uma boa escolha de ondas para derrotar o experiente Taj Burrow com notas 7,00 e 8,27 em duas ondas seguidas. Ainda repetiu o 7,00 que o australiano não conseguiu em nenhuma das que surfou para evitar a terceira derrota australiana consecutiva para o Brasil na sexta-feira.

Na disputa seguinte, Adriano de Souza entrou com sua lycra amarela de número 1 do Jeep Leaderboard com uma responsabilidade a mais, defender a ponta do ranking e a invencibilidade do Brasil na terceira fase do Hurley Pro Trestles. Mineirinho acabou competindo numa hora ruim do mar, com poucas ondas boas entrando na bateria, fazendo com que a escolha das melhores ganhasse peso decisivo para a vitória. Ele aproveitou ao máximo cada chance que as ondas permitiam para encaixar manobras e a nota 7,5 da sua terceira apresentação foi suficiente para garantir a classificação por 12,83 a 11,97 pontos.

Para fechar os 100% de vitórias brasileiras na quinta-feira, Gabriel Medina mudou o seu ataque nas ondas de Lower Trestles para fechar a goleada de 4 a 0 sobre a Austrália nas esquerdas. Primeiro apresentou o seu arsenal de manobras modernas para largar na frente com nota 7,67. O sempre perigoso Bede Durbidge escolheu as direitas e respondeu com 7,03. O campeão mundial pega outra esquerda e voa num aéreo reverse diferente, alongando a aterrisagem para receber nota 8,83 com esta única manobra na onda. O australiano ainda surfa outra direita no seu estilo, somando pontos a cada movimento e ganha 8,07, com o placar terminando em 16,50 a 15,10 pontos.

DESPEDIDA NOTA 10 – A bateria de Medina com Durbidge acabou fechando a terceira fase, pois a última não foi realizada porque o havaiano Fredrick Patacchia anunciou sua aposentadoria depois da nota 10 que conseguiu para vencer o campeão mundial Gabriel Medina na bateria mais espetacular da primeira fase do Hurley Pro Trestles na quarta-feira. Então o caminho ficou livre para o australiano Owen Wright avançar para completar a bateria que vai definir a última vaga direta para as quartas de final, com Gabriel Medina e Kelly Slater.

O Hurley Pro Trestles e o Swatch Women´s Pro estão sendo transmitidos ao vivo pelo www.wordsurfleague.com e o link também pode ser acessado clicando-se no banner do evento na capa da nova página da WSL South America – www.wslsouthamerica.com – que destaca a participação dos brasileiros na disputa do título mundial no WCT, com notícias também dos surfistas dos outros países da América do Sul nos circuitos da World Surf League.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – a World Surf League (WSL) organiza as competições anuais de surfe profissional e as transmissões ao vivo de cada etapa pelo worldsurfleague.com, onde você pode acompanhar todo o drama e aventura do surfe competitivo em qualquer lugar e a qualquer hora onde acontecer. As sanções da WSL são para os seguintes circuitos: World Surf League Championship Tour (CT), que define os campeões mundiais da temporada, Qualifying Series (QS), Big Wave Tour, Pro Junior e Longboard. A organização da WSL está sediada em Santa Monica, Califórnia, com escritório comercial em Nova York. A WSL também tem sete escritórios regionais de apoio na organização dos eventos na África, Ásia, Austrália, Europa, Havaí, América do Norte e América do Sul.

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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QUARTA FASE – Vitória=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Quinta Fase:

1.a: Filipe Toledo (BRA), Italo Ferreira (BRA), Miguel Pupo (BRA)

2.a: Adriano de Souza (BRA), Joel Parkinson (AUS), Wiggolly Dantas (BRA)

3.a: Mick Fanning (AUS), Nat Young (EUA), Adrian Buchan (AUS)

4.a: Owen Wright (AUS), Kelly Slater (EUA), Gabriel Medina (BRA)

TERCEIRA FASE – Vitória=Quarta Fase / Derrota=13.o lugar com 1.750 pontos e US$ 10.500 de prêmio:

1.a: Miguel Pupo (BRA) 12.84 x 4.80 Julian Wilson (AUS)

2.a: Italo Ferreira (BRA) 15.30 x 15.27 Matt Wilkinson (AUS)

3.a: Filipe Toledo (BRA) 17.27 x 14.83 Michel Bourez (TAH)

4.a: Joel Parkinson (AUS) 18.63 x 13.90 Josh Kerr (AUS)

5.a: Wiggolly Dantas (BRA) 15.27 x 12.53 Taj Burrow (AUS)

6.a: Adriano de Souza (BRA) 12.83 x 11.97 Glenn Hall (IRL)

7.a: Mick Fanning (AUS) 14.83 x 11.57 Kolohe Andino (EUA)

8.a: Nat Young (EUA) 18.10 x 12.26 Kai Otton (AUS)

9.a: Adrian Buchan (AUS) 15.77 x 15.26 Jeremy Flores (FRA)

10: Kelly Slater (EUA) 16.50 x 10.83 Adam Melling (AUS)

11: Gabriel Medina (BRA) 16.50 x 15.10 Bede Durbidge (AUS)

12: Owen Wright (AUS) por w.o de Fredrick Patacchia (HAV)

 

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