Peruana Daniella Rosas é campeã sul-americana no Maui and Sons Pichilemu Pro no Chile
By WSL Latin America | 14 de dezembro de 2019 | noticias, principal
A peruana Daniella Rosas é a nova campeã sul-americana de surfe profissional, entrando para a história como a mais jovem a conquistar o título mais importante da WSL Latin America. A surfista de apenas 17 anos e sua última concorrente, perderam na segunda fase do Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard, disputada no sábado de ondas pequenas em Punta de Lobos. Daniella caiu antes e Lorena Fica, 24 anos, teve a chance de ganhar o primeiro título sul-americano do Chile, mas também ficou em último na sua bateria. As surfistas dos outros continentes conquistaram a maioria das vagas para as quartas de final, que vão abrir o domingo decisivo no Chile. A primeira chamada foi marcada para as 10h00 em Pichilemu.
“Ser campeã sul-americana é incrível e nem posso acreditar. Já teve campeãs do Brasil, do Peru e, de todas as maneiras, eu queria ser uma delas, então é incrível conseguir e estou superfeliz de representar a bandeira do meu país, pois tenho orgulho de ser peruana. Quero parabenizar a Lorena (Fica) e a todas as competidoras que tive em todos os campeonatos. Foi incrível”, disse Daniella Rosas, que ganhou com o título sul-americano, a grande chance de participar das principais etapas do WSL Qualifying Series em 2020, que decidem as vagas para a elite das melhores do mundo.
“Este vai ser um bônus que terei para poder chegar mais longe, podendo competir nos eventos com mais pontos”, continuou a campeã sul-americana de 2019 e medalha de ouro no Panamericano de Lima no Peru, na estreia do surfe no ciclo olímpico. “Essa é a segunda vez que eu venho para Pichilemu e é um lugar incrível, tem um pouco de verde, um pouco de deserto, só a água é um pouco fria, mas nós nos acostumamos. As ondas são muito boas e espero voltar no próximo ano, para tentar conseguir uma melhor colocação”.
Assim como no primeiro dia, no sábado também foi preciso esperar quase o dia todo para rolar a segunda fase, até a hora da melhor combinação da maré com a ondulação em Punta de Lobos. As baterias só começaram às 17h00 e as desafiantes ao título competiram nas duas últimas batalhas pelas vagas para as quartas de final. Até então, as “gringas” já tinham eliminado quatro sul-americanas nos dois primeiros confrontos do dia.
A costa-ricense Leilani McGonagle, finalista do Maui and Sons Pichilemu Pro nos três últimos anos e campeã em 2017, logo achou uma boa onda para abrir a primeira bateria, acertando uma série de manobras de frontside para aumentar o seu próprio recorde de nota do primeiro dia, de 7,50 para 8,00. Mas, esta foi a melhor onda que surgiu em Punta de Lobos até o fim da última bateria do sábado. A líder do ranking, Daniella Rosas, entrou na terceira e penúltima, em um confronto direto entre Peru e Argentina, com duas surfistas de cada país.
A bateria foi bem disputada, quase onda a onda e tudo foi decidido nas surfadas nos minutos finais. A defensora do título do QS 1500 de Pichilemu e única tricampeã sul-americana, Anali Gomez, conseguiu uma nota 4,35 para vencer por 7,60 pontos. O mar estava difícil de achar ondas boas e a também peruana Daniella Rosas, ficou em último com apenas 5,50 nas duas notas. A argentina Josefina Ané avançou em segundo com 7,00 pontos e Lucia Cosoleto perdeu em terceiro, com 6,55.
“É sempre muito bom voltar para cá e estou contente por passar mais uma bateria”, disse Anali Gomez. “Amanhã (domingo) é o último dia e vamos ver o que vai acontecer. Quero agradecer a todas as pessoas que vieram a praia assistir a gente competir, apoiar a gente e o surfe latino. Agradeço também a todos que estão torcendo por mim e Arriba Perú, vamos em frente”.
Alegria de uma e tristeza para a outra peruana da bateria. A derrota de Daniella Rosas abriu a chance para Lorena Fica conquistar o primeiro título sul-americano do Chile na história da WSL Latin America. Mas, teria que chegar na final em Pichilemu, para tirar a primeira posição da peruana no ranking final de 2019, ou seja, passar mais duas baterias em Punta de Lobos. A chilena disputou as duas últimas vagas para as quartas de final com três surfistas da Europa, duas de Portugal e uma da Espanha.
DECISÃO DA CAMPEÃ – A portuguesa Carol Henrique começou bem, aproveitando sua primeira onda para largar na frente com nota 5,50. Lorena não chegou nisso na soma das duas primeiras que surfou, mas foram suficientes para ficar em segundo no início. A chilena é alta e as ondas pareciam muito pequenas para ela fazer suas manobras de backside. Logo, as duas foram ultrapassadas pela campeã portuguesa de 2019, Yolanda Hopkins. Mas, a diferença era pequena e a disputa pelas duas vagas para as quartas de final continuava aberta.
Lorena Fica tentou várias vezes conseguir a nota 5,31 que precisava pra se classificar, até os segundos finais, quando pegou sua última onda. Só que seu surfe é para ondas maiores do que as de Punta de Lobos no sábado e ela ainda perdeu o terceiro lugar para a espanhola Ariane Ochoa, mas as duas portuguesas avançaram. Lorena ficou em 13.o lugar no Maui and Sons Pichilemu Pro, como Daniella Rosas. Com isso, a peruana foi consagrada como a mais jovem campeã sul-americana profissional da história da WSL Latin America, com 17 anos.
CAMPANHA DO TÍTULO – A campanha de Daniella Rosas foi melhor do que a da Lorena Fica nas três etapas do WSL Qualifying Series realizadas na América do Sul esse ano. Ela festejou sua primeira vitória da carreira no Circuito Mundial da World Surf League no Rip Curl Pro Playa Grande, batendo a própria chilena na final em Mar del Plata, na Argentina.
A segunda foi no Chile e Daniella ficou em 13.o lugar no Héroes de Mayo Iquique Pro, com Lorena terminando em 17.o na fase anterior. Agora em Pichilemu, ambas ficaram empatadas em 13.o lugar, com a peruana totalizando 1.560 pontos contra 1.230 da chilena, que ainda pode perder o segundo lugar no último dia do Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro.
SUL-AMERICANAS – As duas únicas sul-americanas que passaram para o domingo, têm chances de terminar como vice-campeã. Ambas irão enfrentar as portuguesas que definiram a campeã sul-americana de 2019 no sábado. A peruana defensora do título do QS 1500 do Chile, Anali Gomez, está na terceira bateria com Carol Henrique e a argentina Josefina Ané, vice-campeã na primeira edição do evento mais tradicional do WSL Qualifying Series feminino no continente em 2014, disputa a última vaga para as semifinais com Yolanda Hopkins.
A batalha pela primeira será entre Leilani McGonagle da Costa Rica e Ella McCaffray dos Estados Unidos. Na segunda quarta de final, a australiana Freya Prumm, vice-campeã na final de 2017 contra a costa-ricense, enfrenta a alemã Camilla Kemp. Depois da nota 8,00 na primeira onda, Leilani conseguiu um 4,90 para vencer fácil a primeira bateria do sábado, por 12,90 pontos, com seu ataque de frontside nas esquerdas de Punta de Lobos.
RECORDISTA – Na luta pela segunda vaga para as quartas de final, a alemã Camilla Kemp totalizou 6,95 pontos e eliminou duas sul-americanas. A peruana Sol Aguirre, bicampeã sul-americana Pro Junior da WSL Latin America em 2017 e 2018, ficou em terceiro com 6,55 e a chilena Josefina Vidueira em último com 3,40, nas duas ondas computadas. Assim como na sexta-feira, ninguém conseguiu superar os recordes de Leilani McGonagle no sábado.
“Só tenho que agradecer aos organizadores, a Trinidad (Segura), por nos consultar e esperar as ondas melhorarem”, disse Leilani McGonagle. “Não está um Pichilemu grande, como é normal, mas é uma onda sempre divertida e estou superfeliz em seguir avançando. Eu gosto muito de surfar aqui e tive um pouco de sorte em achar aquela onda logo no início, que foi decisiva pra mim. Espero continuar assim e que as ondas estejam um pouco melhores no último dia”.
Na segunda bateria do dia, as surfistas de outros continentes barraram mais duas sul-americanas. A australiana Freya Prumm confirmou o primeiro lugar com o 6,50 recebido em sua última onda, totalizando 10,75 pontos contra 7,10 da norte-americana Ella McCaffray. A única brasileira na etapa chilena esse ano, Julia Duarte, perdeu em terceiro com 6,20 pontos e outra chilena ficou em último, Natalia Diaz.
O QS 1500 Maui and Sons Pichilemu Women´s Pro by Royal Guard está sendo transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e a primeira chamada para as quartas de final no domingo decisivo, foi marcada para as 10h00 em Punta de Lobos, no Sul do Chile.
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João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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QUARTAS DE FINAL DO MAUI AND SONS PICHILEMU PRO:
——-5.o lugar com 420 pts no Sul-americano e 750 no QS
1.a: Leilani McGonagle (CRI) x Ella McCaffray (EUA)
2.a: Freya Prumm (AUS) x Camilla Kemp (ALE)
3.a: Anali Gomez (PER) x Carol Henrique (PRT)
4.a: Josefina Ané (ARG) x Yolanda Hopkins (PRT)
SEGUNDA FASE – 1.a e 2.a=Quartas de Final / 3.a=9.o lugar (300 pts no Sul-americano e 525 no QS) e 4.a=13.o lugar (280 pts no Sul-americano e 443 no QS):
1.a: 1-Leilani McGonagle (CRI)=12.90, 2-Camilla Kemp (ALE)=6.95, 3-Sol Aguirre (PER)=6.55, 4-Josefina Vidueira (CHL)=3.40
2.a: 1-Freya Prumm (AUS)=10.75, 2-Ella McCaffray (EUA)=7.10, 3-Julia Duarte (BRA)=6.20, 4-Natalia Diaz (CHL)=5.60
3.a: 1-Anali Gomez (PER)=7.60, 2-Josefina Ané (ARG)=7.00, 3-Lucia Cosoleto (ARG)=6.55, 4-Daniella Rosas (PER)=5.50
4.a: 1-Yolanda Hopkins (PRT)=10.25, 2-Carol Henrique (PRT)=10.25, 3-Ariane Ochoa (ESP)=6.65, 4-Lorena Fica (CHL)=4.90
CAMPEÃS SUL-AMERICANAS DA WSL LATIN AMERICA:
2019: Daniella Rosas (PER)
2018: Dominic Barona (EQU) bicampeã
2017: Anali Gomez (PER) tricampeã
2016: Nathalie Martins (BRA)
2015: Sofia Mulanovich (PER) bicampeã
2014: Jacqueline Silva (BRA)
2013: Anali Gomez (PER) bicampeã
2012: Sofia Mulanovich (PER)
2011: Dominic Barona (EQU)
2010: Anali Gomez (PER)
2009: Taís de Almeida (BRA)
2008: Silvana Lima (BRA) bicampeã
2007: Silvana Lima (BRA)
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SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América Latina, Havaí, Europa e Japão.
A WSL vem promovendo os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 230 eventos globais masculinos e femininos no ano para definir os campeões mundiais do World Surf League Championship Tour, Big Wave Tour, Redbull Airborne, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, além do WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, enquanto incentiva a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.
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